Tabernaemontana elegans

A Tabernaemontana elegans, comummente conhecida como mcau-mcau [2], trata-se de uma árvore de pequeno porte, originária da costa oriental africana.[3]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaMcau-mcau

Imagem das folhas e galhos desta árvore, em Limpopo, Àfrica do Sul
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante
Classificação científica
Reino: Plantae
Clado: Angiospérmicas
Clado: Traqueófitas
Clado: Eudicotiledóneas
Ordem: Gentianales
Família: Apocynaceae
Género: Tabernaemontana
Espécie: elegans
Nome binomial
Tabernaemontana elegans
Stapf[1]

Etimologia

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Do que toca ao nome científico:

  • O nome genérico, Tabernaemontana, foi cunhado em homenagem ao botânico e herbalista alemão do séc. XVI, James Theodore, conhecido pela alcunha «Tabernaemontanus»;[4]
  • O epíteto específico, elegans, provém do étimo latino clássico ēlĕgans, que significa «elegante; belo; fino»[5]

Quanto ao nome comum, «mcau-mcau», patente no português de Moçambique, este tem origem na língua macua.[6]

Descrição

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Trata-se de uma árvore de pequeno porte ou de uma planta arbustiva de grandes dimensões.[3]

Do que toca ao tronco, é de tacto liso e de coloração castanho-clara, exibindo inúmeras fissuras.[7] Caracteriza-se também pela seiva leitosa, como látex, que pode brotar de qualquer parte da planta.[3]

As folhas são perenes.[3] Caracterizam-se por serem opostas, no que toca ao posicionamento; elípticas, no que toca ao formato; e verde-escuras e luzidias, no que toca à coloração.[3] Geralmente, mostram-se glabras nas duas faces das folhas, contando com 12 a 13 sulcos laterais, geralmente rectos, com ligeira curvatura à medida que se aproximam da margem.[7]

A mcau-mcau tem flores brancas, de fragrância redolente, dispostas em corimbos frouxos.[3] As corolas são de uma coloração que alterna entre o branco, o creme e o amarelo-pálido.[3] Floresce de Outubro a Fevereiro.[3]

O fruto desta espécie é lenhoso, com uma configuração ovóide e oblíqua, dispondo-se aos pares.[7] Estes frutos podem chegar aos 8 centímetros de comprimento, assumindo uma coloração esverdeada, sarapintada por pequenas protuberâncias acastanhadas.[7] As sementes, por seu turno, são vermelhas e comestíveis.[3]

Distribuição

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Marca presença na costa oriental africana, desde a Somália ao Zimbabué e de Moçambique até à África do Sul.[7]

Ecologia

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Privilegia as florestas situadas a baixas altitudes e os terrenos ribeirinhos.[3] Também surge frequentemente nas cercanias das zonas costeiras e até em dunas.[7]

Referências

  1. Govaerts & al. {{{3}}}. Tabernaemontana elegans em World Checklist of Selected Plant Families.
    The Board of Trustees of the Royal Botanic Gardens, Kew. Publicado na internet. Accesso: {{{1}}} de {{{2}}} de {{{3}}}.
  2. «mcau-mcau». Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora. Infopédia 
  3. a b c d e f g h i j «Flora of Mozambique: Species information: Tabernaemontana elegans». www.mozambiqueflora.com. Consultado em 23 de março de 2023 
  4. Western Australian Herbarium, Biodiversity and Conservation Science. «Florabase—the Western Australian Flora». florabase.dpaw.wa.gov.au (em inglês). Consultado em 23 de março de 2023 
  5. «ēlĕgans | ONLINE LATIN DICTIONARY - Latin - English». www.online-latin-dictionary.com. Consultado em 23 de março de 2023 
  6. «mcau-mcau». Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora. Infopédia 
  7. a b c d e f «Flora of Zimbabwe: Species information: Tabernaemontana elegans». www.zimbabweflora.co.zw. Consultado em 23 de março de 2023