Ponta dos Rosais

área protegida de Portugal

A Ponta dos Rosais é o nome atribuído ao extremo Noroeste da ilha de São Jorge, eleva-se a mais de 200 metros de altitude acima do nível do mar. Localiza-se na freguesia dos Rosais, concelho de Velas, aquipélago dos Açores.

Ponta dos Rosais Vista do ar, ilha de São Jorge, Açores, Portugal.
Ilhéu da Ponta dos Rosais, Rosais, ilha de São Jorge, Açores, Portugal.
Ilhéu e falésia da Ponta dos Rosais, ilha de São Jorge, Açores, Portugal.JPG.
Ponta dos Rosais, Atenção à estrutura geológica .

Descrição editar

Do cimo desta falésia onde a ilha de São Jorge termina, que na prática tem a forma de um promontório desfruta-se uma paisagem grandiosa. Deste local, mesmo ali a 200 metros do cima da falésia temos o Oceano Atlântico dividido entre o Norte e o Sul. O oceano estendem-se a perder de vista só tendo a ilha do Faial e a ilha do Pico a cerca de 15 quilómetros de distância. Todo o resto é mar que se estende até à linha do horizonte.

Neste local encontra-se ainda a formação Geológica conhecida como Baixa da Ponta dos Rosais. É também neste local onde a terra termina que se localizam os ilhéus dos Rosais, e o Farol dos Rosais.[1]

A Ponta dos Rosais, os ilhéus e as falésias circundantes constituem uma zona especial de conservação, criado ao abrigo da Directiva Habitats da União Europeia e que tem uma área geográfica de 979 ha.

Esta reserva natural estende-se ao longo das falésias da costa e é formada por duas zonas distintas: a primeira refere-se à zona da Ponta dos Rosais propriamente dita, constituída pela falésia alta e argilosa com mistura de piroclastos e de difícil acesso, com muitas reentrâncias e cavidades e abundância de calhau rolado junto ao mar. A segunda zona que se estende até à Urzelina, é composta por uma falésia rochosa com 200 metros de altura e com calhau rolado junto ao mar. Esta zona protegida compreende também uma faixa que vai desde a beira-mar até ao rebordo da falésia. Dos vários habitats naturais presentes há que destacar a vegetação vivaz das costas dos calhaus rolados, as falésias com vegetação costeira típica da macaronésia e um habitat povoado por matos macaronésicos endémicos”.

Estes matos macaronésicos ocupam vastas áreas rochosas das falésias, dos ilhéus rochosos, e de outras áreas compotas por cascalho e praticamente incultas do ponto de vista da agricultura.

Este local e as suas proximidades são utilizadas para agricultura, onde é feita apenas uma pastorícia extensiva. Também existe uma presença frequente de turistas. Esta zona é particularmente importante para as aves marinhas nidificantes e incluindo a segunda maior concentração de cagarros nos Açores. Daí ser muito importante a conservação da natureza e tem cuidado de não ultrapassar os limites recomendados pelas leis que protegem este local, mesmo por quem se dedica a uma observação ornitológica.

As principais aves observáveis neste local são: Calonectris diomedea cagarro, Puffinus assimilis pintainho.

A conservação editar

A conservação deste local relativamente aos predadores não naturais não é das mais fáceis dado a presença de predadores terrestres introduzidos na ilha tais como cães e gatos ferais, ratos e mustelídeos, que limitam provavelmente a nidificação da maioria das aves marinhas, especialmente os procelariformes mais pequenos e mais vulneráveis que nidificam em cavidades no solo ou no cascalho.

A invasão por plantas exóticas, como a cana Arundo donax, também causou uma perda de habitat de nidificação disponível para os procelariformes. A ausência de diploma legal das ZPE por diploma legal nacional/regional diminui a eficácia de medidas minimizadoras dos impactos e da vigilância existente.

Ver também editar

Bibliografia editar

  • Del Nevo et al. (1990), Monteiro & Groz (1999), Monteiro et al. (1998, 1999, inédito), Pereira et al. (2000), Rodrigues & Nunes (2002).

Referências

  1. Guida das Velas 2009/2010, pág. 22 e 23, Nova Gráfica, Lda. Dep. Legal, n.º 268828/08.

Ligações externas editar