Timóstrato (em latim: Timostratus; m. 527) foi um oficial militar bizantino ativo durante o reinado dos imperadores Anastácio I Dicoro (r. 491–518) e Justino I (r. 518–527). Como duque de Osroena esteve entre os oficiais bizantino que lutaram na Guerra Anastácia (502-506) contra o Império Sassânida. Continuou a servir no Oriente, sendo capturado em 523 pelo rei dos lacmidas Alamúndaro III (r. 505–554). No início da Guerra Ibérica (526–531), lançou ataques contra Nísibis.

Timóstrato
Morte 527
Nacionalidade Império Bizantino
Progenitores Pai: Silvano
Filho(a)(s) João
Ocupação General
Religião Catolicismo

Biografia

editar
 
Dinar de Perozes I (r. 459–484)
 
Dracma de Cavades I (r. 488–496; 499–531)

Timóstrato foi filho de Silvano, um romano familiarizado com o xá sassânida Perozes I (r. 459–484), e irmão do oficial Rufino. Foi pai do também oficial João.[1] Como duque de Osroena (503–506), foi um dos comandantes bizantinos envolvidos na Guerra Anastácia contra o Império Sassânida. No verão de 503, derrotou uma força de árabes aliados dos persas próximo ao rio Cabur e no final do mesmo ano, quando estava estacionado em Calínico, derrotou uma força persa que se aproximava e capturou seu comandante, porém foi forçado a libertá-lo quando o xá Cavades I ameaçou atacar a região com todos os exércitos persas.[2]

Na primavera de 504, foi enviado com Flávio Céler de Resena com seis mil cavaleiros às montanhas acima de Singara onde capturou as ovelhas e cavalos do exército persa. Em seguida, retornou para Resena para encontrar-se com o exército principal e provavelmente partiu para Amida. Em 505, sob ordens de Céler, executou alguns aliados árabes do império que invadiram o território persa sem autorização. No outono de 506, esteve presente nas negociações com os persas em Dara e foi quem informou Farasmanes da traição dos emissários persas.[2]

Timóstrato é novamente atestado em 513/8 como duque no Oriente quando Severo de Antioquia endereçou uma carta a ele sobre a responsabilidade dos ordenados levarem mais a sério o sacerdócio. Em 523, enquanto comandava tropas no Oriente, foi capturado, junto de João, por Alamúndaro III (r. 505–554) dos lacmidas; foram libertados mediante resgate no ano seguinte. Em 527, como duque da Mesopotâmia, realizou ataques infrutíferos contra Nísibis e Tebete, nas proximidades de Dara. Veio a falecer neste ano e foi substituído por Belisário.[2]

Referências

  1. Martindale 1980, p. 1119.
  2. a b c Martindale 1980, p. 1120.

Bibliografia

editar
  • Martindale, J. R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1980). The prosopography of the later Roman Empire - Volume 2. A. D. 395 - 527. Cambrígia e Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Cambrígia