Nobel de Fisiologia ou Medicina

prémio anual nas áreas de fisiologia e medicina
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O Prémio (português europeu) ou Prêmio (português brasileiro) Nobel de Fisiologia ou Medicina (em sueco: Nobelpriset i fysiologi eller medicin) é uma distinção científica atribuída anualmente pelo Instituto Karolinska e regulado pela Fundação Nobel, distinguindo descobertas notáveis ​​nos campos das ciências da vida, da fisiologia ou da medicina. É um dos cinco prémios Nobel estabelecidos em 1895 pelo químico sueco Alfred Nobel, o inventor da dinamite, no seu testamento.[2] Alfred Nobel estava pessoalmente interessado em fisiologia experimental e quis estabelecer um prémio ao progresso científico através de descobertas efetuadas em laboratório. O Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina é apresentado ao(s) destinatário(s) em conjunto com os restantes prémios Nobel numa cerimónia anual realizada em 10 de dezembro, o aniversário da morte de Nobel, juntamente com um diploma, uma medalha, e um certificado relativo ao prémio monetário.[3] O lado da frente da medalha tem a imagem de perfil de Alfred Nobel.

Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina
Nobel de Fisiologia ou Medicina
Medalha de ouro com a efígie de perfil de Alfred Nobel. À esquerda os textos "ALFR•" e "NOBEL", e à direita os textos "NAT•", "MDCCCXXXIII", "OB•" e "MDCCCXCVI".
Organização Comitê Nobel de Fisiologia ou Medicina
Local Estocolmo
País Suécia
Primeira cerimónia 1901
Última cerimónia 2023
Detentor atual Katalin Karikó e Drew Weissman[1]
Apresentação Instituto Karolinska
Página oficial

Até ao ano de 2017 foram concedidos 108 Prémios Nobel de Fisiologia ou Medicina a 202 homens e 12 mulheres. O primeiro foi atribuído em 1901 ao fisiologista alemão Emil von Behring, pelo seu trabalho em terapia de soro e desenvolvimento de uma vacina contra a difteria. A primeira mulher a receber o prémio foi Gerty Cori, que em 1947 viu reconhecido o seu papel na elucidação do metabolismo da glicose, importante em muitos aspetos da medicina, incluindo o tratamento da diabetes.

Alguns prémios foram controversos, como o do português António Egas Moniz em 1949 que distinguiu o seu trabalho na lobotomia, concedido apesar de protestos da comunidade médica. Outras controvérsias resultaram de desentendimentos sobre quem foi incluído no prémio. O prémio de 1952 de Selman Waksman foi litigado no tribunal e metade dos direitos de patente concedidos ao seu co-descobridor Albert Schatz, que não foi reconhecido pelo prémio. O prémio de 1962 concedido a James D. Watson, Francis Crick e Maurice Wilkins pelo seu trabalho em estrutura e propriedades de DNA não reconheceu o trabalho contribuidor de outros, como Oswald Avery e Rosalind Franklin, que morreram no momento da nomeação. Uma vez que as regras do prémio proíbem as nomeações de falecidos, a longevidade é um ativo, sendo um prémio concedido até 50 anos após a descoberta. Também é proibida a concessão do prémio a mais de três destinatários, e como no último meio século tem havido uma tendência crescente para que os cientistas trabalhem em equipas, esta regra resultou em exclusões sempre polémicas.

Lista de laureados editar

Referências

  1. «Nobel da Medicina de 2023 para cientistas que desenvolveram vacinas de ARNm contra covid-19». publico.pt. Consultado em 2 de outubro de 2023 
  2. Nobelprize.org. «The Nobel Prize in Physiology or Medicine». Consultado em 2 de outubro de 2017 
  3. Tom Rivers (10 de dezembro de 2009). «2009 Nobel Laureates Receive Their Honors | Europe| English». .voanews.com. Consultado em 15 de janeiro de 2010 


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