Manuela Gonzaga
Maria Manuela Vieira Gonzaga (Porto, 18 de março de 1951)[1] é uma escritora e historiadora portuguesa. Viveu em Moçambique e Angola.[2]
Manuela Gonzaga | |
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Nascimento | Maria Manuela Vieira Gonzaga 18 de março de 1951 Porto |
Nacionalidade | Portuguesa |
Filho(a)(s) | 4 |
Ocupação | escritora historiadora |
Biografia
editarNasceu no Porto a 18 de março de 1951, e ali viveu até aos 12 anos, quando foi para Moçambique com os pais, e anos depois, para Angola. Em África passou assim uma parte da adolescência e da juventude. Durante cerca de 30 anos exerceu o ofício de jornalista,[3] tendo publicado centenas de artigos, entre crónicas, entrevistas, reportagens, artigos de opinião. Começou em Moçambique, no Jornal Notícias de Lourenço Marques,[4] depois em Angola, Luanda, na Revista Notícia[4], e mais tarde em Portugal, tendo passado por vários órgãos de comunicação social, nomeadamente o Correio da Manhã, o jornal O País, o Semanário, a revista Marie Claire e a revista Pais, entre outros.[5] Para além disso, dirigiu, coordenou e concebeu uma série de publicações. Porém, e conforme tem sublinhado em numerosas entrevistas, é na escrita que encontra a sua paixão, ou «o ofício» toda sua plenitude, como consta da biografia que assina na sua página de candidatura à Presidência da República.[6] É mãe de quatro filhos e avó de dois netos.[7] Foi, ao longo da sua vida, uma ativista com um envolvimento político e social vincado pela luta por causas humanitárias, direitos dos animais e da natureza e por um Portugal mais livre e esclarecido.[8]
A escritora colabora com alguma regularidade pontualmente com alguns órgãos de comunicação social, nomeadamente com a revista Vogue.[9]
Obra
editarLivros Publicados
editar- Xerazade, a última noite, 2015, Lisboa, Bertrand: romance (tradução francesa: Shéhérazade, la dernière nuit, 2017, ed. Le Poisson Volant);
- Moçambique para a Mãe se Lembrar como Foi, 2014, Lisboa, Bertrand: autobiografia, estudos coloniais (tradução francesa: Mozambique : pour que ma mère se souvienne, 2017, ed. Le Poisson Volant);
- Imperatriz Isabel de Portugal, 2012, (4ª ed. 2012) Lisboa, Bertrand: biografia (tradução francesa: Isabelle de Portugal, l'Impératrice, 2017, ed. Le Poisson Volant) ;
- Maria Adelaide Coelho da Cunha: «Doida não e não!», 2009, (7ª ed. 2009) Lisboa, Bertrand: biografia. (integra duas disciplinas do curso de Psicologia da Universidade Lusófona, Lisboa);
- Meu Único Grande Amor: Casei-me!, 2007, Bertrand e Círculo de Leitores: comédia de costumes;
- António Variações, Entre Braga e Nova Iorque, 2006, Âncora (3ª ed.2007): biografia (Integrou textos de avaliação de professores nos curricula da Universidade de Aveiro, e a disciplina de História e Geografia de Portugal da mesma Universidade);
- Jardins Secretos de Lisboa, 3ª ed, Lisboa, 2000, ed. Âncora: romance histórico (Este livro fez parte dos curricula da Faculdade de Belas Artes, e integrou a disciplina de Cultura Portuguesa da Universidade de Georgetown) (tradução francesa: Jardins secrets de Lisbonne, 2020, ed. Le Poisson Volant);
- A morte da avó cega, 1998, Lisboa, ed. Planeta: contos;
- O passado de Portugal no seu futuro, Conversas com o Duque de Bragança, 1995, Lisboa, Textual: entrevistas.
Literatura infanto-juvenil
editarCriou a coleção «O Mundo de André», que consta no Plano Nacional de Leitura:
- André e o Baile de Máscaras, 2017, Lisboa, Bertrand;
- André e o Segredo dos Labirintos, 2010, Lisboa, Oficina do Livro;
- André e o Lago do Tempo, 2008, Lisboa, Oficina do Livro, (2ª ed. 2009);
- André e a Esfera Mágica, 2006, Lisboa, Oficina do Livro (3ª ed. 2010);
Os seus livros mais recentes estão traduzidos para o francês e editados pela Le Poisson Volant.
Carreira
editarAutora de uma coleção juvenil - O Mundo de André[10] - com três títulos publicados e largamente difundidos junto de um público juvenil, estando referenciados no Plano Nacional de Leitura. Autora e formadora, Manuela Gonzaga tem desenvolvido programas de incentivo à escrita,[11] em aulas presenciais e à distância. A sua página Oficinas de Escrita[12], no Facebook é coadjuvada pelo blogue do mesmo nome onde textos dos participantes são divulgados com regularidade. Escritora e historiadora com o grau de mestre em História pela Universidade Nova de Lisboa, sendo uma das investigadoras agregadas ao Centro de História de Além-Mar (CHAM)[13] Universidade Nova de Lisboa. Manuela Gonzaga escreve regularmente no seu blogue Diários do Irreal Quotidiano.
Candidatura à Presidência da República 2016
editarA partir de 2012, integrou o partido político PAN.[14] Em 2015, decidiu candidatar-se à Presidência da República, por imperativos de cidadania.[15] Sendo a sociedade civil autorreguladora, o principal objetivo desta candidatura é o de capitalizar a oportunidade de transmitir uma mensagem não-alinhada. “Liberdade Incondicional” é o lema que sustenta a reflexão de Manuela Gonzaga sobre um país que encontra “cada vez mais fraturado”.[16]
A sua candidatura à Presidência da Republica Portuguesa prende-se com a necessidade de ser “uma voz”.[16] “Uma voz ativa por um caminho de libertação assente na ousadia de pensar que é possível contribuir para a mudança (…)".[16] A estratégia será a de “conciliar uma visão pragmática das questões de Estado, com o coração nas mãos”,[16] de acordo com o manifesto que reflete as suas reflexões sobre esta candidatura.
Acabou por desistir da candidatura por dificuldade na recolha de assinaturas.[17]
Outras atividades e interesses
editar- Participação em colóquios, palestras, debates e mesas redondas, um pouco por todo o país, quer para coadjuvar a sua produção literária, quer a convite de instituições, nomeadamente de ensino superior, quer promovidos por si [1].
Destaque:
- Tem participado em numerosos colóquios, tertúlias, mesas redondas, e na promoção de acções de carácter voluntário. Em 2014-2015 participou nas Correntes d’Escrita; num colóquio sobre Guerra Colonial, e num Encontro de Lusofonias[18].
Entre outros foi:
- Convidada de honra em «Memórias», em Tertúlias Literárias, promovidas pelo poeta laureado Samuel Pimenta, Lisboa, Zazou - Bazar & Café, Lisboa, Dezembro, ao longo de 2012[1].<
- Manuela Gonzaga (oradora) «Histórias de Família», TEDxO’Porto[19], Casa da Música, Porto, 25 de Julho, 2011;
- Manuela Gonzaga e Rui Gomes Coelho (promotores e coordenadores), Colóquio Lisboa no tempo de Carlos Seixas, Núcleo Interdisciplinar de Estudos do Património (NIEP) da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL), Lisboa, dezembro de 2004.
- Colaboradora na organização do Festival Artivist[20] em 2008, festival internacional de cinema dedicado a promover a sensibilização para a interdependência entre a humanidade, os animais e o ambiente [21] que teve lugar na FNAC Chiado e no Fórum Lisboa e que, entre outros, contou com a participação de Peter Joseph[22].
Ligações externas
editarReferências
- ↑ a b c Biografia - Presidenciais 2016
- ↑ [1] Wook - Manuela Gonzaga
- ↑ Sítio do Livro - Manuela Gonzaga
- ↑ a b Público: Manuela Gonzaga quer concorrer a Belém
- ↑ «Expresso: Historiadora Manuela Gonzaga na corrida a Belém». Consultado em 1 de setembro de 2015. Arquivado do original em 25 de novembro de 2015
- ↑ «A escrita é a minha paixão. O meu alento. O ofício de minha plenitude. No meu percurso de vida, orgulho-me muito de ter transformado as palavras em minhas aliadas. Amo-as, sou-lhes absolutamente fiel e estou ao seu serviço, convicta de que as palavras também me amam a mim.» Manifesto Presidenciais
- ↑ Wook - Manuela Gonzaga
- ↑ Diário Digital: Escritora e historiadora Manuela Gonzaga na corrida à Presidência da República apoiada pelo PAN
- ↑ Diário de Notícias: Quis fazer justiça a uma mulher extraordinária
- ↑ Plano Nacional de Leitura - O Mundo de André
- ↑ Marcador de Livros: Manuela Gonzaga
- ↑ Facebook - Oficinas da Escrita
- ↑ Centro de História de Além-Mar: investigadores
- ↑ Público: Manuela Gonzaga quer concorrer a Belém
- ↑ Observador: Manuela Gonzaga na corrida a Belém
- ↑ a b c d Manifesto Presidenciais 2016
- ↑ Manuela Gonzaga desiste de candidatura à Presidência. “Não vale a pena inventar desculpas”, Expresso, 22 de Dezembro de 2015. Vista em 22 de Dezembro de 2015.
- ↑ JPN: Correntes d'Escrita
- ↑ TEDxO'Porto: Manuela Gonzaga
- ↑ Artivist: Programação
- ↑ Artivist: Sobre
- ↑ We don't use watch but we're never late