União das Freguesias de Pegões
União das Freguesias de Pegões é uma freguesia portuguesa do município de Montijo, com 79,77 km² de área[1] e 3 913 habitantes (2011[2]). Foi criada aquando da reorganização administrativa de 2012/2013, [3] resultando da agregação das antigas freguesias de Santo Isidro de Pegões e Pegões.
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Freguesia | ||||
Fontanário de Pegões Velhos | ||||
Gentílico | Pegonense | |||
Localização | ||||
Município | ![]() | |||
História | ||||
Fundação | 28 de janeiro de 2013 | |||
Administração | ||||
Tipo | Junta de freguesia | |||
Presidente | Mário Rui Martins Ferreira | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 79,77 km² | |||
População total (2011) | 3 913 hab. | |||
Densidade | 49,1 hab./km² | |||
Código postal | 2985 |
Freguesia atual | Freguesias antigas | ||||||
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Brasão | Freguesia | População | Área (km²) |
Brasão | Freguesia | População[4] (2011) |
Área (km²)[5] |
União das Freguesias de Pegões | 3 913 | 79,77 | Santo Isidro de Pegões | 1 538 | 55,33 | ||
Pegões | 2 375 | 28,09 |
Notas e referências
- ↑ Instituto Geográfico Português (2015). «Áreas das freguesias, municípios e distritos/ilhas da CAOP 2015» (XLS-ZIP). Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2015. Direção-Geral do Território. Consultado em 17 de junho de 2016[ligação inativa]
- ↑ Valor obtido somando a população das antigas freguesias que lhe deram origem.
- ↑ Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro: Reorganização administrativa do território das freguesias. Anexo I. Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Suplemento, de 17/06/2016.
- ↑ INE (2012). «Quadros de apuramento por freguesia» (XLS-ZIP). Censos 2011 (resultados definitivos). Tabelas anexas à publicação oficial. Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 17 de junho de 2016
- ↑ IGP (2012). «Áreas das freguesias, municípios e distritos/ilhas da CAOP 2015» (XLS-ZIP). Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2015. Instituto Geográfico Português. Consultado em 17 de junho de 2016[ligação inativa]
Caracterização da União das Freguesias de PegõesEditar
União das Freguesias de Pegões é uma freguesia portuguesa do concelho de Montijo, com 79,77 km² de área e 3 913 habitantes (2011). Foi criada pela Lei 11-A/2013 de 28 de janeiro aprovada pela Assembleia da Republica., aquando da reorganização administrativa de 2012/2013, resultando da agregação das antigas freguesias de Santo Isidro de Pegões e Pegões.
A freguesia de Pegões foi aprovada a sua criação em 11 de julho de 1985 na Assembleia da Republica sendo publicada em Diário da Republica em 4 de Outubro de 1985. Tem uma extensão de 24 km2 aproximadamente e uma população de 2360 habitantes, pelos censos 2011. É constituída pelos seguintes lugares – Pegões Cruzamento, Pegões Gare, Afonsos, Craveiras do Norte e Craveiras do Sul. É predominantemente rural em que a sua principal atividade económica é a agricultura e a floresta, sendo a localidade de Pegões Cruzamento uma zona de serviços e comércio.
A freguesia de Santo Isidro de Pegões foi aprovada a sua criação em 14 de Outubro de 1957 tem uma extensão de 55,33 km2 e uma população de 1538 habitantes, pelos censos de 2011. É constituída pelos seguintes lugares, Pegões Velhos, Faias, Foros do Trapo e Figueiras. Nesta freguesia a atividade predominante é a viticultura e produção de horto-primores, cenouras e batatas.
Compõem a freguesia os lugares de Afonsos, Craveira Norte, Craveira Sul, Pegões Cruzamento, Pegões Gare, Pegões velhos, Figueiras Faias e Foros do Trapo.
a União de freguesias de Pegões confronta com as freguesias de Canha, (Concelho de Montijo), Vendas Novas, (Concelho deVendas Novas), Poceirão/Marateca (Concelho de Palmela).
EQUIPAMENTOS:
• Educação Agrupamento de Escolas de Pegões ( Escola Básica 2, 3 de Pegões , 4 salas de Jardim de infância, 9 salas de 1º Ciclo)
• Saúde 2 unidades de sáude
• Desporto 3 polidesportivos
• Transportes Estação CP , também é servida por rede de transportes públicos, rodoviária do Alentejo e TST)
AssociativismoEditar
• Grupo Desportivo de Pegões Gare
• Grupo Desportivo dos Foros do Trapo
• Sociedade Recreativa das Figueiras
• Sociedade Recreativa do Cruzamento de Pegões
• Grupo Recreativo Desportivo e Cultural das Craveiras
• Sociedade Recreativa de Pegões Velhos
• Sociedade Recreativa das Faias
• Escola de Judo
• Escola de Musica e Dança de Pegões
•Agrupamento de Escuteiros (967)
HistóriaEditar
Colonização, a uma vaca, uma vitela, uma égua, uma carroça com alfaias e um empréstimo de seis mil escudos. Estas facilidades levaram a que, a partir de 1952, cinco anos após o início das obras de transformação da herdade, 206 colonos e respectivas famílias ali se fixassem.
Os três núcleos contavam ainda com outras infraestruturas, a saber, escolas primárias, centros de convívio, 3 centros sociais de apoio à infância e postos médicos, igreja em Pegões Velhos e nas Faias, cemitério, 3 centros de assistência técnica, casas para os técnicos residentes e uma Pousada para o pessoal técnico exterior.
Dos requisitos para o recrutamento dos colonos elaborados em 1938 e registados num parecer da Câmara Corporativa, constava que o candidato deveria «Ser português, menor de 45 anos, robusto e saudável, sério, ter amor ao trabalho e à família, não ser alcoólico, nem desordeiro, acatar a Constituição e a ordem social, ser anti-comunista, católico, casado pelo civil e religioso, ter exercido durante cinco anos mesteres agrícolas (...)».
O Prof. Henrique de Barros foi o grande mentor do projecto técnico de colonização e José Garcês Pereira Caldas, como Presidente da Junta de Colonização Interna, o executor.
O projecto arquitectónico, saído do traço dos arquitectos Henrique Albino e António José de Oliveira Trigo, apresenta um aspecto pitoresco, cuja tipologia conservadora e ruralista é típica do Estado Novo, com os seus telhados, arcadas e alpendres caracteristicos.
Em contraste com este estilo, o conjunto de edíficios constituído pela Igreja de Santo Isidro, pelas casas do pároco e professoras e pelas duas escolas do núcleo de Pegões Velhos, sobressai pelo traço modernista, e paradoxal, do arquitecto Eugénio Correia. Aqui importa salientar a influência da obra de Oscar Niemeyer, quer pelas evidentes filiações intelectuais ligadas ao modernismo brasileiro em voga nos anos 40 do século XX, mas também pela concepção e interação do projecto com o espaço envolvente e pelos materiais utilizados (fuso cerâmico).
A 7 de Março de 1958 foi constituída a Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, como infraestrutura indispensável de apoio ao plano de fomento e ordenamento agrícola executado pela Junta de Colonização Interna que, em colaboração com a Junta Nacional do Vinho, implantou na área cerca de 800 hectares de vinha e todos os meios técnicos e humanos. O projecto de arquitectura dos edifícios da Cooperativa e Adega é da autoria do arquitecto Neves Teixeira. Superada a fase de ocupação decorrente do processo revolucionário iniciado em Abril de 1974, a Cooperativa Agrícola de Santo Isidro empreendeu um amplo projecto de recuperação e modernização que tornaram os vinhos de Pegões reconhecidos e premiados tanto a nível nacional como internacional.
Após a Revolução de Abril, e com a consequente extinção da Junta de Colonização Interna, iniciou-se um longo processo de regularização da posse dos casais e terrenos agrícolas, até então Património do Estado em renda resolúvel (num valor total de 180.000 Escudos, pagos em quotas anuais de 7.000 Escudos - anos 1960/70). A insistência dos colonos levou à atribuição da posse plena das suas fracções em finais da década de 1980.