Partido Tancredista Nacional

O Partido Tancredista Nacional foi uma sigla partidária criada em 1985, única e exclusivamente para o lançamento da candidatura do compositor, apresentador de TV e empresário Carlos Imperial à prefeitura da cidade do Rio de Janeiro.

Partido Tancredista Nacional
Número eleitoral 21 (1985)
46 (1986–1989)
Fundação 1985
(refundado em 1986)
Dissolução 1989
Sede Rio de Janeiro, RJ
Espectro político Centro
Membros Carlos Imperial
Sidney Domingues
Slogan "Vai dar Zebra!"
Sigla PTN
Política do Brasil

Partidos políticos

Eleições

História do partido editar

Eleito vereador em 1982 pelo PDT, Carlos Imperial rompeu com a legenda em 1985 e, junto ao TSE, conseguiu a habilitação do PTN, aproveitando-se da nova legislação partidária criada pelo Congresso, em abril, que permitia a criação de novos partidos.

Considerando-se um partido de centro, o PTN tinha como objetivo principal a realização do projeto político de Tancredo Neves, chegando inclusive a exibir trechos de discursos do ex-presidente, posteriormente incluídos no manifesto de criação do partido. Embora utilizasse o "Tancredista" no nome, o PTN não contava com o apoio da família de Tancredo, nem do PMDB, ao qual ele pertencia.

Em julho, a convenção municipal aprovou o lançamento da candidatura de Carlos Imperial à prefeitura do Rio de Janeiro, tendo o vereador Sidney Domingues (também egresso do PDT) como candidato a vice-prefeito. Usando uma camisa listrada em preto e branco e dizendo o slogan "Vai dar Zebra!", ao som de "Cidade Maravilhosa", Imperial propôs a descentralização administrativa e a participação da comunidade nas decisões de sua gestão. Ficou em 8º lugar entre 19 candidatos, recebendo 31.552 votos (1,17% do total). Logo após o pleito, o PTN foi extinto e refundado no ano seguinte como Partido Trabalhista Nacional (sem relação com o partido homônimo que durou entre 1945 e 1965)[1].

No mesmo ano de sua refundação, disputou ainda a eleição estadual, onde apoiou a candidatura vitoriosa de Moreira Franco, e também participou do pleito municipal de 1988, integrando a coligação que elegeu Marcello Alencar para a prefeitura da capital fluminense. O partido ainda tentou lançar a candidatura de D'Janir Soares de Azevêdo nas eleições presidenciais de 1989, sem sucesso.

O PTN utilizou inicialmente o número 21[2] e, até sua extinção definitiva em 1989, passou a usar o 46 como número de registro. Apesar de compartilhar a sigla, não guarda quaisquer semelhanças com o atual Podemos (ex-Partido Trabalhista Nacional).

Desempenho Eleitoral editar

Eleições presidenciais editar

Ano Imagem Candidato(a) a Presidente Candidato(a) a Vice-Presidente Coligação Votos Posição
1989
 
D'Janir Soares de Azevêdo

(PTN)

Sem Informação

(PTN)

Sem coligação Indeferido N/A

Referências

  1. «Partido Trabalhista Nacional (PTN-2)». Dicionário Histórico-Biográfico Brasileiro. FGV CPDOC. Consultado em 14 de julho de 2020 
  2. «Glossário Eleitoral - Tribunal Superior Eleitoral»