Strop
Strop (Brasil:Teto; Estados Unidos: Ceiling) é um filme checo de 1961, dirigido por Věra Chytilová como seu projeto de conclusão de curso na FAMU. O filme mistura experimentalismo visual com técnicas de documentário, em especial de cinéma vérité[1], ao acompanhar a vida da modelo Marta Kanovská.
Strop | |
---|---|
Strop (CZ) Teto (BRA) | |
Checoslováquia 1961 • p&b • 43 min | |
Direção | Věra Chytilová |
Roteiro | Věra Chytilová Pavel Juráček |
Elenco | Marta Kaňovská Julián Chytil Jaroslav Satoranský Josef Abrhám Ladislav Mrkvička Jiří Menzel Bob Adjali Beyene Afework |
Música | Jan Klusák |
Cinematografia | Jaromír Šofr |
Edição | Antonín Zelenka |
Companhia(s) produtora(s) | Filmová a televizní fakulta Akademie múzických umění v Praze |
Idioma | checo |
Sinopse
editarMarta é uma jovem que desiste da faculdade de medicina para se tornar modelo. Entretanto, ela se mostra infeliz em ambos os caminhos de sua vida.[2]
Em 1976, em carta ao então presidente da Checoslováquia, Gustáv Husák, Chytilová comenta que com Teto ela tenta "fazer com que o espectador refletisse sobre o 'teto' das possibilidades humanas, sobre como muitas vezes, seja por apatia ou covardia, não temos coragem de exigir mais de nós mesmos e perceber que ainda há tempo de começar de novo"[3]
Crítica e Recepção
editarO roteiro original de Chytilová não fora aprovado de imediato pelo chefe de Departamento de Roteiro da FAMU, Frantisek Daniel, por considerá-lo muito kitsch. Um nova versão foi reescrita com Pavel Juráček e depois de aprovada, Chytilová roda o filme com seu roteiro original.[1]
O crítico de cinema checo Joseph Skvorecky critica o moralismo presente no filme, considerando a ênfase de Teto na “comunhão Rousseauniana” deploravelmente didática[4][5].
Agnès Varda, em sua passagem na Tchecoslováquia, disse ter ficado muito impressionada com Teto. Chytilová nota as semelhanças entre seu filme e Cléo de 5 à 7, da diretora francesa.[6]
Referências
editar- ↑ a b Skupa, Lukáš (2 de setembro de 2018). «Perfectly unpredictable: early work of Věra Chytilová in the light of censorship and production reports». Studies in Eastern European Cinema (em inglês) (3): 233–249. ISSN 2040-350X. doi:10.1080/2040350X.2018.1469202. Consultado em 11 de maio de 2021
- ↑ Strop (1961) (em checo), consultado em 8 de junho de 2021
- ↑ Chytilová, Věra (1 de junho de 1976). «I want to work». Index on Censorship (2): 17–20. ISSN 0306-4220. doi:10.1080/03064227608532516. Consultado em 11 de maio de 2021
- ↑ Škvorecky, Josef (1975). All the bright young men and women : a personal history of the Czech cinema [2nd ed.] ed. Toronto, Ont.: Martin Associates in association with 'Take One' Magazine. OCLC 7680628
- ↑ Lim, Bliss Cua (2001). «Dolls in Fragments: Daisies as Feminist Allegory». Camera Obscura: Feminism, Culture, and Media Studies (em inglês) (2): 37–77. ISSN 0270-5346. doi:10.1215/02705346-16-2_47-37. Consultado em 11 de maio de 2021
- ↑ Rivette, Jacques; Delahaye, Michel (Fevereiro de 1968). «O campo livre: entrevista com Věra Chytilová». Les Editions De L'Etoile. Cahiers du cinéma. 168