Panacea (fanzine)

fanzine brasileiro

Panacea foi um fanzine brasileiro criado por José Mauro Kazi em 1991.[1]

Panacea
Editor José Mauro Kazi
Categoria fanzine
Editora independente
Fundador(a) José Mauro Kazi
Fundação 1991
Primeira edição 1991
Última edição 1995
País Brasil
Idioma português brasileiro

As primeiras edições de Panacea traziam quadrinhos, artigos sobre música e textos literários, distribuídos em apenas 8 páginas xerocadas. O editor Kazi criava heterônimos para seus artigos, que se somavam a textos de autoria de autores reais, dando uma percepção de maior pluralidade na publicação. O fanzine era fortemente divulgado em jornais e revistas como Folha de S.Paulo, Jornal da Tarde e O Globo, além de ser citada por quadrinistas importantes como Laerte Coutinho, Fernando Gonsales e Franco de Rosa.[1][2]

Com periodicidade mensal e crescimento em tiragem e número de páginas, a Panacea nº 33, lançada em novembro/dezembro de 1993, foi a última edição em formato de fanzine. Kazi explicou em editorial que as então 32 páginas já não eram suficientes para desenvolver o trabalho da forma como ele pretendia. Por essa razão, a partir da edição 34, Panacea tornou-se uma revista de 80 páginas em formato magazine (21 cm x 28 cm), capa colorida e impressão em offset (esse tipo de impressão começara a ser usada na edição 31, a primeira a contar com diagramação totalmente eletrônica, embora ainda em formato de fanzine).[3][2]

Com o maior espaço, aumentaram as reportagens e entrevistas (entre as quais, por exemplo, com David Mazzucchelli e Flavio Colin), assim como resenhas e espaço para quadrinhos (tendo publicado autores como Flavio Calazans e Lourenço Mutarelli, entre outros). A distribuição contava com o apoio da Frente de Revistas Independentes (FRI), que reunia novos e veteranos quadrinistas brasileiros e funcionava como uma espécie de cooperativa informal de editores independentes, ajudando a distribuir revistas em bancas e livrarias especializadas.[1][2]

Apesar da boa distribuição (para os parâmetros de uma publicação independente) e a tentativa de organizar um sistema de assinaturas, as vendas não foram suficientes para manter a produção regular da revista. Por conta principalmente de questões financeiras, a última edição de Panacea foi a de número 40, lançada em dezembro de 1995.[3]

Em 1993 e 1994, Panacea ganhou o Prêmio Angelo Agostini de melhor fanzine.[4][5][6]

Referências

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