Islero foi um touro de lide espanhol de 495 quilos, da ganadaria Miura, que tornou-se famoso por ter dado uma cornada fatal no famoso toureiro espanhol Manolete.[1] Seu pai era o touro Formalito, sua mãe a vaca Islera.

Islero
Islero
Crani d'Islero
Nascimento Desconhecido
Sevilha
Morte 28 de agosto de 1947
Linares
Sepultamento Bullfighting Museum of Córdoba, Spain

Islero era de cor preta, e considerado pequeno para sua linhagem. Tinha cornos afiados e hipermetropia, o que o tornava perigoso porque não atacava em linha reta.[2]

Islero foi o quinto touro lidado na corrida do dia 28 de agosto de 1947, e o segundo que calhou em sorte a Manolete na arena de Linares, cidade da província de Jaén, na Andaluzia. Quando Manolete entrou a matar, Islero corneou-o na coxa direita, perfurando o triângulo femoral e interferindo na artéria femoral e outros vasos sanguíneos na virilha direita. Antes de Islero finalmente morrer, ele tentou cornear o ferido Manolete mais algumas vezes.

Manolete foi operado na enfermaria da praça e conseguiu recobrar a consciência. Nos últimos tempos, ganhou força a teoria de que Manolete realmente não morreu pela cornada de Islero, mas porque o plasma de origem Norueguesa que lhe foi transfundido estava contaminado.[3]

A pele de Islero está no Museu Taurino Municipal de Córdoba, em uma sala dedicada a Manolete.

Legado editar

  • Em espanhol, a expressão "ser el toro que mató a Manolete" indica que alguém está sendo exageradamente culpado por algum infortúnio.[4]
  • O Lamborghini Islero é um carro esportivo cujo nome se refere ao touro; a marca costuma nomear seus modelos com nomes de touros Miura e com outros termos relacionados às touradas.
  • Elementos destacados do establishment militar do regime do general Francisco Franco nomearam o conjunto de investigações para o uso de reatores nucleares para a produção de energia elétrica como "Projeto Islero", em homenagem a este touro, que abalou a Espanha como tal projeto sacudiu a Europa, com o objetivo de ocultar o verdadeiro objetivo das investigações: desenvolver e fabricar clandestinamente bombas nucleares.[5]

Referências

  1. Barrios, Antonio Álvarez (27 de agosto de 1997). «El Monstruo». El País (em espanhol). ISSN 1134-6582. Consultado em 28 de agosto de 2020 
  2. «"The Death of Manolete"». Geocities. Yahoo!. Consultado em 28 de agosto de 2019. Cópia arquivada em 20 de março de 2008 
  3. «¿Cómo murió en realidad Manolete?». La Razón. Consultado em 24 de fevereiro de 2023. Cópia arquivada em 11 de Junho de 2017 
  4. «Definición de "el toro que mató a manolete" en España es "persona culpable de todas las cosas malas que pasan"». Tu Babel. Consultado em 19 de novembro de 2018 
  5. P. Benavente, Rocío (13 de novembro de 2016). «Proyecto Islero, la bomba atómica que España pudo tener durante el franquismo». El Confidencial. Consultado em 19 de novembro de 2018  templatestyles stripmarker character in |sobrenome= at position 1 (ajuda)