Nacionalismo

ideologia política que promove os interesses de uma nação

O nacionalismo é uma ideia e um movimento que defende que a nação deve ser congruente com o Estado.[1][2] Como movimento, o nacionalismo tende a promover os interesses de uma nação em particular (como num grupo de pessoas),[3] especialmente com o objetivo de ganhar e manter a soberania da nação (autogovernação) sobre a sua pátria para criar um Estado-nação. O nacionalismo defende que cada nação deve governar-se a si própria, livre de interferências externas (autodeterminação), que uma nação é uma base natural e ideal para uma entidade política[4] e que a nação é a única fonte legítima de poder político.[3][5] Visa ainda construir e manter uma identidade nacional única, baseada em características sociais partilhadas de cultura, etnia, localização geográfica, língua, política (ou governo), religião, tradições e crença numa história singular partilhada,[6][7] e promover a unidade ou solidariedade nacional.[3] O nacionalismo, portanto, procura preservar e fomentar a cultura tradicional de uma nação.[8] Existem várias definições de uma "nação", o que leva a diferentes tipos de nacionalismo. As duas principais formas divergentes são o nacionalismo étnico e o nacionalismo cívico.

Fileira de bandeiras nacionais suecas.

O consenso entre os estudiosos é as nações serem socialmente construídas e historicamente contingentes.[9] Ao longo da história, as pessoas tiveram uma ligação ao seu grupo de parentesco e tradições, autoridades territoriais e à sua pátria, mas o nacionalismo só se tornou uma ideologia proeminente no final do século XVIII.[10] Existem três perspectivas proeminentes sobre o nacionalismo. O primordialismo (pereneismo), que reflete as concepções populares do nacionalismo, mas que tem caído largamente em desuso entre os académicos,[11] propõe que houve sempre nações e que o nacionalismo é um fenómeno natural. O etnossimbolismo explica o nacionalismo como um fenómeno dinâmico e evolutivo, e sublinha a importância dos símbolos, mitos e tradições no desenvolvimento das nações e do nacionalismo. A teoria da modernização, que substituiu o primordialismo como explicação dominante do nacionalismo,[12] adota uma abordagem construtivista e propõe que o nacionalismo surgiu devido a processos de modernização, tais como a industrialização, urbanização e educação de massas, que tornaram possível a consciência nacional.[9][13] Os defensores desta última teoria descrevem as nações como comunidades imaginadas e o nacionalismo como uma tradição inventada, na qual o sentimento partilhado proporciona uma forma de identidade coletiva e une os indivíduos na solidariedade política. A "história" fundacional de uma nação pode ser construída em torno de uma combinação de atributos étnicos, valores e princípios, e pode estar intimamente ligada a narrativas de pertencimento.[9][14][15]

O valor moral do nacionalismo, a relação entre nacionalismo e patriotismo, e a compatibilidade entre nacionalismo e cosmopolitismo são todos temas de debate filosófico.[9] O nacionalismo pode ser combinado com diversos objetivos e ideologias políticas, tais como o conservadorismo (conservadorismo nacional e populismo de direita) ou o socialismo (nacionalismo de esquerda).[4][16][17] Na prática, o nacionalismo pode ser positivo ou negativo, dependendo da sua ideologia e dos seus resultados. O nacionalismo tem sido uma característica dos movimentos pela liberdade e justiça, tem sido associado a reavivamentos culturais,[8] e encoraja o orgulho nas realizações nacionais.[18] Tem também sido utilizado para legitimar divisões raciais, étnicas e religiosas, suprimir ou atacar minorias, e minar os direitos humanos e as tradições democráticas.[9] O nacionalismo radical combinado com o ódio racial foi um fator-chave no Holocausto perpetrado pela Alemanha nazi.[19]

História editar

 
A bandeira tricolor, símbolo da nacionalidade francesa, no Arco do Triunfo.

São vários os movimentos dentro do espectro político-ideológico que se apropriam do nacionalismo, ora, como elemento programático, ora como forma de propaganda. Nomeadamente, nos finais do século XIX, em Portugal contra o iberismo. Já durante o século XX, o nacionalismo permeou movimentos radicais como o fascismo, o nacional-socialismo na Alemanha, o saudosismo e o integralismo no Brasil e em Portugal, especialmente durante o Estado Novo no Brasil e Estado Novo em Portugal.

O nacionalismo é uma ideologia que se pode dizer moderna com antecedentes antigos, com uma definição maior das fronteiras das nações em países: surgiu numa Europa pré-moderna e pós-medieval, a partir da superação da produção e consumo feudais pelo mercado capitalista, com a submissão dos feudos aos estados modernos (ainda absolutistas ou já liberais), com as reformas religiosas protestantes e a contrarreforma católica — fatos históricos estes que permitiram, ou até mais, que produziram o surgimento de culturas diferenciadas por toda a Europa, culturas que, antes, eram conformadas, deformadas e formatadas pelo cristianismo católico, com o apoio da nobreza feudal.

Surgiu como uma ideologia da Revolução Francesa, pois ajudou a convocar soldados mais leais e baratos do que os mercenários[20] e foi contrária ao domínio imperialista político-cultural do cristianismo católico que se apoiava nos nobres feudais e ajudava a sustentar a superada, limitada e limitante economia feudal, mas também como uma ideologia burguesa, pois as massas camponesas e o pequeno proletariado que também surgia passavam do domínio da nobreza feudal para o da burguesia industrial — e a ideologia dominante em uma sociedade é a ideologia das classes dominantes.

Após a definitiva vitória político-cultural dos burgueses sobre a nobreza feudal — a qual foi submetida pela destruição ou pela absorção pela cultura e pela política burguesa — foi parcial e progressivamente deixado para trás, como uma ideologia que teria sido importante, mas que já não seria mais do que uma lembrança histórica.

O nacionalismo ressurgiu nas colônias europeias do Novo Mundo, nas Américas, e principalmente na América Latina, antes mesmo do surgimento da ideologia comunista europeia, como um renovado nacionalismo, um "nacionalismo revolucionário" já com alguns elementos socializantes; Simón Bolívar foi o líder maior desse nacionalismo revolucionário latino-americano, ao lado de figuras como Tupac Amaru, San Martín, José Martí[21] e José Artigas.

Ressurgiu na Europa, pouco antes do surgimento da ideologia comunista, como um outro nacionalismo, como um nacionalismo revolucionário socializante, ou até mesmo socialista, e anti-imperialista, contrário ao imperialismo europeu, o qual, além de explorar as colônias americanas, asiáticas e africanas, explorava ainda as nações europeias mais pobres; Giuseppe Mazzini foi o líder maior desse nacionalismo revolucionário na Europa.

O nacionalismo revolucionário europeu, como uma ideologia anti-imperialista, também influenciou o pensamento dos latino-americanos que souberam apreender dos europeus aquilo que fosse interessante e útil, desenvolvendo, no Novo Mundo, uma prática e uma luta anticolonialista, a qual se traduziu na ação e no discurso de homens como Tiradentes, San Martín e Giuseppe Garibaldi.

O nacionalismo revolucionário latino-americano, numa inversão do colonialismo cultural, também influenciou a luta anti-imperialista na Europa: as colônias latino-americanas muito ensinaram às nações mais pobres da Europa. Giuseppe Garibaldi e sua mulher, a brasileira Anita Garibaldi, são considerados revolucionários e heróis tanto no Novo quanto do Velho Mundo — que continuaram (e venceram) a luta antes comandada por Giuseppe Mazzini.

Os diversos nacionalismos editar

 
Mural nacionalista irlandês em Belfast, mostrando solidariedade com o nacionalismo basco. Pode-se observar ali, também, um mapa de Euskal Herria e uma representação da foto de Che Guevara intitulada Guerrilheiro Heroico.

Ainda que frequentemente assente sobre um ponto de vista etnocêntrico, o nacionalismo não implica necessariamente a crença na superioridade de uma etnia em detrimento de outras. Algumas correntes nacionalistas, entretanto, defendem o protecionismo étnico ou mesmo uma supremacia étnica.[22]

Certos movimentos nacionalistas possuem caráter excludente e, ao definir a comunidade nacional em termos étnicos, linguísticos, culturais, históricos ou religiosos (ou uma combinação destes), podem considerar determinadas minorias como não sendo verdadeiramente uma parte da "nação".

Não raro, uma pátria mítica ou um mito fundador é mais importante para a identidade nacional do que o território ocupado pela nação.[23]

Nacionalismo como religião editar

Na década de 1920, Carlton Hayes chamou à atenção para o facto de o nacionalismo ter-se assemelhado a uma religião, substituindo o Cristianismo com rituais e mártires e desenvolvendo uma mitologia nacional particular. Hayes argumentou que desde o início dos tempos o homem sempre esteve imbuído de um sentido religioso que o levou a ter uma fé mística para com poderes que lhe são exteriores, fé essa normalmente acompanhada por sentimentos de reverencia normalmente exteriorizados em cerimonias religiosas. Segundo Hayes, a Revolução Francesa é um marco histórico na formação do nacionalismo quando o Estado e as suas classes dirigentes laicas, aproveitando-se do sentido religioso do ser humano encoraja as massas a transferirem grande parte de sua reverência cristã, que é classificada de supersticiosa, para uma religião política que tem a dupla vantagem de ser real e ter poder físico suficiente para agrupar as multidões em alguma aparência de harmonia social. A Revolução Francesa propõe que as classes se unam para criar e dedicar um altar alto ao Estado. Ainda segundo Hayes, neste novo culto em torno do Estado, a simbologia cristã foi substituída pela nova simbologia do Estado. A Bíblia e os dez mandamentos foram substituídos pelas declarações de direitos e pela constituição à qual passou a ser obrigatório reverenciar e prestar juramento. Os sacramentos religiosos do batismo, matrimónio e extrema-unção foram substituídos pelo registo de nascimento, o casamento civil e o funeral de estado. Os Santos foram substituídos pelos novos mártires da pátria. O novo estado nacional, tal como à igreja medieval, é atribuível um ideal, uma missão. É a missão da salvação e o ideal da imortalidade. A nação é concebida como eterna, e a morte de seus fiéis filhos apenas aumenta sua fama e glória eternas. A nação protege seus filhos e salva-os dos demônios estrangeiros; ela garante-lhes vida, saúde, liberdade e busca da felicidade não no céu mas na terra; a nação promove para os seus fiéis as artes e as ciências como forma de alimento espiritual.[24][25]

Nacionalismo cívico editar

 
A Liberdade guiando o povo (Eugène Delacroix, 1830) é um exemplo famoso de arte nacionalista.

O nacionalismo cívico (também conhecido como nacionalismo liberal) define a nação como uma associação de pessoas que se identificam como pertencentes à nação, que têm direitos políticos iguais e compartilhados, e fidelidade a procedimentos políticos semelhantes.[26] De acordo com os princípios do nacionalismo cívico, a nação não se baseia em uma ascendência étnica comum, mas é uma entidade política cujo núcleo de identidade não é étnico. Esse conceito cívico de nacionalismo é exemplificado por Ernest Renan em sua palestra de 1882 "O que é uma Nação?", onde ele definiu a nação como um "referendo diário" (frequentemente traduzido como "plebiscito diário") dependente da vontade de seu povo para continuarem a viver juntos".[26]

Nacionalismo de esquerda editar

O nacionalismo de esquerda (às vezes conhecido como nacionalismo socialista, para não ser confundido com o nacional-socialismo)[27] refere-se a qualquer movimento político que combine políticas de esquerda com o nacionalismo. Também é na revolução francesa que surge o conceito de socialismo.[28] O marxismo identifica o nacionalismo como um subproduto do capitalismo após a queda do Antigo Regime o que ocasionou a padronização dos mercados[29][30] e o marxismo clássico se declara internacionalista[31] apesar de Stálin apoiar a ideia de nações revolucionárias e reacionárias.[32] Apesar disso, ainda em vida, Marx defendeu o nacionalismo irlandês.[33][34]

Stálin fez parte do movimento nacionalista georgiano antes de tornar-se comunista,[35] visto que quando entrou para o movimento bolchevique mudou de opinião.[36]

Muitos movimentos nacionalistas são dedicados à libertação nacional,[37] baseados na visão de que suas nações estão sendo perseguidas por outras nações e, portanto, necessitam exercer a autodeterminação liberando-se eles próprios dos supostos perseguidores. O marxismo-leninismo antirrevisionista está intimamente ligado com esta ideologia.

Exemplos práticos incluem o trabalho inicial de Stalin, O marxismo e a questão nacional, e seu edital Socialismo num só país, que declara que o nacionalismo pode ser usado em um contexto internacionalista, lutando pela libertação nacional, sem divisões raciais ou religiosas. Outros exemplos de nacionalismo de esquerda incluem o Movimento 26 de Julho, de Fidel Castro, que, em 1959, liderou a Revolução Cubana e pôs fim ao governo de Fulgencio Batista, que era apoiado pelos Estados Unidos que por sua vez tinha um forte nacionalismo anticomunista;[38] o Sinn Féin, da Irlanda, e o Plaid Cymru, do País de Gales, além do Partido Nacional Escocês, a Liga Popular de Bangladesh e o Congresso Nacional Africano, da África do Sul.

A Primeira Guerra Mundial foi causada pela intenção das elites de desviar o foco das críticas efetuadas pelo movimento socialista e para isso usaram o nacionalismo como substituto.[39] A irmandade muçulmana via o nacionalismo arabista e o socialismo como anti-islâmicos, é baseada em donos de pequenas empresas que acreditam em um tipo de capitalismo islâmico e vê o nacionalismo árabe secular, os radicais xiitas, Israel, os socialistas e os comunistas como inimigos,[40][41] muito embora seja patrocinada pela CIA e mobilizada principalmente contra o nasserismo.[42][43][40] Comunistas e nacionalistas se combateram mutuamente na China ao longo deste século, às vezes com apoio externo.[44][45] O sionismo também é descrito por um ex-presidente de Israel — Chaim Weizmann — como uma forma de distrair os socialistas judeus mediante uma efusão nacionalista herdeira do século XIX.[46][47][48] A Síria nesse período tem sido um exemplo de triunfo do nacionalismo e do socialismo mediante a inclusão das mulheres, de minorias étnicas e religiosas no Estado e na sociedade locais além da igualdade perante a lei em uma região carente disso, recebendo refugiados de países vizinhos.[49] Grupos nazistas foram financiados pela Skull and Bones[50] e o nacionalismo e socialismo em reação à ocupação ocidental-sionista cresceram no Oriente Médio nos anos 50 chegando ao ápice na década de 60 com as revoluções pan-árabes na Síria e Iraque.[51] Nos Estados Unidos o nacionalismo negro foi muito associado ao socialismo.[52][53] A Birmânia também praticou uma via para o nacionalismo e socialismo.[54] Durante o Holodomor, houve combates este socialistas e nacionalistas ucranianos.[55] O pacto entre Adolf Hitler e Josef Stálin foi visto como uma ameaça ao nazismo por alguns nazistas como Alfred Rosenberg.[56] Os nacionalistas árabes eram descritos como “comunistas árabes” na Síria pelos norte-americanos.[57] O nacionalismo e o socialismo árabes e de regiões islâmicas[58] no Oriente Médio evitaram que houvesse uma penetração maior das petroleiras na região[59] e além disso, o Nazismo rejeita tanto o comunismo ocidental marxista quanto o comunismo oriental leninista.[60] O nazismo é tradicionalmente descrito como um movimento de extrema-direita.[61] O nazismo sempre foi descrito como uma tríade de socialismo, racismo e imperialismo, sendo que o termo socialismo é usado na acepção de combate à democracia e ao liberalismo mediante a criação de uma elite eleita para administrar a nação.[62] Che Guevara afirmou que as revoluções latino-americanas não podem ser exportáveis por conta de suas vicissitudes nacionais.[63]

O governo chinês adota uma vertente do comunista de um nacionalismo anti-corrupção a partir da liderança mais ideológica de Xi Jinping.[41] O governo polonês em 2017 bateu de frente com a União Europeia descrito pelo movimento social local que emula o Podemos como tendo um viés mais nacionalista e socialista.[64] Donald Trump é descrito como um líder nacionalista e populista beirando ao socialismo para alguns, perpetuando o modelo de socialismo para os ricos.[65][66] O Brexit em 2016 foi guiado para que não houvesse uma guinada nacionalista e socialista na época.[67] A guerrilha curda do PKK é descrita como um misto de "anarquismo" de Murray Bookchin, comunismo e nacionalismo curdo,[68][69][70] assim como o KLA do Kosovo é descrito como maoísta e posteriormente nacionalista.[71] Na Croácia, a transição de um socialismo de Estado quase democrático plenamente para um ultranacionalismo fascistizante foi efetuada com apoio da Igreja Católica.[72] Em 2011 no Egito, Mohamed ElBaradei recebeu treinamento de uma empresa terceirizada do governo norte-americano para atuar no partido de esquerda Frente de Salvação Nacional para combater a Irmandade Muçulmana[73] e além disso o Benigno Aquino declarou em 2016 que o governo chinês era nazista.[74] A eleição de Trump também elevou a popularidade do nacionalismo de esquerda no México.[75] No entreguerras, socialistas fizeram uma grande mobilização antifa para que os Estados Unidos entrassem na guerra contra os nazistas, liderados por Alfred Emanuel Smith em associação aos comunistas apesar das divergências internas.[76][77] Segundo Noberto Bobbio,[78] o totalitarismo nacionalista surge em sociedades de Estado consolidado onde é necessário a presença dele nas obras públicas.

Nacionalismo de direita editar

Tanto no ocidente como no oriente o globalismo está acuado tanto pelos nacionalistas de direita como pelos socialistas de esquerda, havendo uma tentativa do primeiro de desviar o foco como um apelo à xenofobia anti-russa e anti-chinesa como uma tentativa de angariar apoio dos nacionalistas.[41] No século XXI, as políticas com discurso ultranacionalista e fascistizante tendem na prática a estarem submetidas ao "globalismo".[79]

O nacionalista Kuomitang baniu o Partido Comunista Chinês do país durante seu governo de 1911 até 1949 na China continental, fazendo lobby para que os Estados Unidos entrassem na Segunda Guerra Mundial.[80][81]

Nacionalismo étnico editar

Uma das mais recorrentes formas de nacionalismo percebidas na história humana é o nacionalismo étnico ou etnonacionalismo. Ora imbuída de sentimentos nativistas, ora carregada de anseios irredentistas, esta forma de nacionalismo tem raízes muito antigas que remontam à formação dos primeiros Estados-nação, tendo sido estudada já no século XVIII pelo filósofo alemão Johann Gottfried von Herder.

Baseado na presunção de uma identidade comum partilhada por todos os membros de uma mesma etnia, falantes de uma mesma língua, professantes de uma mesma ou participantes de uma mesma cultura, o nacionalismo étnico costuma dar vazão a anseios coletivos irredentistas e, em casos extremos, a revanchismos internacionais.

Na história recente, o nacionalismo étnico flertou com ideias etnocêntricas e conceitos de pureza nacional, tendo alimentado conflitos armados, políticas de limpeza étnica, migrações forçadas, deslocamentos e transferências populacionais. O nazismo, ideologia formulada por Adolf Hitler e adotada na Alemanha, de 1933 a 1945, é uma forma de nacionalismo étnico. Contudo, de uma forma completamente diferente, o sionismo também tem sido referido como um nacionalismo étnico e religioso.[82][83][84]

A maioria dos acadêmicos identificam o nazismo como uma política de direita.[85] O nazismo também defende o direito de dominar "subraças"[86] e além disso o nazismo coloca a "raça" nacional acima da luta de classes.[87][88] Hitler apontava também três vícios do judaísmo: democracia, pacifismo e internacionalismo.[89][90] Os líderes nazistas Joseph Goebbels e Hitler diferenciavam ao máximo nazismo de marxismo.[91][92] Anticomunistas do mundo todo deram suporte para o nazismo durante o período no poder.[93] O Hitler também denunciava o materialismo histórico e dialético com Mamon e como opostos ao socialismo que ele defendia.[94]

Nacionalismo territorial editar

 
Bordão nacionalista usado pelo governo militar do Brasil, nos anos 1970.

Os nacionalistas territoriais assumem que todos os habitantes de uma nação em particular devem lealdade ao seu país de nascimento ou adoção.[95] Uma qualidade sagrada é procurada no país e nas memórias populares que ela evoca.[96] A cidadania é idealizada pelos nacionalistas territoriais.[96] Um critério do nacionalismo territorial é o estabelecimento de uma cultura pública de massa baseada em valores comuns e tradições da população.[96]

Ultranacionalismo editar

 Ver artigo principal: Ultranacionalismo

O ultranacionalismo é um nacionalismo fervoroso que expressa o seu apoio extremista pelos ideais nacionalistas de alguém. Muitas vezes, é caracterizado pelo autoritarismo, esforços para a redução ou proibição da imigração, expulsão e opressão de populações não nativas dentro da nação ou de seu território, liderança demagógica, emocionalismo, bodes expiatório em crises socioeconômicas, discurso de fomento de inimigos reais ou imaginários, previsão de ameaças à sobrevivência nacional, etnicidade nacional dominante ou idealizada ou grupo populacional, esforços para limitar o comércio internacional por meio de tarifas, controle rígido sobre as empresas e a produção, militarismo, populismo e propaganda.

O ultranacionalismo prevalente normalmente conduz ou é o resultado de um conflito que ocorre dentro do Estado, ou entre Estados, e é identificado como uma condição de pré-guerra na política nacional. Em suas formas extremistas, o ultranacionalismo é caracterizado como uma chamada para a guerra contra os inimigos da nação/estado, secessão ou, no caso de ultranacionalismo etnocêntrico, genocídio.[97][98]

O fascismo é uma forma de ultranacionalismo palingenético,[99] que promove a "colaboração entre classes" (em oposição à luta de classes), um estado totalitário e o irredentismo ou expansionismo para unificar e permitir o crescimento de uma nação. Os fascistas, por vezes, defendem o nacionalismo étnico ou cultural. O fascismo salienta a subserviência do indivíduo ao Estado e a lealdade absoluta e inquestionável a um governante rígido.[100]

Nacionalismo anticolonial editar

Esta forma de nacionalismo surgiu durante a descolonização do período pós-guerra. Foi uma reação, principalmente na África e na Ásia, contra a subjugação por potências estrangeiras. Este tipo de nacionalismo tomou muitas formas, incluindo o movimento de resistência pacífica, liderado por Mahatma Gandhi, no subcontinente indiano.[101]

Segundo Benedict Anderson, o nacionalismo anticolonial se baseia na experiência de intelectuais indígenas — alfabetizados e fluentes na língua da metrópole, educados segundo sua história "nacional" — e do quadro de pessoal administrativo da colônia (exceto os seus níveis mais elevados). Os governos nacionais pós-coloniais têm sido essencialmente versões indígenas da anterior administração imperial.[102]

Ver também editar

Referências

  1. Gellner, Ernest (2008). Nations and Nationalism (em inglês). [S.l.]: Cornell University Press. ISBN 978-0-8014-7500-9 
  2. Hechter, Michael (2000). Containing Nationalism (em inglês). [S.l.]: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-829742-0 
  3. a b c Smith, Anthony. Nationalism: Theory, Ideology, History. Polity, 2010. pp. 9, 25–30; James, Paul (1996). Nation Formation: Towards a Theory of Abstract Community. London: Sage Publications 
  4. a b Finlayson, Alan (2014). «5. Nationalism». In: Geoghegan, Vincent; Wilford, Rick. Political Ideologies: An Introduction. [S.l.]: Routledge. pp. 100-102. ISBN 978-1-317-80433-8 
  5. Yack, Bernard. Nationalism and the Moral Psychology of Community. University of Chicago Press, 2012. p. 142
  6. Triandafyllidou, Anna (1998). «National Identity and the Other». Ethnic and Racial Studies. 21 (4): 593–612. doi:10.1080/014198798329784 
  7. Smith, A.D. (1981). The Ethnic Revival in the Modern World. [S.l.]: Cambridge University Press 
  8. a b Smith, Anthony. Nationalism: Theory, Ideology, History. Polity, 2010. pp. 6–7, 30–31, 37
  9. a b c d e Mylonas, Harris; Tudor, Maya (2021). «Nationalism: What We Know and What We Still Need to Know». Annual Review of Political Science. 24 (1): 109–132. doi:10.1146/annurev-polisci-041719-101841  
  10. Kohn, Hans (2018). Nationalism. [S.l.]: Encyclopædia Britannica 
  11. Coakley, John (abril de 2018). «'Primordialism' in nationalism studies: theory or ideology?: 'Primordialism' in nationalism studies». Nations and Nationalism. 24 (2): 327–347. doi:10.1111/nana.12349 
  12. Woods, Eric Taylor; Schertzer, Robert; Kaufmann, Eric (abril de 2011). «Ethno-national conflict and its management». Commonwealth & Comparative Politics. 49 (2): 154. doi:10.1080/14662043.2011.564469 
  13. Smith, Deanna (2007). Nationalism 2nd ed. Cambridge: polity. ISBN 978-0-7456-5128-6 
  14. Anderson, Benedict (1983). Imagined Communities: Reflections on the origins and spread of nationalism. London: Verso Books 
  15. Hobsbawm, E.; Ranger, T. (1983). The Invention of Tradition. Cambridge, UK: Cambridge Univ. Press 
  16. Bunce, Valerie (2000). «Comparative Democratization: Big and Bounded Generalizations». Comparative Political Studies (em inglês). 33 (6–7): 703–734. ISSN 0010-4140. doi:10.1177/001041400003300602 
  17. Kocher, Matthew Adam; Lawrence, Adria K.; Monteiro, Nuno P. (2018). «Nationalism, Collaboration, and Resistance: France under Nazi Occupation». International Security. 43 (2): 117–150. ISSN 1531-4804. doi:10.1162/isec_a_00329  
  18. Nairn, Tom; James, Paul (2005). Global Matrix: Nationalism, Globalism and State-Terrorism. London and New York: Pluto Press 
  19. Pierre James (2001). The Murderous Paradise: German Nationalism and the Holocaust. [S.l.]: Greenwood. ISBN 978-0-275-97242-4 
  20. Elliot N. Dorff e Danya Ruttenberg (2010). «Jewish Choices, Jewish Voices: War and National Security» (em inglês). The Jewish Publication Society. Consultado em 12 de setembro de 2016. Cópia arquivada em 12 de setembro de 2016 
  21. Many Happy Returns Fidel
  22. Bar-Haim, Yair; Yair Bar-Haim, Talee Ziv, Dominique Lamy, Richard M. Hodes (2008). «Nature and Nurture in Own-Race Face Processing». Psychological Science. 17 (2): 159–163. PMID 16466424. doi:10.1111/j.1467-9280.2006.01679.x  [ligação inativa]
  23. Smith, Anthony D. 1986. The Ethnic Origins of Nations London: Basil Blackwell. pp 6–18. ISBN 0-631-15205-9.
  24. Hayes, Carlton (1926). «Nationalism as a Religion» 
  25. Sand, Shlomo (2011). A Invenção do Povo Judeu 🔗. [S.l.]: Benvirá (português 1 ed.) 
  26. a b Nash, Kate (2001). The Blackwell companion to political sociology. [S.l.]: Wiley-Blackwell. p. 391. ISBN 0631210504 
  27. Political Science, Volume 35, Issue 2; Class and Nation: Problems of Socialist Nationalism[ligação inativa]
  28. Maass, Alan; Zinn, Howard (2010). The Case for Socialism (Revised ed.). Haymarket Books. p. 164. ISBN 978-1608460731.
  29. Nimni 1991, 18.
  30. Nimni 1991, 14.
  31. Nimni 1991, 16.
  32. van Ree 2002, 49.
  33. Schmitt 1997 [1987], 169.
  34. van Ree 2002, 60.
  35. van Ree 2002, 58-59.
  36. van Ree 2002, 64.
  37. Aleppo: the frenzied media response and the stakes for Syria
  38. Noam Chomsky and Edward S. Herman, The Washington Connection and Third World Fascism (South End Press, 1979); Gabriel Kolko, Confronting the Third World: United States Foreign Policy 1945-1980 (Pantheon Books, 1988); and Audrey R. Kahin and George McTurnan Kahin, Subversion as Foreign Policy: The Secret Eisenhower and Dulles Debacle in Indonesia (The New Press, 1995).; Jonathan Kwitny, Endless Enemies: The Making of an Unfriendly World (1984), p.57
  39. The Great Class War 1914-1918 by Jacques R. Pauwels
  40. a b Executive Orders & Airport Protests: Trump Clashes With The CIA
  41. a b c Oil, Qatar, China & The Global Conflict
  42. The destructive legacy of Arab liberals
  43. Tariq Ali, “The Uprising in Syria”, www.counterpunch.com, September 12, 2012
  44. Louise Young, Japan’s Total Empire: Manchuria and the Culture of Wartime Imperialism (Berkeley: University of California Press, 1998); Yoshihisa Tak Matsusaka, The Making of Japanese Manchuria, 1904-1932 (Cambridge: Harvard University Asia Center, 2001).
  45. In the mid-1940s, the Viet Minh, under Ho Chi Minh, looked to the West for help in its independence movement and got it.
  46. From Left to Right: Israel’s Repositioning in the World
  47. From Left to Right: Israel’s Repositioning in the World
  48. From Left to Right: Israel’s Repositioning in the World
  49. A Tale of Two Nakbas
  50. Sutton, Antony C. America's Secret Establishment: An Introduction to the Order of Skull & Bones. Walterville, OR: Trine Day, 2003. ISBN:0-9720207-0-5.
  51. Clearing the fog of war around Syria
  52. “The Name Negro: It’s Origins and Evil Use”, published in 1960. (p. 92)
  53. The Black Bolsheviks
  54. "The Burmese Way to Socialism
  55. Per Anders Rudling. "Memories of 'Holodomor' and National Socialism in Ukrainian Political Culture," in Yves Bizeul (ed.), Rekonstruktion des Nationalmythos?: Frankreich, Deutschland und die Ukraine im Vergleich (Göttingen: Vandenhoek & Ruprecht Verlag, 2013)
  56. Why did Nazis fail to create a Ukrainian state in 1939?
  57. The Revolutionary Distemper in Syria That Wasn’t
  58. Let us drive away the US and NATO occupiers with our unity!
  59. Sticking point in Syria truce: Washington’s support for Al Qaeda
  60. Dmytro Dontsov, Khrestom i mechom (With the cross and sword, 1956) Derzhavnist 2 and 3, Natsionalistand Golos natsii.
  61. The Neo-Nazi Question in Ukraine
  62. The Ideology Of The New Ukraine
  63. La TV cubana rescató del olvido una entrevista al Che de 1964
  64. NEW LEFT IN POLAND? – OUR INTERVIEW WITH RAZEM, THE POLITICAL PARTY INSPIRED BY THE SPANISH PODEMOS
  65. America's socialism for the rich
  66. Race, Gender, and Class Politics in the US Primaries
  67. Phillip Stevens, “Britain is starting to imitate Greece”, Financial Times, 30/6/2016
  68. Turks, Saudis & Kurds: What’s Going on?
  69. Sam Dagher, “Kurds fight Islamic State to claim a piece of Syria,” The Wall Street Journal, November 12, 2014.
  70. Patrick Cockburn, “War against ISIS: PKK commander tasked with the defence of Syrian Kurds claims ‘we will save Kobani’”, The Independent, November 11, 2014.
  71. The meaning of Kosovo's independence
  72. S. Barbour, C. Carmichael (eds.), Language and Nationalism in Europe, Oxford−New York: Oxford University Press, 2000, 221−239
  73. ElBaradei: A coupmonger liberal global elite / Levent Basturk
  74. China behaving like Nazi Germany in South China Sea, says Benigno Aquino
  75. What new Mexican president Andres Manuel Lopez Obrador thinks about Donald Trump
  76. Eco, Umberto (22 de junho de 1995). «Ur-Fascism». The New York Review of Books (em inglês). ISSN 0028-7504. Consultado em 7 de março de 2018 
  77. Ceplair, Larry (1987). Under the Shadow of War: Fascism, Anti-Fascism, and Marxists, 1918-1939. [S.l.]: Columbia University Press. ISBN 9780231065320 P. 190-192
  78. Totalitarismo p. 1247-1259
  79. Takis Fotopoulos, The NWO in Action, vol. 2, Ukraine, The attack on Russia and the Eurasian Union (under publication by Progressive Press)
  80. Henry Luce and 20th Century U.S. Internationalism
  81. Top Ten Forgotten Facts About The Second World War
  82. Singer, Paul, Nacionalismo, sionismo e anti-semitismo - a propósito de "Em disparada rumo a Belém", de Perry Anderson. Arquivado em 4 de maio de 2014, no Wayback Machine.
  83. A Sociologia israelense e a crise do consenso sionista, por José Maurício Domingues.
  84. Sionismo y separación étnica en Palestina durante el Mandato Británico: la defensa del trabajo judío, por Ferran Izquierdo Brichs.
  85. Fritzsche, Peter (1998). Germans into Nazis. Cambridge, Massachusetts: Harvard University Press. ISBN 978-0674350922 
    Eatwell, Roger (1997). Fascism, A History. [S.l.]: Viking-Penguin. pp. xvii–xxiv, 21, 26–31, 114–40, 352. ISBN 978-0140257007 
    Griffin, Roger (2000). «Revolution from the Right: Fascism». In: Parker, David. Revolutions and the Revolutionary Tradition in the West 1560-1991. London: Routledge. pp. 185–201. ISBN 978-0415172950 
  86. Oliver H. Woshinsky. Explaining Politics: Culture, Institutions, and Political Behavior. Oxon, England, UK; New York, New York, USA: Routledge, 2008. p. 156.
  87. Hitler, Adolf in Domarus, Max and Patrick Romane, eds. The Essential Hitler: Speeches and Commentary, Waulconda, Illinois: Bolchazi-Carducci Publishers, Inc., 2007, p. 170.
  88. "They must unite, [Hitler] said, to defeat the common enemy, Jewish Marxism." A New Beginning, Adolf Hitler, Völkischer Beobachter. February 1925. Cited in: Toland, John (1992). Adolf Hitler. [S.l.]: Anchor Books. p. 207. ISBN 0-385-03724-4 
  89. The Trojan Horse of Refugees in Europe
  90. Kershaw, Ian (2008). Hitler, the Germans, and the Final Solution. [S.l.]: Yale University Press. p. 53. ISBN 0-300-12427-9 
  91. «The Nazi-Sozi» [Joseph Goebbels, Der Nazi-Sozi (Elberfeld: Verlag der Nationalsozialistischen Briefe, 1927).] 
  92. Carsten, Francis Ludwig The Rise of Fascism, 2nd ed. University of California Press, 1982. p. 137. Quoting: Hitler, A., Sunday Express, September 28, 1930.
  93. Carroll Quigley, Tragedy and Hope, 1966. p. 619.
  94. Adolf Hitler, Public meeting in the Great Hall of the Hofbräuhaus, Why We Are Antisemites, 1920
  95. Middle East and North Africa: Challenge to Western Security by Peter Duignan and L.H. Gann, Hoover Institution Press, 1981, ISBN 978-0817973926 (page 22)
  96. a b c Encyclopaedia of Nationalism by Athena S. Leoussi and Anthony D. Smith, Transaction Publishers, 2001, ISBN 978-0765800022, (page 62)
  97. Nationalism and War. Nationalism: Origins and Historical Evolution. Por Carl K. Savich. Serbianna, 14 de junho de 2003.
  98. Connor, Walker (1994). Ethnonationalism: The Quest for Understanding. Princeton, New Jersey: Princeton University Press. p. 29. ISBN 9780691025636 
  99. Griffin, Roger (1994). «Staging The Nation's Rebirth: The Politics and Aesthetics of Performance in the Context of Fascist Studies» (PDF). Consultado em 21 de setembro de 2010. Arquivado do original (PDF) em 14 de maio de 2011 
  100. Roger Griffin, Fascism, Oxford University Press, 1995, ISBN 978-0192892492.
  101. Grant, Moyra. «Politics Review» (PDF). Moyra Grant is an experienced politics teacher, examiner and author. Politics Review. Consultado em 16 de abril de 2011 
  102. Anderson, Benedict (1983). Imagined Communities: Reflections on the Origin and Spread of Nationalism. New York: Verso. pp. 37–46. ISBN 978-0860915461 

Bibliografia editar

Leitura adicional editar

  • Azurmendi, Joxe. Historia, arraza, nazioa. Donostia: Elkar, 2014. ISBN 978-84-9027-297-8
  • GELLNER, E. Nations and Nationalism. Ithaca: Cornell University Press, 1983
  • HOBSBAWM, Eric. "Introdução' e "Protonacionalismo popular". Nações e Nacionalismo desde 1780
  • GELLNER, E. "Definições", "A transição para a era do nacionalismo" e "O que é uma nação?". Nacoes e nacionalismo. Caps. 1, 4 e 5.
  • Leon Trotsky. XXIX. GERMAN NATIONAL SOCIALISM “A Portrait of National Socialism.”
  • HOBSBAWM, E. J. e RANGER, T. (Orgs.) A Invenção das Tradições e A Produção em Massa de Tradições. A Invenção das Tradições. São Paulo: Paz e Terra, 1990. p. 9-24 e 271-316.
  • O Marxismo e a Questão Nacional
  • TODOROV, Tzvetan. Em face do extremo. Tradução de Egon de Oliveira Rangel e Enid Abreu Dobránszky. Campinas, Papirus, 1995 (Coleção Travessia do Século)
  • TODOROV, Tzvetan. Memória do mal, tentação do bem. São Paulo, Editora. Arx, 2002.
  • LOS ABUSOS DE LA MEMORIA. Tzvetan Todorov, Barcelona: Paidós, 2000.
  • BLOCH, Marc. A estranha derrota. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2011.
  • Collectif; Perrault, Gilles (2001). Le livre noir du capitalisme. [S.l.]: Le Temps des cerises. ISBN 978-2-84109-325-0
  • Altman, William H. F., The German Stranger: Leo Strauss and National Socialism. Lexignton Books, 2011
 
Wikiquote
O Wikiquote possui citações de ou sobre: Nacionalismo
 
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Nacionalismo