Metrópole de Kiev (1458–1596)

trecho sobre a história de Kiev
 Nota: Este artigo é sobre a Metrópole de Kiev, do Patriarcado de Constantinopla, que existiu de 1458 a 1596 no território do Grão-Ducado da Lituânia e do Reino da Polônia. Para a Metrópole de Kiev, do Patriarcado de Constantinopla, que existiu de 988 a 1458 no território da Rússia, Grão-Ducado da Lituânia, Reino da Polônia e Horda Dourada, veja Metrópole de Kiev (988–1458). Para a Metrópole de Kiev, do Patriarcado de Constantinopla, que existiu de 1620 a 1685 no território da Comunidade Polaco-Lituana e Hetmanato, veja Metrópole de Kiev (1620–1685).

Metrópole de Kiev ou Metrópole de Kiev, Galícia e Toda a Rússia (ainda, Metrópole da Rússia Ocidental, Metrópole Quievana-Lituana) foi a metrópole ortodoxa do Patriarcado de Constantinopla no território do Grão-Ducado da Lituânia e da Comunidade Polaco-Lituana. Existiu até 1596, quando aceitou a União de Brest.[1]

Metrópole de Kiev
(Киевская митрополия)
(Київська митрополія)
Archieparchia
Metrópole de Kiev (1458–1596)
Catedral de Santa Sofia em Kiev.
Localização
Território Grão-Ducado da Lituânia e Reino da Polônia
Arquieparquia Metropolita Navahrudak
Vilnius
Estatísticas
Informação
Denominação Igreja Ortodoxa de Constantinopla
Rito bizantino
Criação da Eparquia 1458
Catedral Santa Sofia
Governo da Arquidiocese
Arquieparca Simeão (primeiro)
Miguel Rogoza (último)
Contatos

História editar

 
Grão-Ducado da Lituânia em 1434

Em 1433, após a morte de Fócio, Metropolita de Kiev e de Toda a Rússia, o Príncipe de Moscou decidiu nomear Jonas, Bispo de Riazã, como Metropolita. Mas, tendo chegado a Constantinopla, Jonas não recebeu a aprovação do Patriarca e foi o protegido do Grão-Duque da Lituânia, Švitrigaila, o Bispo Gerasimo de Esmolensco, que foi nomeado Metropolita. Em 1436, o Patriarca ordenou o Metropolita Isidoro, um defensor da união das Igrejas Ortodoxa e Católica, à cátedra de Kiev. No entanto, nem Jonas nem o Príncipe de Moscou aceitaram tal decisão e foram hostis a Isidoro. Quando, depois da União de Florença, ele chegou a Moscou como Cardeal da Rússia, em 1441, foi preso como herege, após ser acusado de apostasia, mas depois conseguiu escapar. O Príncipe de Moscou pediu a Constantinopla que desse à Rússia uma nova metrópole, mas o Patriarca se recusou a fazê-lo.

Em 1448 um Concílio de Bispos da Rússia Oriental nomeou, por ordem do Grão-Duque de Moscou, o bispo Jonas como Metropolita de Kiev, sem a aprovação do Patriarca Gregório III de Constantinopla. Durante seu governo a Igreja da Rússia tornou-se autocéfala de fato e título foi alterado para "Moscou e Toda a Rússia". Porém, os ortodoxos nos territórios do Grão-Ducado de Lituânia permaneceram sob a jurisdição da Igreja Ortodoxa de Constantinopla.

Em 1458, o Patriarca Isidoro II de Constantinopla reorganizou as dioceses ortodoxas (eparquias) dentro do território do Grão-Ducado da Lituânia, incluindo Kiev, em uma nova sé e seus primazes receberam um novo título: Metropolita de Kiev, Galícia e Toda a Rússia. A sede da sé episcopal estava localizada em Vilnius.

 
Eparquias uniatas em 1772

Em 1595, a Metrópole de Kiev, como sede em Vilnius, assina a União de Brest com a Igreja Católica Romana, estabelecendo assim uma Igreja uniata.

Lista dos metropolitas de Kiev de 1458 a 1596 editar

  • Esperidião Sava (c.1479–1481) - Consagrado como Metropolita Ortodoxo de Kiev pelo Patriarca Rafael I de Constantinopla, mas rejeitado por Casimiro IV.
  • Simeão (1481–1488) - Primeiro Metropolita Ortodoxo aceito desde 1458.[2]
  • Jonas Glezna (1492–1494)
  • Macário (1495–1497)
    • José Bolgarinoviche (1498–1500) - Administrador temporário
  • José Bolgarinoviche (1500–1503)
  • Jonas (1503–1507)
    • José Soltan (1507–1509) - Administrador temporário
  • José Soltan (1509–1521)
  • José Rusin (1522–1534)
    • Macário, o Moscovita (1534–1535) - Administrador temporário
  • Macário, o Moscovita (1535–1556)
  • Silvestre Belqueviche (1556–1567)
  • Jonas Protaseviche (1568–1576)
  • Elias Kucha (1577–1579)
  • Onesíforo Devochka (1583–1589)
  • Miguel Rogoza (1589–1596) - Aceitou a União de Brest.

Ver também editar

Referências