Morada Paulista

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Morada Paulista é um livro publicado em 1972 pelo arquiteto Luís Saia pela editora Perspectiva, que trata da configuração do território paulista a partir de análises da cultura material da região.[1][2]

Morada Paulista
Autor Luís Saia
Data de publicação 1972
Editora Perspectiva (editora)

É considerada obra relevante para o entendimento da evolução regional paulista e pela divulgação de esforços na proteção e preservação do patrimônio artístico e histórico de São Paulo e do Brasil como um todo, fornecendo elementos orientadores de ações institucionais nesse sentido.[1][3][4]

O autor, Luís Saia, foi colaborador do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, órgão que deu origem ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), por 40 anos, de forma que a obra é também reflexo de sua dedicação à preservação do patrimônio histórico e artístico paulista.[5][4]

O livro é o resultado da organização de uma série de artigos sobre a evolução da arquitetura residencial de São Paulo publicados na Revista Acrópole em 1956.[6] Morada Paulista foi publicado em 1972, com a adição de artigos que não constavam na Revista.[1]

Morada Paulista é segmentado em duas partes: “Notas sobre a evolução da morada paulista” e “Notas relacionadas com a tetônica demográfica de São Paulo”. No prefácio do autor, intitulado "Notas prévias", Saia explana a metodologia utilizada na estruturação dos artigos do livro, considerando a validade e as limitações de fontes utilizadas, e sua perspectiva quanto à contraposição entre a arquitetura paulista e a arquitetura oitocentista mineira e baiana.[3]

A primeira parte do livro, "Notas sobre a evolução da morada paulista", é considerado de teor teórico, no qual Luís Saia se debruça sobre as teses e hipóteses negadas sobre a instauração do modo de vida no planalto paulista. A obra também trata da configuração paulista a partir de ciclos econômicos e sociais como o bandeirismo, buscando traçar sentido para a identidade arquitetônica e cultural de São Paulo.[3]

No ano de 2005, o livro ganhou uma nova edição pela editora Perspectiva.[7][8]

Ver também editar

Ligações externas editar

Referências

  1. a b c Allucci, Renata Rendelucci; Schicchi, Maria Cristina Da Silva; Allucci, Renata Rendelucci; Schicchi, Maria Cristina Da Silva (14 de outubro de 2019). «São Luiz do Paraitinga: o imaginário fundacional e suas projeções». Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material. 27. ISSN 0101-4714. doi:10.1590/1982-02672019v27e15. Consultado em 23 de fevereiro de 2020 
  2. Saia, Luiz (1972). Morada paulista. [S.l.]: Editora Perspectiva 
  3. a b c Lowande, Walter Francisco Figueiredo (30 de dezembro de 2014). «Luís Saia e a evolução arquitetônica regional: da morada paulista às práticas de proteção ao patrimônio cultural nacional». Risco Revista de Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo (Online) (18-19): 41–60. ISSN 1984-4506. doi:10.11606/issn.1984-4506.v0i18-19p41-60 
  4. a b Trindade, Jaelson Bitran (30 de dezembro de 2014). «Luís Saia, arquiteto (1911-1975): a descoberta, estudo e restauro das "moradas paulistas"». Risco Revista de Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo (Online) (18-19): 123–169. ISSN 1984-4506. doi:10.11606/issn.1984-4506.v0i18-19p123-169 
  5. «Notícia: Exposição sobre o arquiteto Luís Saia pode ser conferida no Iphan - IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional». Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 11 de abril de 2013. Consultado em 24 de fevereiro de 2020 
  6. «Revista Acrópole - Edição de 25 anos» (PDF). Revista Acrópole. 1963. Consultado em 2 de maio de 2021 
  7. Saia, Luiz (2005). Morada Paulista. [S.l.]: Editora Perspectiva 
  8. Ferreira, Camila. «Luís Saia e o patrimônio arquitetônico do período do café em São Paulo». Revista Restauro :: arte | museu | arquitetura | cidade. Consultado em 2 de maio de 2021 
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