Minority Report (filme)

filme de 2002 dirigido por Steven Spielberg
(Redirecionado de Minority Report - A Nova Lei)

Minority Report (bra: Minority Report - A Nova Lei[1][6]; prt: Relatório Minoritário[2]) é um filme de ficção científica neo-noir lançado em 2002 estrelado por Tom Cruise e dirigido por Steven Spielberg. O roteiro é baseado no conto homônimo de Philip K. Dick. Ele é definido principalmente em Washington, DC no ano de 2054, onde o "Pré-Crime", um departamento de polícia especializado, apreende criminosos com base em premonições fornecidas por três videntes chamados "Precogs". O elenco inclui Tom Cruise como o Chefe de Pré-Crime John Anderton, Colin Farrell como o agente do Departamento de Justiça Danny Witwer, Samantha Morton como a Precog sênior Agatha, e Max von Sydow o Diretor Lamar Burgess, superior e mentor de Anderton. O filme combina elementos de gênero noir tech , whodunit , suspense e ficção científica, bem como um filme de perseguição tradicional, como o principal protagonista é acusado de um crime que não cometeu e se torna um fugitivo.

Minority Report - A Nova Lei
Minority Report
Relatório Minoritário (PRT)
Minority Report (filme)
Pôster promocional
 Estados Unidos
2002 •  cor •  145[1][2] min 
Gênero ficção científica
Direção Steven Spielberg
Produção Gerald R. Molen
Bonnie Curtis
Walter F. Parkes
Jan de Bont
Roteiro Scott Frank
Jon Cohen
Baseado em Minority Report de Philip K. Dick
Elenco Tom Cruise
Colin Farrell
Samantha Morton
Max von Sydow
Música John Williams
Diretor de fotografia Janusz Kamiński
Direção de arte Alex McDowell
Figurino Deborah L. Scott
Edição Michael Kahn
Companhia(s) produtora(s) Amblin Entertainment
Cruise/Wagner Productions
Blue Tulip Productions
Distribuição 20th Century Fox
DreamWorks SKG
Lançamento
  • 21 de junho de 2002 (2002-06-21) (Estados Unidos)[3][4]
  • 2 de agosto de 2002 (2002-08-02) (Brasil)[1][5]
  • 4 de outubro de 2002 (2002-10-04) (Portugal)[2]
Idioma inglês
Orçamento US$ 102 milhões[3]
Receita US$ 358 372 926[3]

Spielberg tem caracterizado a história como sendo "cinquenta por cento sobre o personagem e cinquenta por cento sobre contar histórias muito complicadas com camadas e camadas de mistério de assassinato e conspiração". O tema central do filme é a questão do livre arbítrio contra o determinismo, que examina se o livre arbítrio ainda pode existir se o futuro está definido e conhecido antecipadamente. Outros temas incluem o papel do governo na proteção preventiva de seus cidadãos, o papel da mídia em um estado futuro em que os avanços tecnológicos tornam a sua presença quase ilimitada, a legalidade potencial de um promotor infalível, e um tema repetido de Spielberg, famílias desestruturadas.

Minority Report foi um dos filmes mais bem avaliados de 2002. Ele recebeu elogios por suas escrita, visual e temas, mas ganhou algumas críticas por seu final que foi considerado incompatível com o tom do resto do filme. O filme foi nomeado para diversos prêmios e ganhou vários. Ele recebeu uma indicação ao Oscar para Melhor Edição de Som, e onze nomeações ao Saturn Award, incluindo Melhor Ator, Melhor Ator Coadjuvante, e Saturn Award de Melhor Música, vencendo Melhor Filme de Ficção Científica ,Melhor Direção, Melhor Roteiro e Melhor Atriz Coadjuvante. O filme foi um sucesso comercial, faturando mais de US$ 358 milhões no mundo todo contra um orçamento total de US$ 142 milhões (incluindo a publicidade). Mais de quatro milhões de DVDs foram vendidos em seus primeiros meses de lançamento.

Enredo editar

Em 2054, existe um Departamento da Polícia chamado Pré-Crime, que impede os assassinos antes de agirem, tendo reduzindo a taxa de assassinatos a zero desde sua implementação em Washington D.C. cinco anos antes. Os assassinatos são previstos utilizando três crianças paranormais geneticamente alteradas, que pré-visualizam crimes recebendo visões do futuro: os gêmeos Arthur e Dash, e a fêmea Agatha, que são chamados "Precogs". Os supostos assassinos são aprisionados em prisões de realidade virtual, e o o governo federal está à beira de adotar o polêmico programa para todo o país.

Desde o desaparecimento de seu filho Sean, o chefe do Pré-Crime John Anderton separou-se de sua esposa Lara e se tornou um viciado em drogas. Enquanto o agente do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, Danny Witwer está auditando o programa, os Precogs geram uma nova previsão, dizendo que Anderton irá assassinar um homem chamado Leo Crow em 36 horas. Anderton não conhece Crow, mas foge da área quando Witwer começa uma caçada.

Anderton procura o conselho da Dra. Iris Hineman, a criadora da tecnologia Pré-Crime. Ela revela que, às vezes, um dos Precogs, geralmente Agatha, tem uma visão diferente dos outros dois, um "relatório minoritário" de um possível futuro alternativo; Isso foi mantido em segredo, pois prejudicaria a credibilidade do sistema. Anderton decide recuperar o relatório minoritário para provar sua inocência.

Anderton vai a um médico do mercado negro para realizar um arriscado transplante de olhos, a fim de evitar o sistema de reconhecimento óptico presente em toda a cidade. Ele retorna ao Pré-Crime e sequestra Agatha; como os Precogs operam como uma mente em grupo, o programa é desabilitado. Anderton leva Agatha para um hacker a fim de extrair o relatório minoritário de Leo Crow, mas nenhum relatório existe. Em vez disso, Agatha mostra-lhe uma imagem do assassinato de Anne Lively, uma mulher que foi afogada por uma figura encapuzada desconhecida em 2049.

Anderton e Agatha vão para o quarto do hotel de Crow quando o prazo de 36 horas se aproxima, encontrando numerosas fotos de crianças, incluindo a de Sean. Crow chega e Anderton se prepara para matá-lo, acusando-o de ser um assassino em série. Agatha diz a Anderton que ele ainda tem a capacidade de escolher seu próprio futuro agora que ele está ciente do que irá acontecer. Crow no entanto pede para ser morto, tendo sido contratado para plantar as fotos e ser morto em troca do bem-estar financeiro de sua família. Crow agarra a arma de Anderton e empurra o gatilho, se matando. Anderton e Agatha buscam refúgio na casa de Lara fora da cidade. Lá eles descobrem que Lively era a mãe viciada em drogas de Agatha, que a vendeu para o Pré-Crime. Lively havia ficado sóbria e tentou recuperar Agatha, mas foi assassinada. Anderton percebe que está sendo um alvo por seu conhecimento sobre a existência de Lively e sua conexão com Agatha.

Witwer, estudando a morte de Crow, suspeita que Anderton esteja sendo enquadrado. Ele examina a filmagem do assassinato de Lively e descobre que houveram duas tentativas de assasinato, a primeira (afogamento) foi interrompida pelo Pré-Crime, mas a segunda, ocorrendo minutos depois, foi bem sucedida em afogar Lively da mesma forma que a primeira. Witwer relata isso ao diretor e fundador do Pré-Crime, Lamar Burgess, mas Burgess responde matando Witwer usando a arma de Anderton. Com os Precogs ainda desligados, o assassinato não é detectado. Lara chama Burgess, que também é mentor de Anderton, para revelar que este está com ela; Anderton é capturado, acusado de ambos os assassinatos, e equipado com o dispositivo cerebral que o coloca permanentemente aprisionado em um sonho.

Agatha é reconectada ao sistema Pré-Crime. Ao tentar confortar Lara, Burgess acidentalmente revela-se como o assassino de Lively. Lara invade a prisão e liberta Anderton da estase, e Anderton expõe Burgess em uma festa comemorativa da Pré-Crime soltando o vídeo da visão de Agatha, na qual Burgess mata Lively. Uma nova premonição é gerada no Pré-Crime: Burgess vai matar Anderton. Burgess encontra Anderton, e lhe explica que como ele não podia permitir que Lively tomasse Agatha de volta sem afetar o Pré-Crime, ele arquitetou para matar Lively após uma tentativa real em sua vida, de modo que o assassinato iria aparecer como um eco para o técnico dentro do sistema e seria ignorado. Anderton aponta o dilema de Burgess: Se Burgess matar Anderton, ele será preso por toda a vida, mas o Pré-Crime será validado; se ele proteger Anderton, o Pré-Crime será desacreditado e extinto. Anderton então revela a falha final do sistema: uma vez que as pessoas estão conscientes do seu futuro, elas são capazes de mudá-lo. Burgess concorda e pede perdão a Anderton antes de atirar em si mesmo.

Após a morte de Burgess, o sistema Pré-Crime é encerrado. Todos os prisioneiros são libertados, embora sejam mantidos sob vigilância pelos Departamentos da Polícia. Anderton e Lara reatam seu relacionamento e estão à espera de um novo filho, e os Precogs são enviados para uma ilha isolada para viver suas vidas em paz.

Elenco editar

O elenco também apresenta Jessica Capshaw como Evanna, piloto de transporte do Pré-Crime; Tyler Patrick Jones como Sean Anderton, filho de John e Lara supostamente assassinado por Crow; Jason Antoon como Rufus T. Riley, proprietário de uma boate cibernética; Nancy Linehan Charles como Celeste Burgess, esposa de Lamar; Victor Raider-Wexler como procurador-geral Arthur Nash; Arye Gross como Howard Marks; Ashley Crow como Sarah Marks; David Stifel como Lycon; Anna Maria Horsford como Casey; Joel Gretsch como Donald Dubin; Tom Choi como Nick Paymen; Caroline Lagerfelt como Greta van Eyck e William Mapother (primo de Tom Cruise) como um recepcionista de hotel.

Cameron Diaz, Cameron Crowe e Paul Thomas Anderson fazem aparições não creditadas como passageiros do metrô.

Recepção da crítica editar

Minority Report tem aclamação por parte da crítica especializada. Com o Tomatometer de 91% em base de 234 críticas, o Rotten Tomatoes chegou ao consenso: "Instigante e visceral, Steven Spielberg combina idéias de alto conceito e ação de alta octanagem neste suspense sci-fi rápido e febril". Por parte da audiência do site tem 79% de aprovação.[4]

Prêmios editar

  • Indicado ao Oscar de Melhores Efeitos Sonoros.[7]
  • Indicado ao BAFTA de Melhores Efeitos Especiais.
  • Indicado ao Cesar de Melhor Filme Estrangeiro.
  • Indicado ao MTV Movie Awards de Melhor Cena de Ação.
  • Indicado ao Prêmio AdoroCinema 2002 de Melhor Roteiro Adaptado.

Referências

  1. a b c «Minority Report - A Nova Lei». AdoroCinema. Brasil: Webedia. 2 de agosto de 2002. Consultado em 21 de março de 2023 
  2. a b c «Relatório Minoritário». Cinecartaz. Portugal: Público. 4 de outubro de 2002. Consultado em 21 de março de 2023 
  3. a b c «Minority Report (2002)». Box Office Mojo (em inglês). IMDb. Consultado em 21 de março de 2023 
  4. a b «Minority Report» (em inglês). Rotten Tomatoes. Consultado em 24 de janeiro de 2014 
  5. «Agenda cinema no Brasil». AdoroCinema. Brasil: Webedia. Consultado em 1 de setembro de 2017. Arquivado do original em 2 de setembro de 2017 
  6. Boscov, Isabela (31 de julho de 2002). «Um terrível mundo novo». Veja 1762 ed. Brasil: Editora Abril. ISSN 0100-7122. Consultado em 21 de março de 2023. Arquivado do original em 2 de maio de 2003 
  7. «Minority Report». Box Office Mojo (em inglês). IMDb. Consultado em 24 de janeiro de 2014. Arquivado do original em 1 de fevereiro de 2014