Na música árabe e persa, o maqam (em árabe: مقام, translit. maqām; em persa: مقام; romaniz.:maqâm) é um modo melódico heptatônico, utilizado tanto para a música instrumental como vocal. Cada maqam pode ser compreendido como uma técnica de improvisação com padrões, alturas e desenvolvimentos próprios, mas sem ritmo fixo.[1] São formados por ajnas (singular, em árabe: جنس‎, translit. jins), tríades, tetracordes e pentacordes, sendo que cada maqam tem obrigatoriamente dois ajnas (chamados "superiores") e facultativamente ajnas adicionais (chamados "secundários"), estes primariamente utilizados para modulação.[2]

O termo maqam tem suas origens nos tratados musicais do século XV de Abd al-Qadir Maraghi,[3] de forma que se disseminou para outras formas de modalismo, como a clássica otomana (o makam), a sefardita (o maqam semanal), a azeri (o mugham), a asiática central (o shashmaqam) e a chinesa (o muqam).

Referências

  1. Touma, Habib Hassan (1996). The Music of the Arabs. Portland, Oregon: Amadeus Press. pp. 38, 203. ISBN 0-931340-88-8 
  2. «Ajnas». Maqam World (em inglês). Arquivado do original em 26 de janeiro de 2008 
  3. Ederer, Eric Bernard (2011). The Theory and Praxis of Makam in Classical Turkish Music 1910-2010. Santa Barbara, CA: University of California, Santa Barbara. p. 26