Justino Lopes
Justino Lopes (Santa Catarina, Ilha de Santiago, 18 de março de 1925 — Pitche, Guiné Portuguesa, 10 de fevereiro de 1970) foi um guerrilheiro cabo-verdiano, distinguindo-se no combate pela liberdade e independência de Cabo Verde,[1] sendo considerado um herói nacional.[2]
Justino Lopes | |
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Nascimento | 18 de março de 1925 Santa Catarina |
Morte | 10 de fevereiro de 1970 Pitche |
Cidadania | Portugal |
Ocupação | partisan |
Biografia
editarJustino nasceu a 18 de março de 1925 em Santa Catarina, filho de Domingos Moreira e de Margarida Lopes. Aos vinte e dois anos, devido à seca e à fome que então assolavam Cabo Verde, Justino partiu para Angola. Vítima de abusos e maus tratos praticados pelos colonialistas, refugiou-se na Republica Democrática do Congo, onde permaneceu durante vinte e dois anos.[1][2]
Em março de 1968 partiu para União Soviética onde fez preparação militar em artilharia. De regresso à Guiné-Conakry, participou em várias ações militares, destacando-se a acção levada a cabo em janeiro de 1969, que culminou com a destruição do aquartelamento de Madina do Boé, na então Guiné Portuguesa, considerado um dos maiores feitos militares da luta da libertação nacional.[2]
A 10 de fevereiro de 1970, na sequência de um ataque perpetuado pelo Exército Português ao quartel de Pitche, foi atingido mortalmente, sendo sepultado na mesma madrugada no mato dessa localidade.[2]
Em 1991 os seus restos mortais foram transladados para Cabo Verde, sendo depositados numa campa no cemitério de Santa Catarina, na Assomada.[2]
Legado
editarEm 1990, em reconhecimento da sua dedicação na Luta da Libertação Nacional, foi condecorado a título póstumo com o 2.º grau da Ordem “Amilcar Cabral”, pelo decreto presidencial nº 20/90, publicado no B.O n.º 51.[2]
Justino Lopes é patrono do Comando da 3.ª Região Militar, das Forças Armadas de Cabo Verde, situado em Achada Limpa, celebrando anualmente a memória do seu patrono, o Dia da Unidade Justino Lopes, por ocasião do aniversário do seu nascimento, 18 de março.[1] A 18 de março de 2018 foi inaugurado um busto de Justino Lopes localizado naquele centro do comando.[1]
A Rua Justino Lopes, em Bissau, foi nomeada em sua homenagem.