Soldados do Califado na Argélia

Os Soldados do Califado na Argélia (em árabe: جند الخلافة في أرض الجزائر, Jund al-Khilafah fi Ard al-Jazair), geralmente abreviado como Soldados do Califado, Jund al-Khalifa ou Jund al-Khilafah, é um grupo armado e terrorista, de caráter jihadista salafista, ativo na Argélia, que ficou conhecido pelo assassinato de Hervé Gourdel. Separou-se da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) em setembro de 2014 e jurou lealdade ao Estado Islâmico, ao qual o nome “califado” faz referência. Apesar de não controlar nenhum território, o grupo torna-se oficialmente uma “província” do Estado Islâmico: a província da Argélia (Wilayat al-Jazaïr). Em maio de 2015, o Exército Nacional Popular Argelino afirmou oficialmente ter erradicado o grupo ao eliminar seu líder e quase trinta elementos terroristas.[1]

Criação editar

Em março de 2014, um grupo de combatentes liderados por Gouri Abdelmalek, conhecido como Khaled Abou Souleïmane, emir da região central da Argélia (ou seja, da Cabília) da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), começou a se afastar da organização central. A 4 de julho de 2014, a AQMI publicou um comunicado de imprensa em que rejeitava o califado proclamado pelo Estado Islâmico. Em particular, denunciou uma proclamação feita “sem consultar os líderes dos mujahideen”.[2] Essa posição divide a AQMI e o grupo argelino cindiu-se em meados de julho.[3]

Em setembro de 2014, esse grupo anunciou sua adesão ao Estado Islâmico e jurou lealdade a Abu Bakr al-Baghdadi: “Você tem homens no Magrebe Islâmico que obedecerão às suas ordens”. Em 14 de setembro de 2014, o grupo batizou-se de Jound al-Khalifa, “Soldados do Califado”.[4]

Referências