Luís de Granada
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Luís de Granada, nascido como Luís Sarria (Granada 1504 — 31 de Dezembro de 1588) foi um religioso da Ordem dos Pregadores (Dominicanos), cuja vida decorreu essencialmente em Portugal, morrendo em Lisboa com 83 anos de idade, tendo vivido 47 em Portugal.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/2c/Retrato_de_Fray_Luis_de_Granada.jpg/220px-Retrato_de_Fray_Luis_de_Granada.jpg)
Filho de Francisco de Sarria, natural da povoação de Sarria, na Galiza, província de Lugo sendo sua mãe uma modesta lavadeira que o criou sozinha, após o falecimento do pai quando Luís tinha 5 anos. Estudou no Colégio de S. Gregório de Valadolid. em 1543 é eleito prior do convento de Badajoz, mas obtém autorização para continuar a ser pregador itinerante. Em 1550 é chamado a Évora a fim de se tornar confessor do Cardeal D. Henrique. Tal terá sido também pretexto para o livrar da perseguição da Inquisição espanhola por causa dos seus escritos. Em Évora tona-se amigo dos também dominicanos Bartolomeu dos Mártires e Francisco Foreiro. Em 1557 é eleito provincial de Portugal, tendo apoiado a criação do Convento de S. Domingos, em Pedrogão Grande, tornando-o sede do noviciado da sua Ordem.
Foi mestre de filosofia, teologia moral e doutras disciplinas eclesiásticas, para além de confessor de D. João III, da rainha D. Catarina, e do Cardeal D. Henrique. Desempenhou as funções de visitador e provincial da província de S. Domingos de Portugal. Era muito estimado pela sua vasta erudição e grande eloquência. Rejeitou o bispado de Viseu, o arcebispado de Braga (sendo nomeado em sua substituição Frei Bartolomeu dos Mártires), e a púrpura cardinalícia, que lhe oferecera o Papa Sisto V, preterindo o serviço de Deus e do próximo, no púlpito, no confessionário, nas missões, na fundação de estabelecimentos de caridade, e em escrever. As suas obras eram tão estimadas, que mal se publicou o seu livro da oração e meditação, foi logo traduzido em nove línguas. O Papa Gregório XIII lhe escreveu uma carta em forma de Breve, expedido em Roma a 21 de Julho de 1582, em que agradecia e louvava as suas obras. Muitos bispos e arcebispos concederam indulgências a quem lesse ou ouvisse ler qualquer fragmento dos seus livros. Quando Filipe II de Espanha, se tornou rei de Portugal, perguntando-lhe alguém, qual era o seu partido respondeu: «Não sou castelhano nem português; sou frade de S. Domingos».
Escreveu muitas obras em castelhano sobre assuntos ascéticos, das quais se destacam as seguintes:: - Compendio da doutrina christãa recopilado de diuersos autores, que desta materia escreuerão, pelo R. P. F. Luyz de Granada, Provincial da Ordem de S. Domingos; acrescentarão-se ao cabo Treze Sermões das principaes festas do anno, pelo mesmo autor, etc., Lisboa, 1559; há uma edição desta obra, feita em Coimbra, em 1789; além desta, saíra em Lisboa outra edição em 1780, sem os sermões, com o título seguinte: Compendio da doutrina christã, composto pelo veneravel P. Fr. Luiz de Granada; dedicado á Rainha mãe pelo P. José Caetano de Mesquita, prior de S. Lourenço, etc.; - Introducção ao symbolo da Fé, pelo V. Fr. Luiz de Granada, traduzida em português; 2 tomos, Lisboa, 1780; - Guia de peccadores, e exhortação á virtude, etc., traduzida em português, Lisboa, 1764; 2 tomos; - fez-se uma edição no Porto, 1749: Livro da Oração e da meditação, Salamanca, 1567; - Memorial da vida christã, Salamanca, 1066. - "Regras da Vida Virtuosa", tiradas, e traduzidas do Memorial da Vida Christã. Com uma segunda edição saída no Porto em 1785.
O seu túmulo está na Igreja de S. Domingos, em Lisboa.
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