Ivan da Mota e Albuquerque

imunologista, pesquisador e professor universitário brasileiro

Ivan da Mota e Albuquerque (Recife, 9 de outubro de 1920São Paulo, 25 de setembro de 2014) foi um imunologista, pesquisador e professor universitário brasileiro.

Ivan da Mota e Albuquerque
Conhecido(a) por pioneiro na imunologia no Brasil
Nascimento 9 de outubro de 1920
Recife, Pernambuco, Brasil
Morte 27 de setembro de 2014 (93 anos)
São Paulo, São Paulo, Brasil
Residência Brasil
Nacionalidade brasileiro
Alma mater
Prêmios Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico (1995)
Orientador(es)(as) Luiz Carlos Junqueira
Instituições
Campo(s) Imunologia e Biologia Molecular
Tese Reação plasmal de Feulgen e Voit nas células do sangue e dos órgãos hemocitopoiéticos do homem e de alguns animais de laboratório (1954)

Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico, membro titular da Academia Brasileira de Ciências, Ivan foi professor titular e livre-docente da Universidade de São Paulo e diretor científico do Instituto Butantan. Autor de mais de 130 artigos científicos, Ivan foi o responsável por demonstrar que as granulações de mastócitos armazenam histamina[1] e descreveu a desgranulação de mastócitos induzida por antígeno in vitro e in vivo.[2] Ivan foi o primeiro cientista a identificar a atividade biológica e as propriedades desses anticorpos até então desconhecidos.[3]

Biografia editar

Ivan nasceu em Recife, em 1920. Em 1947, formou-se em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco. Em 1953, concluiu o doutorado em medicina pela Universidade de São Paulo, onde ingressou como professor a cadeira de histologia no mesmo ano. Colaborou com diversas instituições estrangeiras, tendo sido assistente honorário de pesquisas do University College London (1957-1968), membro do Departamento de Microbiologia e Imunologia da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore (1962), pesquisador associado da Divisão de Pesquisas Médicas e Biológicas do Argonne National Laboratory, da Universidade de Chicago (1962-1963), professor visitante da Faculdade de Medicina de Universidade Georgetown, em Washington, D.C. (1962-1963), pesquisador associado do Walter Reed Army Institute of Research (1966-1968) e professor titular de Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (1980-1986).[4]

Contribuiu com trabalhos fundamentais para o conhecimento dos mecanismos inflamatórios envolvidos na anafilaxia-alergia. Ainda como histologista, escolheu mastócitos como motivo de seus estudos e publicou mais de 70 artigos a respeito. Como diretor científico do Instituto Butantan, para onde foi na década de 1970, dedicou parte substancial de sua atividade científica ao estudo de venenos animais e anticorpos anti-venenos.[3]

Morte editar

Ivan morreu em 25 de setembro de 2014, em São Paulo, aos 94 anos.[3][5]

Referências

  1. Mota, I.; Beraldo, W. T.; Ferri, A. G.; JUNQUEIRA, L. C. U. (9 de outubro de 1954). «Intracellular Distribution of Histamine». Nature (174). doi:10.1038/174698a0. Consultado em 2 de fevereiro de 2021 
  2. Mota, Ivan; Vugman, Itamar (3 de março de 1956). «Effects of Anaphylactic Shock and Compound 48/80 on the Mast Cells of the Guinea Pig Lung». Nature (177): 1956. doi:10.1038/177427a0. Consultado em 2 de fevereiro de 2021 
  3. a b c «Pesquisador Ivan da Mota e Albuquerque morre aos 94 anos». Agência FAPESP. Consultado em 2 de fevereiro de 2021 
  4. «Ivan da Mota e Albuquerque». Academia Brasileira de Ciências. Consultado em 2 de fevereiro de 2021 
  5. «Ciência perde Ivan da Mota e Albuquerque». Academia Brasileira de Ciências. Consultado em 2 de fevereiro de 2021