João Batista Reus

Padre João Batista Rëus, SJ nascido Johann Baptist Reus (Pottenstein, Baviera, 10 de julho de 1868São Leopoldo, 21 de julho de 1947) foi um padre jesuíta teuto-brasileiro.

João Batista Rëus
Presbítero da Igreja Católica
Diretor Espiritual do Colégio Máximo Cristo Rei
Atividade eclesiástica
Congregação Companhia de Jesus
Diocese Arquidiocese de Porto Alegre
Serviço pastoral São Leopoldo, Rio Grande do Sul, Brasil
Mandato 1942 a 1946
Ordenação e nomeação
Ordenação diaconal 16 de abril de 1892
Ordenação presbiteral 30 de julho de 1893
Bamberg, Baviera, Alemanha
por Dom Joseph von Schork
Santificação
Veneração por Igreja Católica Romana
Dados pessoais
Nascimento Pottenstein, Baviera, Alemanha
10 de julho de 1868
Morte São Leopoldo, Rio Grande do Sul, Brasil
21 de julho de 1947 (79 anos)
Nome nascimento Johann Baptist Rëus
Nacionalidade alemão
brasileiro
Funções exercidas Pároco de São Leopoldo do Rio Grande do Sul (1913-1914)[1]
Sepultado Cemitério dos Jesuítas, São Leopoldo, Rio Grande do Sul[2]
Categoria:Igreja Católica
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Biografia editar

Padre Rëus ingressou na Companhia de Jesus e, após sua ordenação, foi enviado para o Brasil.

Durante muitos anos foi professor de teologia no Colégio de Cristo Rei, em São Leopoldo.

Padre Reus foi um grande místico, que recebia inúmeras visões, principalmente durante a missa.

Por causa dos frequentes êxtases durante a missa preferia celebrar em capela particular, somente com acólitos e sem assistência de outras pessoas. Posteriormente, a pedido de uma comunidade religiosa, aceitou celebrar a missa em capela pública, que causava admiração de muitos pelos frequentes êxtases.

Durante sua vida escreveu diversos livros religiosos em português, espanhol, alemão e italiano. Seu Diário Espiritual e Autobiografia revelam uma alma singular e mística. O seu Curso de Liturgia, em três edições, foi um manual que, durante os anos anteriores a reforma litúrgica promovida pelo Concílio Vaticano II, formou gerações de padres no amor à liturgia da Igreja.

Por causa dos milagres que lhe são conferidos, ao falecer, em 1947, Padre Reus já tinha fama de santo. O processo de beatificação começou em 1953, mas ficou parado durante décadas. Na década de 1990 os bispos gaúchos enviaram uma carta ao Papa João Paulo II, solicitando a beatificação do Padre Reus, cujo processo ainda tramita no Vaticano.

Processo de Beatificação editar

Iniciado em 1953, seis anos após sua morte, o processo de beatificação do Servo de Deus se estende por mais de 50 anos, mas foi em 2010 que Dom Zeno Hastenteufel, bispo da Diocese de Novo Hamburgo, passou a olhar com maior atenção para a causa do santo popular. Uma Comissão Postuladora Diocesana foi instalada para fins de aceleração do processo que é burocrático e minucioso. No momento em que se inicia um processo de beatificação o religioso passa a ser considerado um Servo de Deus, o que já acontece com o Padre Reus. Após este processo de início, o Papa, através da Congregação para a Causa dos Santos, avaliando suas virtudes heróicas o proclama Venerável. Para ser Beato é necessário que um milagre seja comprovado e para canonizá-lo, mais um.

Homenagens editar

Hoje, o Santuário Sagrado Coração de Jesus, onde está localizado o túmulo do jesuíta, é um dos principais pontos turísticos da cidade de São Leopoldo, recebendo milhares de romeiros mensalmente, que vão até lá pagar promessas por graças alcançadas, geralmente a pé partindo de diversas localidades do estado.

Em Porto Alegre, em sua homenagem, seu nome foi dado a uma extensa e importante via da Zona Sul, que se inicia no bairro Tristeza, atravessa o bairro Camaquã e termina no início do bairro Cavalhada.

Referências

  1. Wenzel, Pe. Reinaldo, SJ (15 de junho de 1951). «Maravilhas da Graça Divina: Pe. João Batista Reus, SJ». O Apostolo. p. 1. Consultado em 17 de setembro de 2018 
  2. «Artigo N.º 2110 - Biografia de O Padre Reus.». espacojames.com.br. 9 de agosto de 2009. Consultado em 17 de setembro de 2018 

Ligações externas editar