Manoel Ribeiro Nunes

Manoel Ribeiro Nunes (30 de setembro de 1792 - 5 de junho de 1862) foi um abastado fazendeiro e político mineiro.

Era filho do tropeiro português Francisco Ribeiro Nunes e proprietário da fazenda Cachoeira e da do Quilombo, que mais tarde deu origem ao município de Bias Fortes-MG. Fez fortuna com a criação de bovinos e suínos e com a produção e distribuição de queijo, manteiga, açúcar a aguardente. Havia acumulado o expressivo patrimônio de 182 contos de réis ao falecer no arraial do Quilombo em 5 de junho de 1862, com 339 cabeças de gado vacum, 50 de gado muar e cavalar, 228 porcos e 30 carneiros. Além das propriedades rurais, era também dono de um grande sobrado no arraial.[1]

Era capitão da Guarda Nacional e presidente da câmara municipal de Barbacena por ocasião do início da revolta liberal de 1842, tendo preparado e assinado a representação da câmara de Barbacena ao trono Imperial contra o ministério conservador em 11 de novembro de 1841[2] e mais tarde o ofício que convidava José Feliciano Pinto Coelho da Cunha para tomar posse como novo presidente da província.[3] Ao tomar conhecimento da derrota dos liberais paulistas pelo Duque de Caxias, contudo, procurou representantes do governo Imperial pedindo clemência, declarando-se arrependido e atribuindo a rebelião aos Armond.[4]

Referências

  1. Resende, Edna Maria (2008). «ECOS DO LIBERALISMO: ideários e vivências das elites regionais no processo de construção do Estado imperial, Barbacena (1831-1840)» (PDF). Universidade Federal de Minas Gerais. Consultado em 16 de outubro de 2020 
  2. «Representação da câmara de Barbacena ao trono imperial contra o ministério». O Maiorista. 30 de novembro de 1841. Consultado em 16 de outubro de 2020 
  3. Lacerda, Antonio Henrique Duarte (2010). «Negócios de Minas: família, fortuna, poder e redes de sociabilidade nas Minas Gerais - a família Ferreira Armonde (1751-1850)» (PDF). Universidade Federal Fluminense. Consultado em 16 de outubro de 2020 
  4. «O coronel José Thomaz Henriques». O Brasil: Vestra res agitur. 26 de julho de 1842. Consultado em 16 de outubro de 2020