Quinta do Cadeado
A Quinta do Cadeado, também conhecida como Quinta do Bento e Quinta do Sebastião, é um complexo histórico junto à povoação de Arnelas, na freguesia de Sandim, Olival, Lever e Crestuma, no Município de Vila Nova de Gaia, em Portugal.
Quinta do Cadeado | |
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Entrada do complexo da Quinta do Cadeado | |
Informações gerais | |
Tipo | quinta |
Inauguração | Século XVIII |
Geografia | |
País | Portugal |
Localização | Vila Nova de Gaia |
Coordenadas | 41° 05′ 02,18″ N, 8° 31′ 24,43″ O |
Localização do edifício em mapa dinâmico |
Descrição
editarO complexo da Quinta do Cadeado ocupa uma área com 8,75 Ha, estando localizada entre as Quintas de Campinhas e do Ferraz, a Norte da povoação de Arnelas, nas margens do Rio Douro.[1] Tem acesso pela Alameda Praia de Arnelas.[2]
Os edifícios da quinta em si situam-se numa plataforma suportada por um muro em xisto, de grandes dimensões, sendo compostos pela casa principal, de três pisos, e por uma capela, dedicada a Nossa Senhora do Bom Sucesso,[1] ou a Nossa Senhora da Conceição.[3] Na quinta destacam-se igualmente as árvores decorativas, que incluem japoneiras.[1]
História
editarNo início do século XVIII, os terrenos da quinta foram adquiridos por João de Queirós, senhor da Casa e Quinta da Portela, em Gulpilhares, e feitor da Casa do Paço da Madeira, em Lisboa. A quinta permaneceu na posse da família de João de Queirós até meados do século XIX, quando foi comprada por Sebastião Alves de Freitas, um comerciante abastado do Porto, cujo nome está na origem da designação popular de Quinta do Sebastião. A propriedade pertence atualmente aos descendentes de Sebastião Alves de Freitas.[carece de fontes]
Entre os primeiros foreiros desta propriedade estiveram os Condes da Feira, tendo posteriormente pertencido aos Marqueses do Lavradio.[1] Em cerca de meados do século XIX, foi comprada por Sebastião Alves da Sousa, passando então a ser conhecida como Quinta do Sebastião, tendo a quinta continuado na posse dos seus descendentes.[1] O nome de Quinta do Bento tem origem em Bento Alves de Freitas, um dos donos da quinta que ali faleceu em 1878 e que está sepultado na capela.[carece de fontes] A Quinta surge num desenho de Arnelas, produzido por Cesário Augusto Pinto em 1849.[4]
A capela da quinta é mencionada na obra Memórias Paroquiais de 1758, na descrição de Avintes:
“ | Tem esta freguezia as Hermidas da Senhora do bom Sucêsso na Quinta de Jose Pedro da Afonseca Queyrôs no Lugar de Arnellas [...] | ” |
Em 1986, o Gabinete de História e Arqueologia do município de Vila Nova de Gaia enviou uma proposta ao Instituto Português do Património Cultural, no sentido de classificar a povoação de Arnelas, em conjunto com vários imóveis em seu redor, como a Quinta do Cadeado, como Imóveis de Interesse Público.[5] Em 1992, o processo foi enviado para a Direcção Regional do IPPC no Porto, mas não chegou a ter seguimento.[5] No regulamento do Plano Director Municipal da Câmara Municipal de Gaia, publicado em Julho de 2009, a Quinta do Cadeado e a sua capela surgem como elementos com nível de protecção integral.[6]
Ver também
editarReferências
- ↑ a b c d e «O Património das Encostas do Douro por Unidades de Paisagem» (PDF). Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia. 30 de Junho de 2011. p. 80. Consultado em 25 de Novembro de 2020
- ↑ SOUSA, Lúcia Cardoso de (2014). Património como estratégia de desenvolvimento local: o caso de Arnelas, Crestuma e Lever (PDF) (Tese de Mestrado). Universidade do Minho: Instituto de Ciências Sociais. p. 149. Consultado em 26 de Novembro de 2020
- ↑ «Localização». Capela de Arnelas. Consultado em 25 de Novembro de 2020 – via Weebly
- ↑ CONDE, António Adérito Alves (2016). «A melhor colecção oitocentista de "vistas" de Gaia, da autoria de Cesário Augusto Pinto». p. 10. Consultado em 26 de Novembro de 2020 – via Issuu
- ↑ a b «Capela de São Mateus de Ornelas, sita no lugar de Arnelas, união das freguesias de Sandim, Olival, Lever e Crestuma, concelho de Vila Nova de Gaia: proposta de abertura do procedimento administrativo de classificação» (PDF). Direcção Regional de Cultura do Norte. 9 de Maio de 2018. p. 1. Consultado em 27 de Novembro de 2020 – via Direcção Regional do Património Cultural
- ↑ «Plano Director Municipal de Gaia» (PDF). Gaiurb e Câmara Municipal de Gaia. Julho de 2009. p. 65. Consultado em 26 de Novembro de 2020
Bibliografia
editar- Memórias Paroquiais na Divisão Administrativa do Porto em 1758 – Freguesia de São Pedro de Avintes da Comarca Eclesiástica da Feira. Col: Memórias Paroquiais, n.º 60. Vol. 5. Lisboa: Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo. p. 905 a 914
- GONDIM, Inocêncio Osório Lopes. Avintes e as suas antiguidades. [S.l.: s.n.]
- Barbosa da Costa, José Vaz e Paulo Costa (ed.). De Abientes a Avintes: História Local. [S.l.]: Edições Audientis