João Lisboeta de Araújo

João Araújo foi o famoso advogado de José Sócrates na Operação Marquês.[1] O advogado que era todos os dias descrito como solitário e desconcertante na sua comunicação social, achava-se apenas uma pessoa “sincera” e “autêntica”.

Filho de um goês, João Araújo nasceu em Angola, onde o seu pai, Braz João José Maria, era juiz. Com 18 anos, pisou Lisboa para estudar Direito na Faculdade de Direito. Era a opção que lhe restava depois de ter desistido de Música e História. Apesar da sua paixão pela advocacia, João Araújo suspendeu a atividade durante dez anos, para trabalhar na Caixa Central de Crédito Agrícola, onde elaborou o primeiro regime de crédito agrícola mútuo, depois do 25 de Abril. Mário Matias, o antigo dirigente da Federação Nacional das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo, trabalhou com o advogado de Sócrates na instituição financeira, em Lisboa. Mário Matias afirmou: “Sem o João Araújo nunca teria havido Caixa de Crédito Agrícola”, refere este ex-dirigente.[2][3]

Pai de cinco filhos, João Araújo era conhecido por trabalhar sozinho, porque, defendia, “o Direito é uma área solitária”. [2]

O advogado batalhava contra um cancro há já algum tempo. Morreu em casa acompanhado por uma enfermeira, após o seu estado de saúde ter piorado drasticamente. Em 2015, chegou a afirmar que os médicos lhe tinham dado apenas um ano e meio de vida, mas que acreditava que venceria a batalha.[1]

Referências editar

  1. a b «Morreu João Araújo, advogado de Sócrates - Justiça» 
  2. a b «João Araújo. O advogado que se surpreendia por ainda estar vivo». ionline. Consultado em 4 de janeiro de 2024 
  3. «Visão | Perfil: O advogado solitário». Visão. 16 de março de 2015. Consultado em 4 de janeiro de 2024