Maomé Mutavaquil

político marroquino
(Redirecionado de Mulei Maomé)

Abu Abedalá Maomé Almotauaquil (em árabe: أبو عبد الله محمد المتوكل; romaniz.:Abu Abd Allah Mohammed al-Mutawwakil; Alcácer-Quibir, 4 de agosto de 1548), melhor conhecido como Maomé Mutavaquil,[1] Mutauaquil,[2] ou Almotauaquil[3] e ainda alcunhado de o Esfolado (em árabe: المصلوخ; romaniz.:al-Maslukh) depois da sua morte,[4] foi o quarto sultão do Sultanato Saadiano do Magrebe, onde reinou de 1574 a 1576. Era o filho de Abedalá Algalibe (r. 1557–1574), a quem sucedeu, mas seu breve reinado foi interrompido por sua deposição por seu sobrinho Mulei Maluco (r. 1576–1578), vindo de Istambul, a capital do Império Otomano. Mutavaquil esteve presente na Batalha de Alcácer-Quibir de 4 de agosto de 1548 ao lado das tropas do rei Sebastião I de Portugal (r. 1557–1578) contra Mulei Maluco. Se afogou nas águas do rio Mocazim durante a batalha e o seu corpo foi recuperado por Mulei Maluco, que ordenou que fosse esfolado, razão pela qual foi alcunhado, e suas partes fossem expostas em Marraquexe.[5]

Maomé Mutavaquil
Sultão do Sultanato Saadiano
Reinado 1574-1576
Antecessor(a) Abedalá Algalibe
Sucessor(a) Mulei Maluco
 
Morte 4 de agosto de 1578
Casa saadiana
Pai Abedalá Algalibe
Religião Islão

Referências

  1. Gonçalves 2011, p. 400.
  2. Campos 1965, p. 326.
  3. Serrão 1992, p. 121.
  4. Pereira 2015, p. 15.
  5. Pereira 2015, p. 14-15.

Bibliografia editar

  • Campos, José Augusto Correia de (1965). Arqueologia árabe em Portugal. Lisboa: Castro e Silva 
  • Gonçalves, Henriqueta Maria (2011). Metamorfoses: 25 anos do Departamento de Letras Artes e Comunicação. UTAD, Vila Real, Portugal: DLAC - Departamento de Letras Artes e Comunicação. ISBN 978-989-704-012-2 
  • Pereira, Vicente Luís de Castro (2015). As muitas Vidas de Luís de Camões: Ressonâncias Biográficas Camonianas na Literatura Luso-Brasileira Oitocentista. São Paulo: Universidade de São Paulo 
  • Serrão, Joel (1992). «Almotauaquil». Dicionário de História de Portugal. 1. Porto: Livraria Figueirinhas e Iniciativas Editoriais. 3500 páginas