Pressão de disjunção

Pressão de disjunção (símbolo Πd), em química de superfície, de acordo com uma definição da IUPAC,[1] surge a partir de uma interação atrativa entre duas superfícies. Para duas superfícies planas e paralelas, o valor da pressão de disjunção (i.e, a força por unidade de área) pode ser calculada como a derivada da energia de Gibbs de interação por unidade de área, em relação à distância (na direção normal aquela das superfícies em interação). Há também um conceito relacionado de força de disjunção, que pode ser vista como pressão de disjunção vezes a área de superfície das superfícies em interação.

O conceito de pressão de disjunção foi introduzido por Derjaguin (1936) como a diferença entre a pressão de uma região de uma fase adjacente a uma superfície que a confina, e a pressão no volume principal desta fase.[2]

Descrição

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A pressão de disjunção pode ser expressa como:[3]

 

onde:

  • Πd - pressão de disjunção, N/m2
  • A - a área de superfície das superfícies em interação, m2
  • G - energia de Gibbs total da interação das duas superfícies, J
  • x - distância, m
  • índices T, V e A significam que a temperatura, volume e a área de superfície permanecem constantes na derivada.
 
A dependência da pressão na película na superfície A e a pressão no volume.

Usando o conceito da pressão de disjunção, a pressão na película pode ser vista como:[3]

 

onde:

  • P - pressão numa película, Pa
  • P0 - pressão no volume da mesma fase daquela da película, Pa.

Referências

  1. "Disjoining pressure". Entry in the IUPAC Compendium of Chemical Terminology ("The Gold Book"), the International Union of Pure and Applied Chemistry, 2nd edition, 1997
  2. A. Adamson, A. Gast, "Physical Chemistry of Surfaces", 6th edition, John Wiley and Sons Inc., 1997, page 247.
  3. a b Hans-Jürgen Butt, Karlheinz Graf, Michael Kappl,"Physics and chemistry of interfaces", John Wiley & Sons Canada, Ltd., 1 edition, 2003, page 95 (Google books)