Playtronic

fabricante brasileira de videogames e brinquedos

Playtronic é uma desenvolvedora de jogos digitais [1], e foi uma das mais importantes fabricante brasileira de videogames e brinquedos com sede em Manaus, no Brasil, e era uma joint venture entre as empresas Gradiente Industrial S.A. (empresa de produtos eletrônicos de consumo) e Manufatura de Brinquedos Estrela S.A. (fabricante de brinquedos).[2] A empresa foi fundada em 15 de março de 1993, cujo propósito inicial era fabricar e distribuir produtos da Nintendo fora do Japão para o mercado brasileiro, competindo diretamente com a TecToy, representante da Sega no país.[3] Desde 2016, a Playtronic desenvolve jogos para Android.[4]

Playtronic Industrial Ltda.
Playtronic
Slogan Dê um Play na sua vida!
Atividade Eletro-eletrônica e Produtora de Games
Fundação 17 de Março de 1993 (26 anos)
Sede Brasil Manaus (encerrada)

Brasil Rio de Janeiro (ativa)

Proprietário(s) Leandro Mattos
Produtos NES, Super NES, Game Boy, Game Boy Color, Game Boy Advance, GameCube e Tablet
Website oficial https://playtronicgames.com.br

1993-1996 Playtronic editar

A Nintendo chegou nas terras brasileiras através da parceria com as empresas nacionais Gradiente e Estrela que fecharam um acordo com a Nintendo em 1992 formando a Playtronic Industrial ltda. em 17 de março de 1993, O anúncio da fusão alcançou grande atenção na mídia, considerando que a Playtronic foi a primeira empresa no mundo a produzir produtos da Nintendo fora do Japão. Pouco tempo depois, o Super Nintendo Entertainment System foi o primeiro console a ser anunciado e produzido em 24 de agosto de 1993,[3] adaptado para o sistema de TV analógica PAL-M do Brasil. Mesmo com o lançamento tardio, o sucesso de suas vendas abocanhou 60% do segmento local de consoles de videogame de 16 bits em abril de 1995.[3]

O Nintendo Entertainment System foi o próximo console a ser produzido. Mas mesmo após o início das vendas, o mercado brasileiro estava saturado há muito tempo por consoles contrabandeados (da China e de Taiwan) [5] e clones NES locais - um dos mais bem-sucedidos é o Phantom System, fabricado pela própria Gradiente.[3] Devido a este facto, o lançamento bastante tardio e os elevados preços dos produtos licenciados da Nintendo, as vendas foram muito fracas.[6] Com todo este cenário, os clones NES e o Master System da TecToy ainda eram os consoles de videogame de 8 bits mais vendidos no país.[5]

A fábrica era em Manaus e iniciou a produção de seus produtos na Rua Carvalho Leal, Bairro Cachoeirinha.

Até o seu último ano de 1996, a Playtronic também trouxe o Game Boy, Virtual Boy e Nintendo 64 para o consumidor brasileiro. Mas devido a um problema de fluxo de caixa de longo prazo, Estrela vendeu 50% de sua participação acionária na Playtronic para a Gradiente por US$ 7,3 milhões, encerrando a joint venture.[7] Depois disso, a Gradiente Entertainment Ltda. foi a divisão criada para suceder a representação local da Nintendo até 2003, quando deixaram o negócio de videogames devido a vários fatores, incluindo a alta cotação do dólar, a redução da renda familiar média e a alta difusão da pirataria no Brasil.[6]

Jogos Traduzidos editar

A Playtronic — tal como a TecToy, sua concorrente local — investiu na tradução de alguns títulos para o português.

Destaca-se o jogo Super Copa para o Super NES, que é uma versão do jogo Tony Meola's Sidekicks Soccer. O jogo apresentava, além de textos em português e espanhol, anúncios de empresas atuantes no Brasil, como a Adidas e a Elma Chips e era o único exclusivo da Playtronic.

O Fim da Parceria editar

Em 1996, a Estrela vendeu sua parte na empresa, deixando assim de existir a Playtronic originaria da fusão entre Estrela/Gradiente. A partir daí passou a se chamar então de Gradiente Entertainment Ltda, fundada e registrada na Receita Federal sob o CNPJ 23.010.804/0001-77. Até dezembro de 2000 as vendas combinadas totalizaram 2 milhões de hardwares e 2,5 milhões de softwares. Isto significa que o mercado de games no Brasil agitou R$ 200 milhões com a Nintendo.

Contudo, no início de 2003, a Gradiente deixou de fabricar e comercializar, por sua própria opção, a linha de videogames no país, encerrando a parceria com a Nintendo no Brasil.

Atualidade da Playtronic editar

Depois de 10 anos completamente abandonada, a Playtronic foi adquirida em 2013 pelo programador Leandro Mattos, com o intuito de impedir o esquecimento da marca pelo povo brasileiro. Em 2016 passou a desenvolver games próprios para Android[8] e se tornou presente no mercado global.

Ver também editar

Referências

  1. «Playtronic Games» 
  2. Andrade, Igor (21 de março de 2018). «Demorou, mas comecei a escrever meu livro sobre a Playtronic» [Took time, but I started to write my book about Playtronic]. A Águia Pousou 
  3. a b c d «Playtronic, a história» [Playtronic, the history]. Nintendopedia Brasilis. 2018 
  4. Mattos, Leandro (8 de agosto de 2018). «Site oficial da Playtronic». Playtronic 
  5. a b Barboni, Flavio (13 de julho de 2013). «Master System x NES». TechTudo 
  6. a b Noviello, Renato (2000). «O NES no Brasil» [The NES in Brazil]. The Nes Archive 
  7. Vassallo, Cláudia (18 de fevereiro de 2011). «Por que a Estrela perdeu o brilho» [Why Estrela lost the brightness]. Exame 
  8. Governo do Brasil (8 de agosto de 2018). «Instituto Nacional da Propriedade Industrial». Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior 

Ligações externas editar

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