Paulo Cunha (empresário)

Paulo Guilherme Aguiar Cunha (Rio de Janeiro, 1 de abril de 1940 — Rio de Janeiro, 3 de julho de 2022), conhecido como Paulo Cunha foi um empresário brasileiro, presidente do Conselho de Administração do Grupo Ultra.[2] É conhecido por possuir forte perfil nacionalista, ser referência no debate sobre o desenvolvimento industrial brasileiro e ter sido muitas vezes convidado a assumir ministérios no campo da economia (mas sem nunca ter aceitado).[3]

Paulo Cunha
Paulo Cunha (empresário)
Nome completo Paulo Guilherme Aguiar Cunha
Nascimento 1 de abril de 1940
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Morte 3 de julho de 2022 (82 anos)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Presidente Do Conselho de Administração, Ultra
Prêmios Os 20 Melhores Executivos do País, Industria Química e Petroquímica[1]

Trajetória Profissional editar

Paulo Cunha nasceu no Rio de Janeiro em 1º de março de 1940, filho de pai militar e mãe professora primária.

Formou-se em engenharia industrial mecânica na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. (PUC-RJ) [4][5][6] Começou sua vida profissional na Petrobras no início da década de 1960, em que ingressou por meio de concurso público.

Em 1967, Paulo Cunha se transferiu para o Ultra, a convite de Pery Igel, então presidente da empresa. Atuou então na Ultrafértil, na área de desenvolvimento de fertilizantes, e colaborou na criação da Petroquímica União.[7][8][5] Foi o principal formulador da criação da Oxiteno, hoje maior fabricante de óxido de etenol e seus derivados na América Latina.

Em 1973, Paulo Cunha foi alçado a vice-presidente do Ultra. Em 1981, tornou-se presidente.[9] Poucos anos mais tarde, tornou-se acionista da companhia, em virtude de plano de concebido por Pery Igel para alinhar os objetivos de criação de valor dos acionistas e de seus principais executivos, Igel outorgou ações do Ultra a esses executivos, vinculadas a um compromisso de permanência de vinte anos na companhia.

Em 1998, Paulo Cunha foi convidado e recusou o convite para ser o ministro do Desenvolvimento, durante o governo FHC.

Apesar de sua posição de destaque, o executivo sempre foi extremamente discreto e limitou sua aparição a raras palestras técnicas e raras entrevistas. Em 2007, deixou a presidência executiva do Grupo Ultra para se dedicar à presidência do Conselho de Administração.[10]

Como presidente executivo e presidente do Conselho de Administração, até 2006, liderou a abertura de capital do Ultra, em 1999, e iniciou uma série de aquisições que consolidaram a liderança da Ultragaz no mercado brasileiro de gás LP. Iniciou a expansão internacional da Oxiteno, que levou a empresa à posição de líder no mercado latino-americano. Em 2007, transferiu a presidência executiva a Pedro Wongtschowski.

Como presidente do conselho, liderou a criação de duas novas áreas de negócios no Ultra, com as aquisições de Ipiranga e Extrafarma. Em 2011, anunciou a migração das ações da companhia para o Novo Mercado da BM&F Bovespa, o segmento da bolsa brasileira exclusivo para as companhias com mais altos padrões de governança corporativa.

Morte editar

Morreu no dia 3 de julho de 2022 aos 82 anos no Rio de Janeiro.[11]

Referências editar

  1. «Os 20 melhores executivos do país». Yahoo. Consultado em 29 Maio 2015 
  2. «Ultrapar Participações». Bovespa. Consultado em 29 Maio 2015 
  3. «Brasil Necessita de up Amplo Projecto Nacional». Folha De Sao Paulo. Consultado em 29 Maio 2015 
  4. «Ultra entra para a lista dos 10 maiores grupos de Melhores e Maiores». Exame. Consultado em 29 Maio 2015 
  5. a b «Paulo Cunha». FGH. Consultado em 29 de maio de 2015 
  6. «Raio x Paulo Cunha». Folha de Sao Paulo. Consultado em 29 Maio 2015 
  7. «O Estrategista Paulo Cunha Dá As Cartas». IEDI. Consultado em 29 Maio 2015 
  8. «O estrategista Paulo Cunha dá as cartas». BM&F Bovespa. Consultado em 29 Maio 2015. Arquivado do original em 5 de junho de 2015 
  9. «A alquimia de Paulo Cunha». Istoe Dinheiro. Consultado em 29 Maio 2015. Arquivado do original em 5 de junho de 2015 
  10. «Brasil». Folha de Sao Paulo. Consultado em 29 Maio 2015 
  11. «Morre o empresário Paulo Cunha, aos 82 anos». Poder360. 3 de julho de 2022. Consultado em 3 de julho de 2022 

Ligações externas editar