Nota: Para outros significados, veja Urutu (desambiguação).

Bothrops alternatus, conhecido popularmente como urutu, urutu-cruzeiro, cruzeiro e cruzeira[3], é um réptil ofídio da família Viperidae, a mesma da jararaca, cascavel e surucucu, que ocorre no Sudeste, Centro-Oeste e no Sul do Brasil, como também no Uruguai, Paraguai e Argentina. É classificada na série solenóglifa, quanto ao tipo de dentição, por ter as presas inoculadoras de veneno varadas por canais para a condução do veneno produzido em glândulas. Seu veneno é o mais tóxico dentre as jararacas, com a exceção da jararaca-ilhoa, três vezes mais peçonhenta. Foi imortalizada nas música "Urutu Cruzeiro", de Tião Carreiro & Pardinho e "Buraco de Tatu", de Luiz Gonzaga.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaUrutu
Bothrops alternatus no Rio Grande do Sul, no Brasil.
Bothrops alternatus no Rio Grande do Sul, no Brasil.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Subordem: Serpentes
Família: Viperidae
Género: Bothrops
Espécie: B. alternatus
Nome binomial
Bothrops alternatus
(Duméril, Bibron & Duméril, 1854)
Sinónimos
  • Craspedocephalus Brasiliensis (non Lacépède) Gray, 1849
  • Bothrops alternatus A.M.C. Duméril, Bibron & A.H.A. Duméril, 1854
  • Trigonocephalus alternatus
    Jan, 1859
  • Lachesis alternatus
    Boulenger, 1896
  • Lachesis alternata Boettger, 1898
  • Lachesis inaequalis Magalhaes, 1925
  • Bothrops alternata Amaral, 1925
  • Lachesis (Bothrops) alternata
    – Gliesch, 1931
  • Trimeresurus alternatus
    Pope, 1944
  • Bothrops alternatus
    J.A. Peters & Orejas-Miranda, 1970[1]
  • Rhinocerophis alternatus
    – Fenwick et al., 2009[2]

Etimologia editar

"Urutu" é oriundo do tupi uru'tu[3]. "Urutu-cruzeiro", "cruzeiro" e "cruzeira" são referências à mancha cruciforme presente na cabeça dos indivíduos da espécie[3].

Características editar

O alimento preferido da urutu são preás e outros pequenos roedores. Frequentemente encontrada em banhados e brejos, a urutu, que é ovovípara, produz, em cada parto, de 10 a 15 filhotes, que já nascem bem desenvolvidos, embora ainda encerrados em membranas ovulares. A incubação dos ovos processa-se no interior do organismo materno.

Ágil nos botes e muito peçonhenta, a urutu chama a atenção pelo padrão que lhe adorna a pele: manchas em forma de ferradura dispõem-se em sequência sob o fundo castanho-escuro do dorso, enquanto a parte inferior de seu corpo é esbranquiçada ou creme.

 
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Referências

  1. McDiarmid RW, Campbell JA, Touré T. 1999. Snake Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference, Volume 1. Herpetologists' League. 511 pp. ISBN 1-893777-00-6 (series). ISBN 1-893777-01-4 (volume).
  2. The Reptile Database. www.reptile-database.org.
  3. a b c FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 744

Ver também editar

Ligações externas editar

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