Olivancillaria urceus
Olivancillaria urceus (nomeada, em inglês, bear ancilla[4] ou pitcher olive;[5] na tradução para o português, "Ancilla urso" ou Oliva cântaro"; denominações relacionadas a seu formato; no Brasil denominada betu, calorim, linguarudo, pacavaré, vaquinha e vitela)[3] é uma espécie de molusco gastrópode marinho da família Olividae, classificada por Peter Friedrich Röding em 1798; descrita como Porphyria urceus na obra Museum Boltenianum sive Catalogus cimeliorum e tribus regnis naturae quae olim collegerat Joa. Fried. Bolten M. D. p. d. Pars secunda continens Conchylia sive Testacea univalvia, bivalvia et multivalvia.[1] Habita fundos de praias arenosas,[6] em águas da zona nerítica, de 5 até 50 metros de profundidade,[5] mas também citada na zona entremarés,[3] no sudoeste do oceano Atlântico, da costa brasileira até a Argentina.[6] É espécie comestível e pode ser encontrada nos sambaquis brasileiros.[7]
Olivancillaria urceus | |||||||||||||||||||||||
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Vista superior (esquerda) e inferior (direita) de O. urceus, coletadas no Guarujá, região sudeste do Brasil, em 14 de janeiro de 2019. | |||||||||||||||||||||||
Vista da espiral de O. urceus, coletada no Guarujá, região sudeste do Brasil, em 14 de janeiro de 2019.
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Classificação científica | |||||||||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||||||||
Olivancillaria urceus (Röding, 1798)[1] | |||||||||||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||||||||
Porphyria urceus Röding, 1798 Oliva brasiliana Lamarck, 1811 Olivancillaria brasiliana (Lamarck, 1811) Oliva brasiliensis Schumacher, 1817 Voluta pinguis Dillwyn, 1817 (WoRMS)[1] Olivancillaria brasiliensis (Chemnitz, 1788)[3] |
Descrição da concha e hábitos
editarOlivancillaria urceus atinge 7 centímetros, quando bem desenvolvida.[8] Concha de formato cônico. Última volta da espiral muito expandida. Espiral larga, quase plana e inteiramente coberta por um esmalte, mais elevada na região de sua protoconcha, com profunda sutura no lado dorsal, junto à última volta. Finas linhas de crescimento sobre a superfície da concha. Lábio da abertura da concha fino, sem espessamento. Abertura e canal sifonal amplos. Columela lisa, branca, com um calo proeminente que se estende até a espiral, cobrindo-a parcialmente. Base da concha, envolvendo a última volta da espiral, de coloração amarelo amarronzada, o restante de coloração cinzento azulada brilhante, por vezes castanho clara, com manchas mais escuras, raramente albina.[4][6][8][9][10]
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Vista superior (direita) e inferior (esquerda; mostrando seu enorme calo columelar) de O. urceus, coletadas no Guarujá, região sudeste do Brasil, em 27 de maio de 2019.
Vive em costas arenosas e suas conchas podem ser avistadas nas praias. Os animais da família Olividae são predadores e detritívoros.[11] Olivancillaria urceus alimenta-se de moluscos bivalves.[3]
Distribuição geográfica
editarEsta espécie é encontrada principalmente na região do sudeste e sul do Brasil, até a Argentina; da praia de Subaúma, Bahia, região nordeste do Brasil, até Chubut;[2] sendo uma das espécies de gastrópode marinho mais abundantes na região subtropical da costa sudeste brasileira.[12]
Ligações externas
editar- Olivancillaria urceus (Brasil), no Flickr, por Pei-Jan Wang.
Referências
- ↑ a b c d e «Olivancillaria urceus (Röding, 1798)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 19 de janeiro de 2019
- ↑ a b Teso, Valeria; Pastorino, Guido (2011). «A revision of the genus Olivancillaria (Mollusca: Olividae) from the southwestern Atlantic» (PDF) (em inglês). Zootaxa 2889: 1–34. p. 7-10. 34 páginas. Consultado em 19 de janeiro de 2019
- ↑ a b c d BOFFI, Alexandre Valente (1979). Moluscos Brasileiros de Interesse Médico e Econômico. São Paulo: FAPESP - Hucitec. p. 26-27. 182 páginas
- ↑ a b WYE, Kenneth R. (1989). The Mitchell Beazley Pocket Guide to Shells of the World (em inglês). London: Mitchell Beazley Publishers. p. 111. 192 páginas. ISBN 0-85533-738-9
- ↑ a b «Olivancillaria urceus (Röding, 1798) pitcher olive» (em inglês). SeaLifeBase. 1 páginas. Consultado em 19 de janeiro de 2019
- ↑ a b c RIOS, Eliézer (1994). Seashells of Brazil (em inglês) 2ª ed. Rio Grande, RS. Brazil: FURG. p. 142. 492 páginas. ISBN 85-85042-36-2
- ↑ SOUZA, Rosa Cristina Corrêa Luz de; LIMA, Tania Andrade; SILVA, Edson Pereira da (2011). Conchas Marinhas de Sambaquis do Brasil 1ª ed. Rio de Janeiro, Brasil: Technical Books. p. 216. 252 páginas. ISBN 978-85-61368-20-3
- ↑ a b «Olivancillaria urceus» (em inglês). Hardy's Internet Guide to Marine Gastropods. 1 páginas. Consultado em 19 de janeiro de 2019. Arquivado do original em 11 de agosto de 2021
- ↑ Paladino, Gabriel (10 de maio de 2016). «Olivancillaria urceus» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 19 de janeiro de 2019
- ↑ OLIVER, A. P. H.; NICHOLLS, James (1975). The Country Life Guide to Shells of the World (em inglês). England: The Hamlyn Publishing Group. p. 214. 320 páginas. ISBN 0-600-34397-9
- ↑ LINDNER, Gert (1983). Moluscos y Caracoles de los Mares del Mundo (em espanhol). Barcelona, Espanha: Omega. p. 79-80. 256 páginas. ISBN 84-282-0308-3
- ↑ Malimpensa, Letícia Rossi (2019). «Isolamento e caracterização de peptídeos do gastrópode marinho Olivancillaria urceus». BDTD. 1 páginas. Consultado em 19 de janeiro de 2019