Karina Pankevich é uma ativista uruguaia pelos direitos trans, presidente da Associação Uruguaia de Transgêneros (ATRU e coordenadora de uma rede de grupos que lutam pelos direitos dos transgêneros no Uruguai e em outros países da América do Sul.[1]

Karina Pankievich
Karina Pankievich
Nascimento 1963 (61 anos)
Fray Bentos
Cidadania Uruguai
Ocupação ativista trans, profissional do sexo, ativista LGBTQIAPN+

Biografia

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Karina Pankevich aos 13 anos se mudou para Montevidéu, onde aos 15 começou a trabalhar na indústria do sexo. Durante os anos de ditadura militar no Uruguai, ela foi forçada a emigrar do país para o Brasil e a Argentina.[1]

Em 1985, ela voltou ao Uruguai e, juntamente com outras pessoas trans, ingressou no movimento de direitos LGBT. No mesmo ano, com sua assistência, foi fundada a Associação Uruguaia de Transgêneros (ATRU), cujo objetivo era apoiar e mobilizar ativistas na luta por seus direitos. Posteriormente, a ATRU tornou-se uma rede de grupos que lutam pelos direitos dos transgêneros, não apenas no Uruguai, mas também em outros países da América do Sul.[2]

Um dos sucessos mais marcantes de Karina Pankevich foi a marcha pela diversidade da comunidade LGBT no Uruguai. A primeira marcha ocorreu em 1992 e contou com a participação de vários ativistas.

Em setembro de 2019, 130.000 pessoas participaram de uma marcha em Montevidéu.[3]

Em 2016, com a assistência do líder da ATRU, foi realizado o primeiro censo de pessoas trans no Uruguai e, como resultado, foram registradas 872 pessoas trans no país.[4] Depois disso, foi adotada no Uruguai a Lei das Pessoas Trans, que concede o direito à cirurgia de reatribuição de sexo, que será paga pelo Estado, além de terapia hormonal.[3] A facção conservadora do parlamento uruguaio iniciou um referendo para revogar esta lei.[5][6] Graças ao trabalho de campanha da ATRU, menos de 10% dos eleitores compareceram ao referendo, para que o referendo fosse reconhecido como legítimo, pelo menos 25% dos eleitores precisavam participar.[7]

Atividades sociais

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Karina Pankevich realiza seminários em vários programas de saúde para pessoas infectadas com o vírus HIV-AIDS, e também é a coordenadora no cone sul da RedLacTrans (Rede de Pessoas Trans da América Latina e do Caribe).[3]

Prêmios e reconhecimentos

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Em dezembro de 2019, Karina Pankevich foi reconhecida como cidadã honorária de Montevidéu pelos muitos anos de trabalho para proteger os direitos das pessoas LGBT no Uruguai. Ela se tornou a primeira pessoa trans a receber esse título.[2]

Referências