O uro-hial é um osso presente no aparato bucal de peixes teleósteos. É considerado sinapomórfico nestes peixes.[1]

Vista lateral do uroial em dois peixes:
A - Bathycongrus villosus sp. nov.
B - Bassanago albescens.

É um osso ímpar e tem origem dérmica, assim como os raios branquiostegais.[2][3] Como registraram González-Acosta et al., está "localizado no centro da mandíbula inferior dos peixes teleósteos e constitui um elemento fundamental no mecanismo de abertura da boca", e estudos comparados demonstraram ser um elemento essencial para a diferenciação taxonômica entre gêneros e espécies e "devido à sua morfologia e características particulares, esta estrutura tem sido considerada útil para o estudo de vários aspectos da biologia dos peixes, tais como estimativas de crescimento baseadas em estruturas ósseas (González et al., 1998), estudos iniciais de ontogenia (Aprieto, 1974; Kelley , 1995; Adriaens & Verraes, 1997; Chen-Hsiang, 2001) e de tipo miológico (Adriaens et al., 1993)".[3]

Sua descrição e estudo inicial foi feita por T. Kusaka, da Universidade de Tóquio, em trabalho publicado originalmente em 1974 com o título de The urohyal of fishes. Ele realizou um amplo estudo de espécies do sudoeste do Oceano Pacífico, descrevendo com detalhes o uroial e aventou a sua importância para a diferenciação taxonômica.[3]

Integra o chamado arco hioide, por vezes com formações cartilaginosas ou já ossificadas, como basi-hiais, cerato-hiais, hipo-hiais e inter-hiais, que são pares.[2]

Referências

  1. Jorge Guillermo Chollet Villalpando; Francisco Javier García-Rodríguez; J. De La Cruz-Agüero (março de 2014). «Urohyal size versus body-length and weight relationships for thirteen mojarras species (Perciformes: Gerreidae) in Mexican waters». Journal of Ichthyology (em inglês). 54 (2): 195-202. doi:10.1134/S0032945214020015. Consultado em 1 de maio de 2024 
  2. a b Rosana Beatriz Silveira (2000). «Desenvolvimento osteológico de Hippocampus reidi Ginsburg (Pisces, Syngnathiformes, Syngnathidae), em laboratório. 11. Período juvenil». Scielo. Revista Brasileira de Zoologia. 17 (2): 515-531. Consultado em 2 de maio de 2024. Cópia arquivada em 26 de novembro de 2023 
  3. a b c González-Acosta, Adrián F; Rubio-Rodriguez, Uriel; Ruiz-Campos, Gorgonio (setembro de 2014). «El hueso urohial de los peces gerreidae (Teleostei: Percoidei) de américa y su aplicación taxonómica». Temuco: Scielo. International Journal of Morphology (em espanhol). 32 (3): 923-929. Consultado em 1 de maio de 2024. Cópia arquivada em 22 de janeiro de 2022