A Porta Celimontana (em latim: Porta Caelimontana) foi uma porta na Muralha Serviana situada na subida do Monte Célio,[1] entre a Porta Capena e a Porta Querquetulana. Através dela passava a Via Celimontana, que em direção ao Célio transformava-se no Clivo de Escauro.[2] No final do século XIX e começo do XX, tumbas romanas foram descobertas ao longo do cando sul, algumas das quais atualmente desaparecidas.[3] Por algum tempo pensou-se que seria o medieval Arco de João Basílio.[4]

Porta Celimontana
Porta Celimontana
Arco de Dolabela, onde estava a Porta Celimontana.
Porta Celimontana
Diagrama da Muralha Serviana com a Porta Celimontana (nº 5).
Tipo Portão
Promotor / construtor Sérvio Túlio
Geografia
País Itália
Cidade Roma
Localização Região II - Celimôncio
Coordenadas 41° 53' 08" N 12° 29' 43" E
Porta Celimontana está localizado em: Roma
Porta Celimontana
Porta Celimontana

Durante o reinado do imperador Augusto (r. 27 a.C.–14 d.C.),[5] mais precisamente em 10 d.C., os cônsules Públio Cornélio Dolabela e Caio Júnio Silano construíram o Arco de Dolabela. Segundo estimado pelos estudiosos, provavelmente o arco seria uma reconstrução da Porta Celimontana.[6][7][8] O arco foi incorporado na estrutura de suporte para o novo ramo do Aqueduto de Água Cláudia, o Aqueduto de Nero, construído por Nero (r. 54–68) talvez como parte do programa de reconstrução após o Grande incêndio de Roma.[9]

Ver também

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Referências

  1. Richardson 1992, p. 59.
  2. «"Arcus Dolabellae et Silani"» (em inglês). Consultado em 30 de julho de 2015 
  3. Toynbee 1971, p. 117.
  4. Platner 1929, p. 35; 405.
  5. Marshall 2000, p. 87.
  6. Dyer 1873, p. 817.
  7. Catalán 2002, p. 171.
  8. Cerulli 1999, p. 57.
  9. Aicher 1995, p. 61ff; 67.

Bibliografia

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  • Aicher, Peter J. (1995). Guide to the Aqueducts of Ancient Rome. [S.l.]: Bolchazy-Carducci 
  • Cerulli, Donatella (1999). Il giro delle sette chiese. [S.l.]: Edizioni Mediterranee 
  • Catalán, Arturo Zaragoza (2002). «Inspiración bíblica y presencia de la Antiguedad en el episodio tardogótico valeniano». Territorio, sociedad y patrimonio: una visión arquitectónica de la historia. [S.l.]: Universidade de Valência 
  • Dyer, Thomas H. (1873). «Roma». In: William Smith. Dictionary of Greek and Roman Geography. 2. Londres: [s.n.] 
  • Marshall, Eireann (2000). Death and Disease in the Ancient City. [S.l.]: Routledge 
  • Platner, Samuel Ball (1929). A Topographical Dictionary of Ancient Rome. Londres: Oxford University Press 
  • Richardson, L. (1992). A New Topographical Dictionary of Ancient Rome. [S.l.]: JHU Press. ISBN 978-0-8018-4300-6 
  • Toynbee, Jocelyn M.C. (1971). Death and Burial in the Roman World. [S.l.]: Johns Hopkins University Press