Léonard Gianadda (Martigny, 23 de agosto de 1935 - Martigny, 3 de dezembro de 2023) foi um engenheiro, promotor imobiliário e um mecenas suíço.[1]

Léonard Gianadda
Léonard Gianadda
Nascimento 23 de agosto de 1935
Martigny
Morte 3 de dezembro de 2023 (88 anos)
Martigny
Cidadania Suíça
Irmão(ã)(s) Pierre Gianadda
Alma mater
Ocupação jornalista, engenheiro, artista, filantropista
Prêmios
  • Cavaleiro da Ordem Nacional do Mérito
  • Comendador das Artes e das Letras
  • Oficial da Legião de Honra
Causa da morte câncer
Página oficial
http://www.gianadda.ch/

Biografia editar

Depois dos estudos no Colégio de Saint-Maurice faz várias reportagens fotográficas como independente e cobre em 1956 a nacionalização do Canal do Suez, no Egipto, por Nasser. Em 1957, agora a estudar na Escola Politécnica Federal de Lausana (EPFL), trabalha como empregado da Televisão Suíça Romanda (TSR) sendo assim o primeiro correspondente da televisão no Valais. Em 1960 obtém no EPFL o diploma de Engenharia civil.

Antes de se vir instalar-se em Martigny, como director de um escritório de engenheiros que desde 1961 construiu mais de 1 000 apartamentos, Léonardo e o seu irmão Pierre fazem uma viagem pela Itália durante quatro meses.

Fotógrafo editar

A fotografia teve um papel importante na formação artística de Léonard Gianadda. Foi nos anos 1950, a sua maneire de expressão artística, e quando cinquenta anos mais tarde a "Médiathèque Valais" retiram de um esquecimento increivel as obras realizadas por um fotoreporter, o espanto é enorme. O espanto inicial em breve dá lugar à reavaliação da trajectória do engenheiro-mecenas, e esclarece o que ele fez pela arte posteriormente, ou seja a realização de um percurso artístico que tem raízes na descoberta da arte Italiana de Renascesça durante a viagem que faz nesse país com o seu irmão.

O ano 1957 é importante na carreira do fotoreporter e na sua vida. O TSR pede-lhe para fazer um documentário fotográfico sobre Georges Simenon, durante a sua estadia em Lausana. Quando o editor do próprio escritor vê o trabalho efectuado, compra-lhe os negativos pelo equivalente ... de um ano de salário como engenheiro!

História editar

Quando preparava, num terreno que lhe pertencia, os alicerces para construir uma casa para arrendar, descobre na Primavera de 1976 os vestígios de um sítio Galo-Romano, o mais antigo desse tipo na Suíça. A 31 de Julho desse ano, o seu irmão Pierre morre num acidente de aviação quando queria prestar socorro a amigos. Muito amigo do seu irmão, a sua morte afecta-o profundamente e decide criar uma fundação para lhe perpetuar a memória. Construí em volta do templo antigo um centro cultural. Assim, a 19 de Novembro de 1978 no dia em que o seu irmão festejaria os 40 anos, foi inaugurado a Fundação Pierre Gianadda. Centro de exposições e de concertos, no parque da fundação encontram-se outros vestígios romanos assim que numerosas esculturas como as de Rodin, Henry Moore, etc., assim como uma fonte decorada por Chagall, ou o Pavilhão Szafran - Philodendrons.

A sua amabilidade, o prazer da arte e uma grande inteligência tem permitido que muitas das portas de grandes museus do mundo lhe sejam abertas, assim quando soube que a Phillips Collection, de Washington, ia fechar em 2004 paraobras, contactou-os e muito simplesmente disse-lhe que como as obras iriam ser guardadas por uns tempos ele gostaria de apresentar na sua fundação as obras, e foi assim que Martigny, e a Europa inteira, pode ver as obras de uma enorme colecção americana.

Cada exposição é um verdadeiro acontecimento, mas os enormes sucessos foram; Obras do Museu de Arte de São Paulo - MASP, Brasil -, Marc Chagall – Entre Ciel et Terre, Picasso et le Cirque, Henri-Cartier-Bresson, Camille Claudel e Rodin, La pintura francesa do Musei Pouchkine (Moscovo), Monet no Museu Marmottan e nas colecções suíças, Berthe Morisot, etc.

Distinções editar

Entre muitas distinções podem-se mencionar:

  • 1978 - A rainha Fabíola da Bélgica, remete-lhe uma menção do Prémio europeu do Museu do ano 1976
  • 1988 - Comissão de Honra da Sociedade dos amigos do Museu Rodin, em Paris
  • 1990 - Cavaleiro da Ordem Nacional do Mérito da República Francesa<, e Comendador da República Italiana
  • 1995 - Cavaleiro da Legião de Honra, França
  • 1997 - Oficial das Artes e das Letras, França, e membro do Concelho Administrativo do Museu Rodin, Paris
  • 2001 - Oficial da Legião de Honra, França
  • 2003 - Membro da Academia das Belas Artes, França
  • 2007 - Colucação da 13a escultura numa rotunda de Martigny, de Michel Favre
  • 2008 - Trinta anos da fundação
  • 2009 - Marcel Imsand oferece a Annette e Léonard Gianadda as 63 fotografias de Maurice Béjart.

Ver também editar

Referências

  1. «Swiss art patron, Léonard Gianadda, dies, aged 88» (em inglês). 4 de dezembro de 2023. Consultado em 13 de dezembro de 2023 

Fontes editar

Ligações externas editar