The Mediator Between Head and Hands Must Be the Heart

The Mediator Between Head and Hands Must Be the Heart é o décimo terceiro álbum de estúdio do grupo brasileiro de thrash metal Sepultura, lançado em 25 de outubro de 2013. pela Nuclear Blast.[1][2] É o primeiro álbum da banda com o baterista Eloy Casagrande, que substituiu Jean Dolabella, e o primeiro a ser gravado nos Estados Unidos desde o Against de 1998. Foi produzido por Ross Robinson, que já havia produzido o álbum de 1996 Roots.

The Mediator Between Head and Hands Must Be the Heart
The Mediator Between Head and Hands Must Be the Heart
Álbum de estúdio de Sepultura
Lançamento União Europeia 25 de outubro de 2013
Estados Unidos 29 de outubro de 2013
Gravação Junho/Julho 2013 Venice, Los Angeles, Califórnia, Estados Unidos
Gênero(s)
Duração 47:04
Gravadora(s) Nuclear Blast
Produção Ross Robinson
Cronologia de Sepultura
Kairos
(2011)
Machine Messiah
(2017)

Contexto e gravação editar

As primeiras menções ao álbum datam de maio de 2012, quando o guitarrista Andreas Kisser afirmou ao site Metal Underground que o Sepultura iria "começar a trabalhar em novo com o Eloy Casagrande" em breve e certificar-se de que eles conseguiriam "ficar prontos para música nova no início do ano que vem".[3] Posteriormente, Kisser revelou que o Sepultura já estava "pensando em novas ideias" para o próximo álbum.[4]

Em 10 de dezembro daquele mesmo ano, o produtor Ross Robinson revelou em seu perfil no Twitter que ele produziria o novo álbum,[5] o que mais tarde foi confirmado com o anúncio de que Steve Evetts co-produziria o álbum.[6]

Em abril de 2013, a banda já tinha 13 faixas em desenvolvimento. Andreas comentou o progresso do disco, afirmando que "esta é a primeira vez que escrevemos com Eloy Casagrande na bateria e tudo soa fresco (...) Vocês terão que esperar para ouvir. É muito difícil descrever o que estamos fazendo, mas eu posso dizer que será um dos álbuns do Sepultura mais fortes até hoje."[6] Em maio, o vocalista Derrick Green afirmou que "nós já escrevemos a maior parte da música e agora estamos trabalhando nas letras para o álbum. Nós deveremos ter tudo pronto antes de entrarmos no estúdio em 1 de junho."[7]

Em 10 de junho, a banda anunciou que já tinha seis faixas gravadas, e que eles estrabam trabalhando em um ritmo de duas faixas por dia.[8] Mais tarde naquele mesmo mês, foi anunciado que o ex-baterista do Slayer, Dave Lombardo, iria fazer uma participação especial no álbum. conforme Andreas explicou, "quando os microfones estavam todos prontos e funcionando o Eloy e o Dave começaram a tocar e a mágica começou, tão incrível! a parte que eles gravaram será uma parte especial no meio de uma das faixas, ficou louco!"[9]

Em 12 de julho, a banda anunciou que havia terminado a gravação do álbum, e, uma semana depois, eles anunciaram o nome: The Mediator Between Head and Hands Must Be the Heart.

Estilo musical editar

Derrick descreveu o som do álbum "realmente sinistro, sombrio e metal pra caramba!"[7] enquanto que o Andreas afirmou que o álbum "é brutal, rápido e direto ao ponto".[1] Eles também comentaram positivamente sobre a participação de Eloy, com Derrick afirmando que "tem sido ótimo trabalhar com Eloy no processo de composição porque traz uma energia totalmente diferente à música. As várias mudanças que vêm ocorrendo em nossas vidas e no mundo também contribuem para a criação do nosso novo álbum."[7]

Conceito editar

Andreas afirmou que o título do álbum "foi inspirado por uma frase que é a principal mensagem da história: 'O mediador entre a cabeça e as mãos deve ser o coração' para expressar o que estamos dizendo nas letras". embora o álbum tenha sido inspirado pelo filme Metropolis, ele não foi criado como um álbum conceitual. Andreas explica:

"No filme, um milionário maluco quer transformar um robô em uma pessoa de verdade. É meio que o oposto do que vivemos hoje. Mais do que nunca nós estamos robotizados, através da internet, Google glass, chips sob nossas peles e a escravidão globalizada que nossa sociedade sofre hoje em dia. A frase aponta para o coração como sendo o fator humano que mantém um homem como um homem, não como um robô. O coração bate com liberdade de escolha, nós temos que pensar por nós para criar um mundo real, não uma matrix. Sendo uma obra escrita no início dos anos 1920, é quase profético. Ajudou-nos a juntar as ideias para que as letras expressassem o que nós vemos hoje. Eu moro em são Paulo, Brasil, uma das grandes metrópoles do mundo com mais de 20 milhões de pessoas vivendo e trabalhando nela. Eu sei como é viver em um caos diário, nossa música reflete muito desse sentimento."[1]

Recepção editar

Críticas profissionais
Avaliações da crítica
Fonte Avaliação
Blabbermouth.net           [10]
About.com      [11]
Allmusic      [12]

Ray Van Horn Jr. do Blabbermouth.net deu ao álbum 8 de 10 estrelas, afirmando que "[...] a maioria deve sair desta audição do disco satisfeita com os resultados." Matt Hinch do About.com disse que "Mediator é talvez o melhor álbum do Sepultura neste milênio e eu tenho certeza de que alguns dirão que é o melhor desde o Chaos A.D.", e deu ao álbum 4 de 5 estrelas. O álbum vendeu mais de 1.800 cópias nos EUA em sua primeira semana.[13]

Faixas editar

N.º Título Duração
1. "Trauma of War"   3:45
2. "The Vatican"   6:33
3. "Impending Doom"   4:15
4. "Manipulation of Tragedy"   4:16
5. "Tsunami"   5:10
6. "The Bliss of Ignorants"   4:51
7. "Grief"   5:34
8. "The Age of the Atheist"   4:19
9. "Obsessed"   3:53
10. "Da Lama ao Caos" (cover de Chico Science & Nação Zumbi) 4:28
Faixa bônus exclusiva do iTunes
N.º Título Duração
11. "Stagnate State of Affairs"   3:37

Créditos editar

Sepultura editar

Participações editar

  • Dave Lombardo − bateria adicional em 'Obsessed'
  • Fredo Ortiz - percussão
  • Renato Zanuto - teclado
  • Jaque Humara - efeitos vocais

Equipe técnica editar

  • Ross Robinson − produção
  • Steve Evetts - mixagem
  • Alan Douches - masterização
  • Alexandre Wagner - pinturas
  • Melissa Castro - foto
  • Rob Kimura - layout
  • Mike Balboa - assistente de estúdio
  • Gregoy Alan Coates - técnico
    • Versão digipack inclui DVD com making of dirigido por Otavio Juliano: produção executiva de Luciana Ferraz; fotografia por Mike Balboa, Eduardo de Andrea e Otavio Juli

Referências