Em cálculo com múltiplas variáveis , os limites iterados são apresentados como expressões do tipo
lim
x
→
a
(
lim
y
→
b
f
(
x
,
y
)
)
.
{\displaystyle {\underset {x\rightarrow a}{\lim }}\left({\underset {y\rightarrow b}{\lim }}f(x,y)\right).}
Temos, assim, uma expressão cujo valor depende de, ao menos, duas variáveis. Tomando o limite em relação a uma dessas variáveis, ou seja, tomando
g
(
x
)
:=
lim
y
→
b
f
(
x
,
y
)
{\displaystyle g(x):={\underset {y\rightarrow b}{\lim }}f(x,y)}
, nos aproximamos de uma expressão cujo valor depende apenas da outra e, então, tomando o limite em relação a essa outra variável,
lim
x
→
a
g
(
x
)
{\displaystyle {\underset {x\rightarrow a}{\lim }}g(x)}
, nos aproximamos de um número, que representa um dos limites iterados para essas variáveis. O outro limite iterado é dado por
lim
y
→
b
(
lim
x
→
a
f
(
x
,
y
)
)
{\displaystyle {\underset {y\rightarrow b}{\lim }}\left({\underset {x\rightarrow a}{\lim }}f(x,y)\right)}
.
Essa definição difere da expressão
lim
(
x
,
y
)
→
(
a
,
b
)
f
(
x
,
y
)
{\displaystyle {\underset {(x,y)\rightarrow (a,b)}{\lim }}f(x,y)}
, que não é um limite iterado, mas sim um Limite Duplo . Nesse caso, o significado da expressão é que o limite da função de mais de uma variável
f
(
x
,
y
)
{\displaystyle f(x,y)}
se aproxima tanto de um determinado número L tanto quanto aproximamos
(
x
,
y
)
{\displaystyle (x,y)}
do ponto
(
a
,
b
)
{\displaystyle (a,b)}
. Ou seja, não envolve tomar um limite e, então, o outro, mas sim analisar o comportamento da função em torno do ponto desejado por vários caminhos.
Deve-se considerar que, em geral, os três limites acima (os dois iterados e o duplo) não levam a resultados comuns, ou seja, em geral
lim
x
→
a
(
lim
y
→
b
f
(
x
,
y
)
)
≠
lim
y
→
b
(
lim
x
→
a
f
(
x
,
y
)
)
≠
lim
(
x
,
y
)
→
(
a
,
b
)
f
(
x
,
y
)
{\displaystyle {\underset {x\rightarrow a}{\lim }}\left({\underset {y\rightarrow b}{\lim }}f(x,y)\right)\neq {\underset {y\rightarrow b}{\lim }}\left({\underset {x\rightarrow a}{\lim }}f(x,y)\right)\neq {\underset {(x,y)\rightarrow (a,b)}{\lim }}f(x,y)}
.
Exemplos e condições nos quais as trocas de ordem dos operadores de limite são aceitas serão analisados nas seções seguintes.
Definição formal
editar
Suponha
A
,
B
⊆
M
{\displaystyle A,B\subseteq M}
, onde
M
{\displaystyle M}
é um espaço métrico completo e, ainda
a
∈
A
′
{\displaystyle a\in A^{\prime }}
e
b
∈
B
′
{\displaystyle b\in B^{\prime }}
, onde
A
′
{\displaystyle A^{\prime }}
e
B
′
{\displaystyle B^{\prime }}
são os conjuntos de pontos de acumulação de
A
{\displaystyle A}
e
B
{\displaystyle B}
, respectivamente. Sejam, então,
g
(
x
)
:=
lim
y
→
b
f
(
x
,
y
)
{\displaystyle g(x):={\underset {y\rightarrow b}{\lim }}f(x,y)}
e
h
(
y
)
:=
lim
x
→
a
f
(
x
,
y
)
{\displaystyle h(y):={\underset {x\rightarrow a}{\lim }}f(x,y)}
, chamamos de limites iterados as expressões
lim
x
→
a
g
(
x
)
=
lim
x
→
a
(
lim
y
→
b
f
(
x
,
y
)
)
{\displaystyle {\underset {x\rightarrow a}{\lim }}g(x)={\underset {x\rightarrow a}{\lim }}\left({\underset {y\rightarrow b}{\lim }}f(x,y)\right)}
e
lim
y
→
b
h
(
y
)
=
lim
y
→
b
(
lim
x
→
a
f
(
x
,
y
)
)
{\displaystyle {\underset {y\rightarrow b}{\lim }}h(y)={\underset {y\rightarrow b}{\lim }}\left({\underset {x\rightarrow a}{\lim }}f(x,y)\right)}
. Chamamos, ainda, de limite duplo a expressão
lim
(
x
,
y
)
→
(
a
,
b
)
f
(
x
,
y
)
.
{\displaystyle {\underset {(x,y)\rightarrow (a,b)}{\lim }}f(x,y).}
Acima atentamos para o fato de que os limites iterados e duplo nem sempre tem resultados iguais. Aliás, pode-se adicionar o fato de que os limites iterados nem sempre existem. Abaixo seguem alguns exemplos de funções e o cálculo dos limites iterados relacionados a essas funções.
Sejam as funções abaixo definidas de forma que,
f
,
g
,
h
:
A
×
B
=
(
0
,
+
∞
)
×
(
0
,
+
∞
)
→
ℜ
{\displaystyle f,g,h:A\times B=(0,+\infty )\times (0,+\infty )\rightarrow \Re }
,
(1)
f
(
x
,
y
)
=
x
−
y
+
x
2
+
y
2
x
+
y
{\displaystyle f(x,y)={\dfrac {x-y+x^{2}+y^{2}}{x+y}}}
Temos
lim
x
→
0
f
(
x
,
y
)
=
y
−
1
{\displaystyle {\underset {x\rightarrow 0}{\lim }}f(x,y)=y-1}
e
lim
y
→
0
f
(
x
,
y
)
=
x
+
1
{\displaystyle {\underset {y\rightarrow 0}{\lim }}f(x,y)=x+1}
, de onde segue
lim
y
→
0
(
lim
x
→
0
f
(
x
,
y
)
)
=
−
1
{\displaystyle {\underset {y\rightarrow 0}{\lim }}\left({\underset {x\rightarrow 0}{\lim }}f(x,y)\right)=-1}
e
lim
x
→
0
(
lim
y
→
0
f
(
x
,
y
)
)
=
1
{\displaystyle {\underset {x\rightarrow 0}{\lim }}\left({\underset {y\rightarrow 0}{\lim }}f(x,y)\right)=1}
, ou seja
lim
y
→
0
(
lim
x
→
0
f
(
x
,
y
)
)
≠
lim
x
→
0
(
lim
y
→
0
f
(
x
,
y
)
)
{\displaystyle {\underset {y\rightarrow 0}{\lim }}\left({\underset {x\rightarrow 0}{\lim }}f(x,y)\right)\neq {\underset {x\rightarrow 0}{\lim }}\left({\underset {y\rightarrow 0}{\lim }}f(x,y)\right)}
.
.
(2)
g
(
x
,
y
)
=
x
sin
1
x
+
y
x
+
y
{\displaystyle g(x,y)={\dfrac {x\sin {\frac {1}{x}}+y}{x+y}}}
lim
x
→
0
f
(
x
,
y
)
=
1
{\displaystyle {\underset {x\rightarrow 0}{\lim }}f(x,y)=1}
, de onde
lim
y
→
0
%
(
lim
x
→
0
g
(
x
,
y
)
)
=
1
{\displaystyle {\underset {y\rightarrow 0\%}{\lim }}\left({\underset {x\rightarrow 0}{\lim }}g(x,y)\right)=1}
.
Mas,
lim
y
→
0
g
(
x
,
y
)
=
sin
1
x
{\displaystyle {\underset {y\rightarrow 0}{\lim }}g(x,y)=\sin {\frac {1}{x}}}
e, portanto,
∄
lim
x
→
0
(
lim
y
→
0
g
(
x
,
y
)
)
{\displaystyle \nexists {\underset {x\rightarrow 0}{\lim }}\left({\underset {y\rightarrow 0}{\lim }}g(x,y)\right)}
.
.
(3)
h
(
x
,
y
)
=
x
sin
1
y
{\displaystyle h(x,y)=x\sin {\frac {1}{y}}}
,
0
≤
|
x
sin
1
y
|
≤
|
x
|
{\displaystyle 0\leq \left\vert x\sin {\frac {1}{y}}\right\vert \leq \left\vert x\right\vert }
Temos
lim
(
x
,
y
)
→
(
0
,
0
)
h
(
x
,
y
)
=
lim
y
→
0
(
lim
x
→
0
h
(
x
,
y
)
)
=
0
{\displaystyle {\underset {(x,y)\rightarrow (0,0)}{\lim }}h(x,y)={\underset {y\rightarrow 0}{\lim }}\left({\underset {x\rightarrow 0}{\lim }}h(x,y)\right)=0}
, mas
∄
lim
x
→
0
(
lim
y
→
0
y
(
x
,
y
)
)
{\displaystyle \nexists {\underset {x\rightarrow 0}{\lim }}\left({\underset {y\rightarrow 0}{\lim }}y(x,y)\right)}
.
Deve-se atentar ao fato de que os limites iterados nem sempre são iguais e, mesmo que sejam, isso não é condição suficiente para garantir que o limite duplo também o seja. Tomemos o seguinte exemplo,
(4)
f
(
x
,
y
)
=
x
y
x
2
+
y
2
,
{\displaystyle f(x,y)={\frac {xy}{x^{2}+y^{2}}},}
[ 1]
Oras,
lim
y
→
0
x
y
x
2
+
y
2
=
lim
x
→
0
x
y
x
2
+
y
2
=
0
{\displaystyle \lim _{y\to 0}{\frac {xy}{x^{2}+y^{2}}}=\lim _{x\to 0}{\frac {xy}{x^{2}+y^{2}}}=0}
, logo
lim
x
→
0
(
lim
y
→
0
x
y
x
2
+
y
2
)
=
lim
y
→
0
(
lim
x
→
0
x
y
x
2
+
y
2
)
=
0
{\displaystyle \lim _{x\to 0}\left(\lim _{y\to 0}{\frac {xy}{x^{2}+y^{2}}}\right)=\lim _{y\to 0}\left(\lim _{x\to 0}{\frac {xy}{x^{2}+y^{2}}}\right)=0}
Mas o limite duplo em torno do caminho
y
=
x
{\displaystyle y=x}
é dado por,
lim
(
(
x
,
y
)
→
(
0
,
0
)
:
y
=
x
)
x
y
x
2
+
y
2
=
lim
x
→
0
x
2
x
2
+
x
2
=
1
2
.
{\displaystyle \lim _{{\Big (}(x,y)\to (0,0)\,:\,y=x{\Big )}}{\frac {xy}{x^{2}+y^{2}}}=\lim _{x\to 0}{\frac {x^{2}}{x^{2}+x^{2}}}={\frac {1}{2}}.}
Troca da ordem dos operadores de limite
editar
Já vimos que a operação de limites não é comutativa . Existem, contato, algumas condições que permitem a troca de operadores de limites.[ 2]
Seja
f
:
A
×
B
→
M
{\displaystyle f:A\times B\rightarrow M}
uma função de um subconjunto
A
×
B
⊂
M
1
×
M
2
{\displaystyle A\times B\subset M_{1}\times M_{2}}
em
M
{\displaystyle M}
e
(
a
,
b
)
∈
A
′
×
B
′
{\displaystyle (a,b)\in A^{\prime }\times B^{\prime }}
, onde
M
1
,
M
2
,
M
{\displaystyle M_{1},M_{2},M}
são espaços métricos . Se
(i)
∃
lim
(
a
,
b
)
f
(
x
,
y
)
=
α
{\displaystyle \exists {\underset {(a,b)}{\lim }}f(x,y)=\alpha }
(ii) para cada
y
∈
B
,
∃
lim
x
→
a
f
(
x
,
y
)
=
g
(
y
)
{\displaystyle y\in B,\exists {\underset {x\rightarrow a}{\lim }}f(x,y)=g(y)}
então
∃
lim
y
→
b
g
(
y
)
=
α
{\displaystyle \exists {\underset {y\rightarrow b}{\lim }}g(y)=\alpha }
.
DEMONSTRAÇÃO
Como
∃
lim
(
a
,
b
)
f
(
x
,
y
)
=
α
{\displaystyle \exists {\underset {(a,b)}{\lim }}f(x,y)=\alpha }
, então, da definição,
∀
ε
>
0
,
∃
δ
>
0
,
∀
(
x
,
y
)
∈
A
×
B
{\displaystyle \forall \varepsilon >0,\exists \delta >0,\forall (x,y)\in A\times B}
,
(
x
,
y
)
∈
B
δ
(
a
)
×
B
δ
(
b
)
∖
{
(
a
,
b
)
}
⇒
d
(
f
(
x
,
y
)
,
α
)
=
|
f
(
x
,
y
)
−
α
|
<
ε
2
{\displaystyle (x,y)\in B_{\delta }(a)\times B_{\delta }(b)\backslash \{(a,b)\}\Rightarrow d(f(x,y),\alpha )=\left\vert f(x,y)-\alpha \right\vert <{\frac {\varepsilon }{2}}}
.
Usando o fato de que
∃
lim
x
→
a
f
(
x
,
y
)
=
g
(
y
)
{\displaystyle \exists {\underset {x\rightarrow a}{\lim }}f(x,y)=g(y)}
e a continuidade da função norma, então
∃
lim
x
→
a
d
(
f
(
x
,
y
)
,
α
)
=
d
(
g
(
y
)
,
α
)
≤
ε
2
{\displaystyle \exists {\underset {x\rightarrow a}{\lim }}d(f(x,y),\alpha )=d(g(y),\alpha )\leq {\frac {\varepsilon }{2}}}
.
Segue que
∀
ε
>
0
,
∃
δ
>
0
,
∀
y
∈
B
,
y
∈
B
δ
(
b
)
∖
{
b
}
⇒
d
(
g
(
y
)
,
α
)
<
ε
{\displaystyle \forall \varepsilon >0,\exists \delta >0,\forall y\in B,y\in B_{\delta }(b)\backslash \{b\}\Rightarrow d(g(y),\alpha )<\varepsilon }
, de modo que
lim
y
→
b
g
(
y
)
=
α
{\displaystyle {\underset {y\rightarrow b}{\lim }}g(y)=\alpha }
.
Teorema do intercâmbio de limites
editar
Seja
f
:
A
×
B
→
M
{\displaystyle f:A\times B\rightarrow M}
uma função em um espaço métrico completo, onde
A
{\displaystyle A}
e
B
{\displaystyle B}
são subconjuntos dos espaços métricos
M
1
{\displaystyle M_{1}}
e
M
2
{\displaystyle M_{2}}
, respectivamente, e seja
a
∈
A
′
∖
A
,
b
∈
B
′
∖
B
{\displaystyle a\in A^{\prime }\backslash A,b\in B^{\prime }\backslash B}
. Se
(i)
∃
lim
x
→
a
f
(
x
,
y
)
=
g
(
y
)
{\displaystyle \exists {\underset {x\rightarrow a}{\lim }}f(x,y)=g(y)}
,
∀
y
∈
B
{\displaystyle \forall y\in B}
(ii)
lim
y
→
b
f
(
x
,
y
)
=
h
(
x
)
{\displaystyle {\underset {y\rightarrow b}{\lim }}f(x,y)=h(x)}
existe uniformemente em
x
∈
A
{\displaystyle x\in A}
então os três limites
lim
x
→
a
lim
y
→
b
f
(
x
,
y
)
,
{\displaystyle {\underset {x\rightarrow a}{\lim }}{\underset {y\rightarrow b}{\lim }}f(x,y),}
lim
y
→
b
lim
x
→
a
f
(
x
,
y
)
,
lim
(
a
,
b
)
f
(
x
,
y
)
{\displaystyle {\underset {y\rightarrow b}{\lim }}{\underset {x\rightarrow a}{\lim }}f(x,y),{\underset {(a,b)}{\lim }}f(x,y)}
existem e são iguais.
DEMONSTRAÇÃO
Seja
ε
>
0
{\displaystyle \varepsilon >0}
arbitrário.
De (ii) temos, pela definição
(1)
∃
δ
>
0
,
∀
y
∈
B
:
0
<
d
2
(
y
,
b
)
<
δ
⇒
∀
x
∈
A
:
d
(
f
(
x
,
y
)
,
h
(
x
)
)
<
ε
6
.
{\displaystyle \exists \delta >0,\forall y\in B:0<d_{2}(y,b)<\delta \Rightarrow \forall x\in A:d(f(x,y),h(x))<{\frac {\varepsilon }{6}}.}
Seja
y
∗
∈
B
δ
(
b
)
∖
{
b
}
{\displaystyle y^{\ast }\in B_{\delta }(b)\backslash \{b\}}
, usando (i), segue
(2)
∃
δ
∗
>
0
,
∀
x
∈
A
:
0
<
d
1
(
x
,
a
)
<
δ
∗
⇒
d
(
f
(
x
,
y
∗
)
,
g
(
y
∗
)
)
<
ε
6
.
{\displaystyle \exists \delta ^{\ast }>0,\forall x\in A:0<d_{1}(x,a)<\delta ^{\ast }\Rightarrow d(f(x,y^{\ast }),g(y^{\ast }))<{\frac {\varepsilon }{6}}.}
Seja a vizinhança do ponto
(
a
,
b
)
{\displaystyle (a,b)}
dada na forma
V
=
B
δ
∗
(
a
)
×
B
δ
(
b
)
{\displaystyle V=B_{\delta ^{\ast }}(a)\times B_{\delta }(b)}
e sejam os pontos
(
x
1
,
y
1
)
,
(
x
2
,
y
2
)
∈
V
∖
{
(
a
,
b
)
}
.
{\displaystyle (x_{1},y_{1}),(x_{2},y_{2})\in V\backslash \{(a,b)\}.}
Da desigualdade triangular segue
d
(
f
(
x
1
,
y
1
)
,
f
(
x
2
,
y
2
)
)
≤
d
(
f
(
x
1
,
y
1
)
,
h
(
x
1
)
)
+
d
(
h
(
x
1
)
,
f
(
x
1
,
y
∗
)
)
+
{\displaystyle d(f(x_{1},y_{1}),f(x_{2},y_{2}))\leq d(f(x_{1},y_{1}),h(x_{1}))+d(h(x_{1}),f(x_{1},y^{\ast }))+}
d
(
f
(
x
1
,
y
∗
)
,
g
(
y
∗
)
)
+
d
(
g
(
y
∗
)
,
f
(
x
2
,
y
∗
)
)
+
d
(
f
(
x
2
,
y
∗
)
,
h
(
x
2
)
)
+
d
(
h
(
x
2
)
,
f
(
x
2
,
y
2
)
)
{\displaystyle d(f(x_{1},y^{\ast }),g(y^{\ast }))+d(g(y^{\ast }),f(x_{2},y^{\ast }))+d(f(x_{2},y^{\ast }),h(x_{2}))+d(h(x_{2}),f(x_{2},y_{2}))}
Por (1) e (2), cada termo do lado direito da desigualdade são menores que
ε
6
.
{\displaystyle {\frac {\varepsilon }{6}}.}
Decorre disso que
∀
(
x
1
,
y
1
)
∈
A
×
B
,
∀
(
x
2
,
y
2
)
∈
A
×
B
:
{\displaystyle \forall (x_{1},y_{1})\in A\times B,\forall (x_{2},y_{2})\in A\times B:}
(
x
1
,
y
1
)
,
(
x
2
,
y
2
)
∈
V
∖
{
(
a
,
b
)
}
⇒
d
(
f
(
x
1
,
y
1
)
,
f
(
x
2
,
y
2
)
)
<
ε
.
{\displaystyle (x_{1},y_{1}),(x_{2},y_{2})\in V\backslash \{(a,b)\}\Rightarrow d(f(x_{1},y_{1}),f(x_{2},y_{2}))<\varepsilon .}
Assim, a função satisfaz o critério de Cauchy no ponto
(
a
,
b
)
{\displaystyle (a,b)}
e, como
M
{\displaystyle M}
é um espaço métrico completo, existe
lim
(
a
,
b
)
f
(
x
,
y
)
=
α
{\displaystyle {\underset {(a,b)}{\lim }}f(x,y)=\alpha }
.
Da proposição anterior, junto com (i), segue
lim
y
→
b
g
(
y
)
=
α
=
lim
y
→
b
(
lim
x
→
a
f
(
x
,
y
)
)
{\displaystyle {\underset {y\rightarrow b}{\lim }}g(y)=\alpha ={\underset {y\rightarrow b}{\lim }}({\underset {x\rightarrow a}{\lim }}f(x,y))}
e, com (ii) que
lim
x
→
a
h
(
x
)
=
α
=
lim
x
→
a
(
lim
y
→
b
f
(
x
,
y
)
)
{\displaystyle {\underset {x\rightarrow a}{\lim }}h(x)=\alpha ={\underset {x\rightarrow a}{\lim }}({\underset {y\rightarrow b}{\lim }}f(x,y))}
. O que conclui a demonstração.
Referências
↑ Stewart, James (2008). «Capítulo 15.2 Limites e Continuidade». Cálculo Multivariável 6ª ed. [S.l.: s.n.] ISBN 0495011630
↑ Zoran Kadelburg; Milosav M. Marjanovi´ (2005). «Interchanging Two Limits» (PDF) . THE TEACHING OF MATHEMATICS . VIII : 15-29. Consultado em 14 de dezembro de 2014