O peixe avuado é uma técnica indígena de preparo do pescado com assamento na brasa diretamente na praia;[1] usando uma churrasqueira improvisada moquém (grelha de galhos),[2] temperado apenas com sal e pimenta.[3][4] O cozimento do peixe com a escama mantém a carne boa.[4]

Não confundir com o peixe peixe moqueado; que é o modo de secagem do peixe para evitar o estrago, pré-assando na brasa usando o moquém.[3][5]

Preparo editar

  • Prepara-se a grelha feita com galhos, chamada moquém (do tupi moka'ẽ).[6]
  • Cava-se um buraco na areia da praia, próxima ao local de pesca;[1]
  • Acende-se o fogo para o preparo do peixe fresco na brasa;[1]
  • Tempera-se o peixe fresco com sal, limão (farinha como complemento);[1]
  • Come-se o peixe usando as mãos.[1]

Saber tradicional editar

O saber tradicional é um produto histórico resultado do modo de vida de uma população tradicional (intelecto coletivo ou intelecto cultural), de acordo com o relacionamento com a biodiversidade em que está inserida.[7] Este saber se reconstrói na transmissão oral entre as gerações e, possui uma vísivel aplicação prática na sociedade.[7]

Referências

  1. a b c d e «Salinópolis (PA) aprendeu com os indígenas uma técnica simples e especial de assar o peixe». G1 Pará. 30 de agosto de 2022. Consultado em 3 de agosto de 2023 
  2. RedePará. «Turistas terão circuito gastronômico em Salinas durante 30 dias». REDEPARÁ. Consultado em 19 de julho de 2023 
  3. a b SA, Trip Editora e Propaganda (julho de 2008). Tpm. [S.l.]: Trip Editora e Propaganda SA. ISSN 1519-4035 
  4. a b Atzingen, Paulo (28 de janeiro de 2017). «Como a hospitalidade se faz com um "avuado", em Joanes, no Marajó». Diário do Turismo. Consultado em 19 de julho de 2023 
  5. Porto Editora. «Moqueio». Dicionário Infopédia. Consultado em 19 de julho de 2023 
  6. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 158.
  7. a b Costa, Nivia Maria Vieira Costa; Melo, Lana Gabriela Guimarães; Costa, Norma Cristina Vieira (10 de fevereiro de 2018). «A Etnofísica da Carpintaria Naval em Bragança - Pará - Brasil». Amazônica - Revista de Antropologia (1): 414–436. ISSN 2176-0675. doi:10.18542/amazonica.v9i1.5497. Consultado em 26 de julho de 2023. Resumo divulgativo 

Veja também editar