A família Viperidae (Filo Chordata, Classe Reptilia), as famosas víboras, constitui um dos mais notáveis grupos de serpentes do mundo, compreendendo cerca de 362 espécies, e apresentando ampla distribuição geográfica [1]. As víboras são caracterizadas pelo seu complexo mecanismo de inoculação de veneno[2] e nesta família estão as serpentes causais da maior quantidade de acidentes ofídicos da América [3], sendo, portanto, de grande importância médica [4]. Para o Brasil, são registradas 32 espécies de viperídeos, sendo 2 do gênero Bothrocophias (Amaral, 1935), 28 do gênero Bothrops (Wagler, 1824), 1 do gênero Crotalus (Linnaeus, 1758) e 1 do gênero Lachesis (Linnaeus, 1766) [5], conhecidas popularmente como jararacas (Bothrops e Bothrocophias), cascavéis (Crotalus) e surucucus (Lachesis).

Como ler uma infocaixa de taxonomiaViperidae
Lachesis muta
Lachesis muta
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Superclasse: Tetrapoda
Classe: Reptilia
Subclasse: Lepidosauria
Ordem: Squamata
Subordem: Serpentes
Superfamília: Colubroidea
Família: Viperidae
Subfamílias

Etimologia editar

Vipera, como mostra sua possível etimologia (uipera < uiuus + pario: aquela que pare os filhotes vivos), designa o ofídio venenoso de reprodução vivípara.

Surgimento e Diversificação editar

Acredita-se que o grupo dos viperídeos tenha se originado na África ou na Ásia, sendo que, atualmente, ocorre tanto no Velho quanto no Novo Mundo. [6] [4] Diversos trabalhos baseados em dados moleculares têm apontado os crotalíneos do Novo Mundo como uma linhagem monofilética, que teria colonizado a América do Norte a partir de ancestrais asiáticos, possivelmente via Estreito de Bering, em um evento único [7] [8] [9]. Essa linhagem teria conquistado e se diversificado por todo o continente americano nos últimos 10 a15 milhões de anos, originando os 12 gêneros reconhecidos atualmente [10] [4].

Investigações sobre a origem e evolução das serpentes peçonhentas na América do Sul sugerem que as diversidades morfológica e ecológica, características do gênero Bothrops, podem ser resultado de uma colonização do continente antes desprovido de viperídeos, seguida de uma rápida radiação adaptativa durante o Mioceno (10-23MA) [11].

Filogenia e Classificação editar

Caenophidia reúne todas as serpentes peçonhaentas atuais, compreendendo famílias como Dipsadidae, Colubridae, Elapidae e a própria família Viperidae. Como as víboras são consideradas um grupo clinicamente importante, diferentes aspectos de sua biologia têm sido amplamente estudados [12] [6] [13], mas sua dinâmica macroevolutiva e alguns aspectos de suas relações filogenéticas ainda são mal entendidos. As suas 362 espécies estão atualmente organizadas em 35 gêneros, pertencentes a três subfamílias: Viperinae, Azemiopinae e Crotalinae [14]. Viperinae, ou as “víboras verdadeiras”, compreendem 98 espécies, enquanto Azemiopinae compreende apenas duas, sendo ambas as subfamílias restritas ao Velho Mundo [15] [14]. Crotalinae, ou víboras-de-fosseta, é a linhagem de víboras mais diversa e amplamente distribuída, compreendendo cerca de 229 espécies [16] [14] e ocorrendo tanto no Velho quanto no Novo Mundo.

Caenophidia
Viperidae

Viperinae

Azemiopinae  

Crotalinae

Elapidae

Colubridae

Dipsadidae

Árvore filogenética adaptada de Reyes-Velasco et al. (2014) [17]

Características Morfológicas e Diversidade Brasileira editar

 
Crânio de serpente do gênero Crotalus, pode-se observar facilmente as grandes presas utilizadas na injeção do veneno (dentição solenóglifa).

A grande maioria das serpentes da família Viperidae são caracterizadas pela presença da fosseta loreal, da dentição com longas presas retráteis do tipo solenóglifa (dentes inoculadores localizados anteriormente no "céu" da boca, que se projetam num ângulo de 90º no momento do bote) conectadas a glândulas de veneno e de escamas carenadas ou tuberculosas, como no caso das Lachesis [18] [19] . Os viperídeos atingem tamanhos variados, desde pequenas serpentes como a Bitis schneideri, com no máximo 20 cm, até as Lachesis muta, que podem alcançar 3,6 m de comprimento[20] [16]. Certas regras utilizadas para identificar uma víbora como pupila do olho (vertical ou redonda), escamas dorsais (carenadas ou lisas), forma da cabeça (triangular ou arredondada) e tamanho da cauda (se afila bruscamente ou se é longa) não são aplicáveis as espécies brasileiras devido a inúmeras exceções[21].

O Brasil é conhecido por suas extensas áreas coberta por florestas e outros biomas endêmicos. Essa rica biodiversidade pode ser observada também para as serpentes, em especial, para as víboras brasileiras. Sua ampla variedade de espécies estão agrupadas em 4 gêneros no Brasil, que se distribuem sobre todo o território: Bothrocophias, Bothrops, Crotalus e Lachesis.

Bothrocophias editar

 
Bothrocophias hyoprora

O gênero Bothrocophias, também chamadas por jararaca-nariguda [22], compreende cinco espécies que ocorrem no noroeste da América do Sul em florestas de várzea e florestas úmidas de montanha, incluindo floresta nublada. Esse gênero é reconhecido por ter um menor tamanho corporal em relação às outras víboras, raramente excedendo 80 cm de comprimento total, e são animais terrestres e noturnos [16]. Duas espécies deste gênero são registradas no Brasil: Bothrocophias hyoprora e Bothrocophias microphthalmus, sendo B. hyoprora mais comumente encontrada.

A espécie B. hyoprora é caracterizada tanto pela coloração avermelhada escura, cinza e marrom na parte posterior da cabeça e do corpo, além disso, a área frontal da cabeça mostra uma elevação do focinho, semelhante à dos porcos, por isso seu nome grego hyoprora refere-se ao focinho do porco. Já B. microphtalmus apresenta coloração café ao cinza, e seu nome científico também provém de palavras gregas que significa “víbora de olhos pequenos” [23].

Bothrops editar

 
Bothrops jararaca

Bothrops, o famoso grupo das jararacas, é amplamente distribuído pela América Latina, com grande diversificação nas paisagens da América do Sul. Esses animais ocorrem em diversos ambientes, como florestas, ambientes secos como a caatinga e o cerrado, regiões montanhosas e ilhas oceânicas; e ocupam diferentes estratos ecológicos: arborícolas, semi-arborícolas e terrestres [24] [10] [16]. Apresentam hábito predominantemente noturno e, quando ameaçadas, podem ser agressivas, sendo responsáveis por cerca de 90% dos acidentes ofídicos no Brasil. As principais táticas defensivas são a camuflagem e o bote. [25] [26] [27] [28].

 
Bothrops jararacussu, com setas indicando a posição da fosseta loreal (em amarelo) e narinas (em azul).

Os representantes do gênero Bothrops mostram uma grande diversidade de tamanho, variando entre 30 cm e 180 cm [16]. Em geral, as espécies semi-arborícolas apresentam corpo menos robusto e cauda mais alongada do que as terrícolas. Algumas espécies apresentam coloração variada, apresentando de tons castanhos claros a preto, com manchas em forma de “v” invertido ao longo do corpo, como a Bothrops jararaca. [25] [26]

A "Ilha das Cobras", também conhecida por “Ilha da Queimada Grande” devido as grandes queimadas[29], é famosa por suas lendas e misticismos que envolvem a víbora que lá existe, a jararaca ilhoa, Bothrops insularis[30]. A jararaca ilhoa é endêmica da Ilha e considerada ameaçada de extinção. Devido a essa vulnerabilidade, são mantidas cinco populações de B. insularis em plantéis de quatro institutos de ensino e pesquisa para fins de reprodução e conservação ex situ [30].

Crotalus editar

 
Crotalus durissus (Linnaeus, 1758). Na foto, é possível observar o chocalho na extremidade da cauda.

Conhecidas popularmente por cascavéis, as serpentes do gênero Crotalus são terrestres, robustas, pouco ágeis e caracterizadas pela presença de um apêndice caudal semelhante a um chocalho, essa adaptação se deu pela modificação das últimas escamas da cauda, associadas à fusão das últimas vértebras. O número de segmentos no guizo aumenta conforme a serpente troca de pele, deixando assim um remanescente da última troca na ponta do chocalho [31] [32]. Quanto a isso, vemos que há um equívoco em tentar decifrar a idade das cascavéis pelo número de segmentos no guizo, pois cada segmento surge a cada troca de pele e não por ano de vida do animal.

As cascáveis ocorrem do sul do Canadá até a Argentina e também são encontradas em uma grande variedade de habitats, como campos abertos, áreas secas, arenosas, pedregosas e, mais raramente, na faixa litorânea. Sua distribuição pelo país está em expansão, fato que pode ser explicado devido ao alto poder de adaptação dessas serpentes a ambientes modificados pelo homem [33] [34].

Lachesis editar

 
Lachesis muta

Conhecidas popularmente como surucucus ou surucucus-pico-de-jaca, devido à textura de suas escamas, as serpentes do gênero Lachesis são distinguíveis por possuírem cabeça grande, volumosa, destacada do corpo; olho pequeno em relação a cabeça e corpo, com a pupila vertical; e a presença de escamas tuberculares, ora mais ora menos pronunciados dependendo da espécie, característica esta que fez com que o povo da Amazônia ligasse estas protuberâncias com a casca da conhecida fruta chamada “jaca", daí o nome de "surucucu pico de jaca" para este ofídio [18].

As surucucus podem alcançar entre 2 e 2,5 m de comprimento (o maior espécime conhecido media 3,65 m), sendo a maior víbora do Brasil e uma das maiores do mundo. Habitam zonas arborizadas e remotas na América Central e América do Sul. [35] [36].

Alimentação editar

As víboras podem ser generalistas ou especialistas, com a dieta variando de acordo com a espécie e fase do ciclo de vida. Em geral, elas são carnívoras e se alimentam de diversos organismos, como mamíferos, aves, anfíbios, peixes, répteis (podendo se alimentar, inclusive, de outras serpentes), artrópodes e moluscos[37]. A captura da presa é feita , geralmente, pela técnica de espreita, que consiste em bote, soltura da presa, rastreamento e ingestão. O veneno é inoculado comumemente apenas uma vez. Em algumas espécies de Bothrops, por exemplo, os jovens se alimentam principalmente de anfíbios anuros, em menor extensão de lagartos[38] e, eventualmente, de pequenos roedores[39], enquanto os indivíduos adultos se alimentam principalmente de roedores, desde camundongos até preás e, eventualmente, de presas ectotérmicas[40].

Reprodução editar

Além da grande riqueza de espécies, os viperídeos também impressionam pela sua diversidade reprodutiva, abrangendo espécies tanto ovíparas quanto vivíparas [12]. Nas regiões tropicais e subtropicais é possível encontrar espécies capazes de se reproduzir continuamente ao longo de todo o ano [41], entretanto, a frequência dessas espécies é muito menor do que o esperado por alguns autores [42] , e parte considerável das espécies tropicais já estudadas apresentam ciclo sazonal, como é o caso dos crotalíneos [43] [44] [45] [46] [47] [48] [49]. Em algumas espécies vivíparas, a fertilização dos óvulos não apresenta sincronia com o acasalamento, que se dá na estação seca, enquanto que a ovulação e a fertilização só ocorrem na estação chuvosa. Isso se deve ao evento de estocagem espermática, ou seja, a retenção do esperma do macho no corpo da fêmea até a época ideal de fertilização e gestação. O tempo de gestação é de 155 dias, em média. [50]

 
Ovos de Lachesis melanocephala já eclodidos.

As espécies do gênero Bothrops mostram algumas características reprodutivas conservadas em relação aos crotalíneos de regiões temperadas, como o nascimento dos filhotes no verão e início de outono, e outras características distintas, como período de cópula no outono/inverno [51]. São vivíparas e, diferentemente das surucucus, dão a luz a filhotes já formados, isto é, os recém-natos são semelhantes ao indivíduo adulto, com cerca de 20 cm, de ninhadas de 3 a 35 indivíduos, principalmente entre os meses de fevereiro e março.[52] [28] [53].

Ambas as espécies de Bothrocophias que ocorrem no Brasil são vivíparas e seu período reprodutivo ainda não é muito bem definido, no entanto se sabe que ocorre, geralmente, concomitantemente aos períodos chuvosos e podem parir de 30 à 40 filhotes por ninhada.[23]

O ciclo reprodutivo de Crotalus durissus é bastante similar ao de outras cascavéis da região temperada, com acasalamento ocorrendo somente no outono e a ovulação ocorrendo na primavera.

As cascavéis brasileiras não hibernam e a vitelogênese, isto é, a formação do vitelo, acontece durante o inverno [54]. Exceto, talvez, por Bothrocophias colombianus [16], Lachesis é o único viperídeo ovíparo neotropical, fato que a diferencia dos outros crotalíneos neotropicais [55]. Sua época de cópula acontece por volta do final do outono até o inverno, e sua ovulação no final do inverno e início da primavera[16].

Veneno e Acidentes editar

Homem e serpente sempre se relacionaram, sendo as serpentes, desde tempos remotos, parte do místico e do imaginário popular[56]. Apesar de um não fazer parte da cadeia alimentar do outro, com raras exceções, os encontros casuais geralmente acabam com prejuízo para um dos lados, seja o homem ferindo ou matando a serpente, ou o contrário[57].

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou 2,7 milhões de acidentes ofídicos com humanos anualmente no mundo[58]. O Brasil é o terceiro país, junto ao Vietnã, em número de acidentes com serpentes peçonhentas no mundo, atrás apenas de Índia e Sri Lanka[59]. Por se tratar de um fenômeno que ocorre em maior frequência em regiões tropicais, onde os indivíduos carecem de sistemas de saúde plenamente organizados e preparados, bem como meios para acessá-lo, os acidentes ofídicos representam um grande problema de saúde pública para os países em desenvolvimento[60], sendo incluídos na Lista de Doenças Tropicais Negligenciadas[58].

Acidentes Ofídicos e Sintomatologia
Acidente Gênero Porcentagem dos Acidentes Atividade Biológica Sintomas
Botrópico Bothrocophias e Bothrops 87% dos acidentes no Brasil[61] Proteolítica e hemorrágica Dor, edema, sangramento, linfadenomegalia, equimose, aparecimento de bolhas e necrose tecidual. A necrose é a complicação mais grave, pois está relacionada aos casos de amputação de membros e distúrbios funcionais permanentes [52] [28]. A sintomatologia sistêmica, ou seja, aqueles sintomas manifestados distantes do local da picada, inclui sangramentos (gengivorragia, hematúria, epistaxe, petéquias, equimoses e púrpuras), incoagulabilidade sanguínea, devido ao consumo dos fatores de coagulação, e plaquetopenia. Além desses, a literatura ainda evidencia outros sintomas como vômito, sudorese, hipotensão arterial, insuficiência renal aguda e, mais raramente, choque anafilático [26] [62] [52] [28] [63].[64]
Crotálico Crotalus 9% dos acidentes no Brasil[61] miotóxica e

neurotóxica

Quase não produz lesões locais, porém pode causar paralisia flácida da musculatura esquelética (principalmente ocular e facial), fazendo com que o acidentado aparente estar embriagado. Outros quadros clínicos são insuficiência respiratória, sangramento e distúrbios da coagulação. A ação miotóxica da peçonha afeta principalmente os rins, o que pode levar à um quadro de insuficiência renal aguda [26].
Laquético Lachesis 3% dos acidentes no Brasil [61] Proteolítica, hemorrágica e neurotóxica A peçonha é inoculada em grandes quantidades no momento da picada (200-400 mg), podendo levar à morte. Lesões tissulares evidentes (edema, hemorragia e necrose), náuseas, coagulopatias, hipotensão, bradicardia, diarreia, vômitos, transtornos de choque e alterações renais [65].

O que fazer ao se envolver em um acidente ofídico? editar

Observa-se em diversas regiões do Brasil a aceitação de um estereótipo negativo para todas as serpentes, que são geralmente consideradas como “animais perigosos”. Tal situação, associada a alguns aspectos da cultura popular, pode potencializar conflitos entre a espécie humana e as serpentes [66] [67], influenciando negativamente no modo como as pessoas interagem com este grupo [68]. Em casos de acidentes é recomendável que:

  • Se possível, lave com sabão e água corrente o local da picada ou da mordida, prevenindo possíveis infecções secundárias.
  • Mantenha o membro levantado, diminuindo assim a circulação sanguínea local e com isso retardando a dispersão do veneno no organismo .
  • Beba bastante água, já que algumas víboras podem causar lesões nos rins e a água irá ajudar na recuperação do indivíduo.
  • Não é necessário fotografar o animal para a identificação. O médico capacitado consegue reconhecer o grupo de víbora através dos sintomas que o paciente apresenta.
  • Procure um hospital. É recomendável consultar hospitais que possuem soro antiofídico próximos a sua região.[69]

O que NÃO fazer ao se envolver em um acidente ofídico? editar

  • Não amarrar o membro ferido, pois pode complicar a circulação do sangue, potencializando também o efeito local do veneno e assim aumentando os efeitos necrosantes e resultar na perda do membro afetado.
  • Não cortar o local da picada, o corte pode aumentar o risco de infecção, além de poder causar hemorragia.
  • Não chupar o local da picada, após a inoculação é impossível retirar o veneno.
  • Não colocar nada sobre o ferimento que não seja antisséptico.
  • Não ingerir bebidas alcoólicas, pois isso pode dificultar a identificação do quadro clínico, retardando a prestação de socorro ao acidentado. [70]

Conservação editar

A fauna de répteis Neotropicais está entre as mais ricas e diversificadas do mundo[71], no entanto a crise atual da biodiversidade exige a detecção urgente de prioridades para a conservação [72] [73]. Esforços para medir e mapear a biodiversidade de répteis de maneira eficaz representam um grande desafio para a ciência da conservação, sendo necessárias informações de endemismo das espécies e suas relações filogenéticas e tipos de pressões antrópicas sofridas[74]. Para aperfeiçoar a conservação, precisamos de um melhor entendimento dos aspectos biológicos de cada espécie e suas distribuições, por exemplo através pesquisas de campo estratégicas e manutenção de bases de dados eletrônicas e das coleções de museus [75], que exigem investimento e autonomia em suas pesquisas.

São reconhecidos vários fatores globais de ameaça aos répteis, incluindo perda e degradação de habitat, introdução de espécies exóticas, parasitismo, poluição, mudanças climáticas e pressão devido a urbanização e superexploração humana. [76] A preservação de habitats e o controle da exploração direta são medidas efetivas para a conservação dos répteis, sendo as unidades de conservação estaduais e federais e terras indígenas uma estratégia-chave, que acabam, inclusive, por potencializar também a conservação de outros grupos e espécies sobre os quais não dispomos de informações filogenéticas e espaciais [77] [71] [78].

Lista de Víboras Ameaçadas de Extinção no Brasil
Espécie Nome Popular Endemismo Avaliação de risco (2018)[79] Avaliação Nacional Anterior Ameaças Presença em Unidades de Conservação
Bothrops alcatraz (Marques, Martins & Sazima, 2002) Jararaca-de-alcatrazes Endêmica do Brasil, da Ilha dos Alcatrazes SP Criticamente em Perigo (CR) B1ab(iii)+2ab(iii) CR B1ab(iii) Destruição de habitat devido incêndios provocados pela Marinha do Brasil, que utiliza um paredão da ilha como área de treino de tiros de canhão. A espécie não ocorre em unidades de conservação.
Bothrops insularis (Amaral, 1922) Jararaca-ilhoa Endêmica do Brasil, da Ilha da Queimada Grande, SP Criticamente em Perigo (CR) B1ab(v)+2ab(v) CR B1ab(iii) Queimadas na ilha. Além disso, há evidências de capturas ilegais dessa jararaca. APA Marinha do Litoral Centro, ARIE Ilhas da Queimada Pequena e Queimada Grande
Bothrops muriciensis (Ferrarezzi & Freire, 2001) Jararacuçu-de-murici Endêmica do Brasil, conhecida de apenas um registro na ESEC de Murici, estado de Alagoas, em fragmento florestal pequeno. Em Perigo (EN) B1ab(iii,v)+2ab(iii,v) DD Pressão contínua de perda e degradação de habitat. ESEC de Murici, Alagoas
Bothrops otavioi (Barbo, Grazziotin, Sazima, Martins & Sawaya, 2012) Nome comum desconhecido Endêmica do Brasil Criticamente em Perigo (CR) B1ab(iii,v)+2ab(iii,v) Não consta Perda e destruição de habitat devido desmatamento, atividade agrícola e introdução de animais domésticos, além da eliminação direta por parte da população local. APA Marinha do Litoral Norte, PE de Ilhabela, SP.
Bothrops pirajai (Amaral, 1923) Jararacuçu-tapete Endêmica do Brasil, típica de Mata Atlântica. Em Perigo (EN) B1ab(iii) EN B1ab(iii) Perda ou alteração de habitat devido intensa exploração agrícola e turística. A maior parte da área de ocorrência conhecida de B. pirajai abrange a zona cacaueira do sudeste da Bahia. ESEC de Wenceslau Guimarães, APA Pratigi, BA.

• (EN) em perigo; • (iii) área, extensão e/ou qualidade do habitat; • (B1) extensão de ocorrência  ; • (DD) dados insuficientes; • (B2) área de ocupação; • (a) população severamente fragmentada; • (b) declínio continuado • (v) número de indivíduos maduros.[79]

Ver também editar

Referências

  1. UETZ, P., FREED, P. & HOSEK, J. (Eds.) (2020) The Reptile Database. Available from: http://www.reptile-database.org (accessed 28 August 2020)
  2. KARDONG, K.V.; LAVIN-MURCIO, P.A., 1993. Venom delivery of snakes as high-pressure and low-pressure. Copeia 1993(3), 644-650.
  3. GUTIÉRREZ, J. M. et al. Snakebite envenoming. Nature reviews Disease primers, v. 3, n. 1, p. 1-21, 2017.
  4. a b c WÜSTER, W. et al. A nesting of vipers: phylogeny and historical biogeography of the Viperidae (Squamata: Serpentes). Molecular Phylogenetics and Evolution, v. 49, n. 2, p. 445-459, 2008.
  5. COSTA, H. C.; BÉRNILS, R. S. Répteis do Brasil e suas Unidades Federativas: Lista de espécies. Herpetologia Brasileira, v. 7, n. 1, p. 11-57, 2018.
  6. a b GREENE, H.W. Snakes: the evolution of mystery in nature. Univ of California Press, 1997.
  7. GUTBERLET J.R.; RONALD L .; HARVEY, M. B. Relações filogenéticas de pitvipers do Novo Mundo como inferidas de evidências anatômicas. Biologia das Víboras. Eagle Mountain Publishing, Eagle Mountain, Utah, EUA , p. 51-68, 2002.
  8. PARKINSON, C.L. et al. Análise filogenética multigênica de pitvipers, com comentários sobre sua biogeografia. Biology of the Vipers , v. 9, p. 3-110, 2002.
  9. CASTOE, T. A .; PARKINSON, C. L. Modelos mistos bayesianos e a filogenia de pitvipers (Viperidae: Serpentes). Filogenética molecular e evolução , v. 39, n. 1, pág. 91-110, 2006.
  10. a b LAMAR, W.W. et al. The venomous reptiles of Latin America. Comstock Pub. Associates, 1989.
  11. WÜSTER, W. et al. Origins and evolution of the South American pitviper fauna: evidence from mitochondrial DNA sequence analysis. Biology of the Vipers, p. 111-128, 2002.
  12. a b FENWICK, A.M.; GREENE, H. W.; PARKINSON, C. L. The serpent and the egg: unidirectional evolution of reproductive mode in vipers?. Journal of Zoological Systematics and Evolutionary Research, v. 50, n. 1, p. 59-66, 2012.
  13. MARTINS, M. et al. 2001. Diversity and evolution of macrohabitat use, body size and morphology in a monophyletic group of Neotropical pitvipers (Bothrops). Journal of Zoology, 254: 529–538.
  14. a b c UETZ, P.; HOŠEK, J. The Reptile Database [WWW Document]. URL: http://www. reptile-database. org/(accessed 27.03. 14), 2014.
  15. PHEKPS, T. Old world vipers. A natural history of the Azemiopinae and Viperinae. Chimaira, Frankfurt, 558 pp. (2010)
  16. a b c d e f g CAMPBELL, J. A. et al. The venomous reptiles of the western hemisphere. Ithaca [NY]: Comstock Pub. Associates, 2004.
  17. REYES-VELASCO, J . et al. Expression de homólogos de genes de veneno em diversos python tissues sugere um novo modelo para a evolução of veneno de cobra. Mol. Biol. Evolut. 2014 , 32 , 173-183, doi: 10.1093 / molbev / msu294.
  18. a b CUNHA, O.R.; F.P. NASCIMENTO. 1978. Ofidios da Amazônia. X. As cobras da região leste do Pará. Publ. Avulsos Mus. Par. E. Goeldi, Belém, 31: 1-218. ---o 1993. Ofidios da Amazônia. 10. As cobras da região leste do Pará. BoI. M uso Par. E. Goeldi, ser. zool., Belém, 9 (I): 1-191.
  19. GIRAUDO, A.R. Serpientes de la Selva Paranaensey del Chaco Húmedo. Buenos Aires. Literature ofLatin America. 328 pp. 2001.
  20. UETZ, P. The original descriptions of reptiles. Zootaxa, v. 2334, n. 1, p. 59-68, 2010.
  21. BERNARDE, Paulo Sérgio. Acidentes ofídicos. Laboratório de Herpetologia-Centro Multidisciplinar, 2009.
  22. RONALD L.; GUTBERLET, J. R.; CAMPBELL, J. A. Generic recognition for a neglected lineage of South American pitvipers (Squamata: Viperidae: Crotalinae), with the description of a new species from the Colombian Chocó. American Museum Novitates, v. 2001, n. 3316, p. 1-16, 2001.
  23. a b Torres-Carvajal, O. Reptiles del Ecuador Guía dinámica reptiles. Ecuador: Pontificia Universidad Católica del Ecuador. 2018. Retrieved from https://bioweb.bio/faunaweb/reptiliaweb/GuiasPDF/
  24. MARTINS, M. et al Diversity and evolution of macrohabitat use, body size and morphology in a monophyletic group of Neotropical pitvipers (Bothrops). J. Zool. 254(4):529-538.2001.
  25. a b FUNASA, MdS. Manual de Diagnóstico e Tratamento por Animais Peçonhentos.
  26. a b c d PINHO, F. M. O.; PEREIRA, I. D. Ofidismo. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 47, n. 1, p. 24-29, 2001.
  27. YAMASHITA, K. M. et al. As metaloproteinases do veneno de Bothrops jararaca são essenciais para a coagulopatia e aumentam os níveis de fator tecidual do plasma durante o envenenamento. PLoS Negl Trop Dis , v. 8, n. 5, pág. e2814, 2014.
  28. a b c d SENISE, L. V. Avaliação dos distúrbios hemostáticos induzidos por venenos de serpentes Bothrops jararaca (Squamata: Viperidae) adultas e filhotes e eficácia do tratamento com soro antibotrópico. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. 2014.
  29. AMARAL, A. do. Contribuição ao conhecimento dos ophidios do Brasil. IV. Lista remissiva dos ophidios do Brasil. Memórias do Instituto Butantan, v. 4, p. 71-125, 1929.
  30. a b MARQUES, O. A.V; MARTINS, M.; SAZIMA, I. A new insular species of pitviper from Brazil, with comments on evolutionary biology and conservation of the Bothrops jararaca group (Serpentes, Viperidae). Herpetologica, v. 58, n. 3, p. 303-312, 2002.
  31. GIMÉNEZ, A. R. M. Criação e manejo de serpentes. Andrade. A; Pinto. S. C.; Oliveira. R. S. Animais de laboratório: Criação e Experimentação. Editora FIOCRUZ. p. 175-199,2002
  32. MELGAREJO, A. R. Serpentes peçonhentas do Brasil. Animais peçonhentos no Brasil: biologia, clínica e terapia dos acidentes , p. 33-61, 2003.
  33. BASTOS, E. G. de M .; DE ARAÚJO, A.F.B; SILVA, H. R. da. Registros das cascavéis Crotalus durissus terrificus (Laurenti) (Serpentes, Viperidae) no Estado do Rio de Janeiro, Brasil: um possível caso de invasão facilitada pelo desmatamento. Revista Brasileira de Zoologia , v. 22, n. 3, pág. 812-815, 2005.
  34. MARQUES O.A.V; ETEROVIC, A.; ENDO W. Seasonal activity of snakes in the Atlantic Forest in southeastern Brazil. Amphibia-Reptilia 22(1): 103-111. 2001.
  35. AYERBE, S.; LATORRE, J. Manual para la prevención y mejoramiento en la atención del paciente con accidente ofídico. Popayán: [s.n.]. Popayán, Mayo de 2009.
  36. PLA, D. et al. Snake venomics of Lachesis muta rhombeata and genus-wide antivenomics assessment of the paraspecific immunoreactivity of two antivenoms evidence the high compositional and immunological conservation across Lachesis. Journal of proteomics, v. 89, p. 112-123, 2013.
  37. ROCHA-BARBOSA, O. et al. (2015). Reptilia. In: Evanilde, B. Biologia dos Vertebrados. Rio de Janeiro, Editora Roca, p. 142 –174.
  38. HARTMANN, P.A.; HARTMANN, M.T. ; GIASSON, L.O.M. (2003). Uso do hábitat e alimentação em juvenis de Bothrops jararaca (Serpentes, Viperidae) na Mata Atlântica do sudeste do Brasil. Phyllomedusa, 2(1): 35-41.
  39. SAZIMA, I.; amp; HADDAD, C.F.B. (1992). Répteis da Serra do Japi: notas sobre história natural, Pp.212- 236. In: L.P.C. Morellato (Org.). História natural da Serra do Japi: ecologia e preservação de uma área florestal no Sudeste do Brasil. Editora da UNICAMP/FAPESP, Campinas, 321p.
  40. MARTINS, M.; MARQUES, O.A.V.; SAZIMA, I. (2002). Ecological and phylogenetic correlates of feeding habits in neotropical pitvipers of the genus Bothrops, Pp. 1-22. In: G.W. Schuett; M. Höggren; M.E. Douglas &amp; H.W. Greene (Eds.). Biology of the vipers. Eagle Mountain, Utah, 580p.
  41. MATHIES, T. Reproductive cycles of tropical snakes. Reproductive biology and phylogeny of snakes, v. 9, p. 511-550, 2011.
  42. SOUZA, E. de. Biologia Reprodutiva da surucucu-pico-de-jaca (Lachesis muta): de Norte a Nordeste do Brasil. 2020.
  43. ALMEIDA-SANTOS, S. M.; SALOMÃO, M. G. Reproduction in neotropical pitvipers, with emphasis on species of the genus Bothrops. Biology of the Vipers, v. 1, p. 445-462, 2002.
  44. ALMEIDA-SANTOS, S. M. et al. Reproductive Biology of the Brazilian Lancehead Bothrops moojeni (Serpentes, Viperidae), from the State of São Paulo, Southeastern Brazil . South American Journal of Herpetology, [s. l.], v. 12, n. 2, p. 174–181, 2017.
  45. BARROS, V. A.; ROJAS, C. A.; ALMEIDA-SANTOS, S. M. Reproductive Biology of Bothrops erythromelas from the Brazilian Caatinga. Advances in Zoology, [s. l.], v. 2014, p. 1–11, 2014a.
  46. BARROS, V. A.; SUEIRO, L. R.; ALMEIDA-SANTOS, S. M. Reproductive biology of the neotropical rattlesnake Crotalus durissus from northeastern Brazil: A test of phylogenetic conservatism of reproductive patterns. Herpetological Journal, [s. l.], v. 22, n. 2, p. 97–104, 2012.
  47. MARQUES, O. A. V. Biologia reprodutiva da cobra-coral Erythrolamprus aesculapii Linnaeus (Colubridae), no sudeste do Brasil. Revista brasileira de Zoologia, v. 13, n. 3, p. 747-753, 1996.
  48. NOGUEIRA, C.; SAWAYA, R.J.; MARTINS, M. Ecology of the pitviper, Bothrops moojeni, in the Brazilian Cerrado. Journal of Herpetology, v. 37, n. 4, p. 653-659, 2003.
  49. SHINE, R. Reproductive strategies in snakes. Proceedings of the Royal Society of London. Series B: Biological Sciences, v. 270, n. 1519, p. 995-1004, 2003.
  50. LIRA-DA-SILVA, R. M. et al. Contribuição à biologia de serpentes da Bahia, Brasil: I. vivíparas. Revista Brasileira de Zoologia, v. 11, n. 2, p. 187-193, 1994.
  51. SHINE, R.. Reprodução em cobras elapídeos australianas I. Ciclos testiculares e estações de acasalamento. Australian Journal of Zoology , v. 25, n. 4, pág. 647-653,1977.
  52. a b c YAMASHITA, K.M. Patogênese dos distúrbios hemostáticos sistêmicos induzidos pelo veneno da serpente Bothrops jararaca. 2013. 99f. Dissertação (Mestrado) – Programa de PósGraduação em Ciências Médicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo-SP.
  53. SEIGEL, R.A.; HUGGINS, M. M.; FORD, N. B. Reduction in locomotor ability as a cost of reproduction in gravid snakes. Oecologia, v. 73, n. 4, p. 481-485, 1987.
  54. ALMEIDA-SANTOS, S. M.; LAPORTA-FERREIRA, I. L.; PUORTO, G. Ritual de combate em Crotalus durissus. Anais da Academia Brasileira de Ciências, v. 62, p. 418, 1990.
  55. AMARAL, A. do. South American snakes in the collection of the United States National Museum. Proceedings of the United States National Museum, 1925.
  56. RIBEIRO, M.G. Imaginário da serpente de A a Z. Campina Grande: EDUEPB; 2017.
  57. HARTMANN, M.T; MARQUES, A.O., ALMEIDA-SANTOS, S.M. Reproductive biology of the southern Brazilian pitviper Bothrops neuwiedi pubescens (Serpentes, Viperidae). Amphibia-Reptilia 2004; 25(1):77-85.
  58. a b WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Snakebite under spotlight in Oxford [página na Internet]. 2017 [acessado 2017 Set 20]. Disponível em: http://www.who.int/snakebites/news/Snakebite_under_spotlight_in_Oxford/en
  59. KASTURIRATNE A. et al. The Global Burden of Snakebite: A Literature Analysis and Modelling Based on Regional Estimates of Envenoming and Deaths. PLoS Med 2008; 5(11):e218.
  60. GUTIÉRREZ, J.M. et al. Preclinical Evaluation of the Efficacy of Antivenoms for Snake bite Envenoming: State-ofthe-Art and Challenges Ahead. Toxins (Basel) 2017; 9(5):163.
  61. a b c MATOS, R.R.; IGNOTTI, E. Incidência de acidentes ofídicos por gêneros de serpentes nos biomas brasileiros. Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, p. 2837-2846, 2020.
  62. MOTTA, Y. P. da. Aspectos clínico, laboratorial e histopatológico da intoxicação experimental pelos venenos das serpentes Bothrops jararaca e Crotalus durissus terrificus em ratos Wistar tratados com antiveneno e Mikania glomerata. 2008.
  63. MORAIS, I.C.O. et al. A L-aminoácido oxidase do veneno de Bothrops leucurus induz nefrotoxicidade via apoptose e necrose. PLoS One , v. 10, n. 7, pág. e0132569, 2015.
  64. MACÊDO, J. K.A. Análise da peçonha de Bothropoides marmoratus, com ênfase na caracterização de proteínas com atividade antimicrobiana e/ou antitumoral. 2011.
  65. STEPHANO, M. A. et al. Atividade do veneno de Lachesis muta muta sobre a resposta imune humoral a antigenos não relacionados. 2000.
  66. CARDOSO, J.L.C. et al. Animais peçonhentos no Brasil. Biologia, clínica e terapêutica dos acidentes. Sarvier, São Paulo. 2003.
  67. ARGÔLO, A.J.S. As serpentes dos cacauais do sudeste da Bahia. Editora da UESC, Ilhéus. 2004.
  68. VIZOTTO, L.D. Serpentes: lendas, mitos, superstições e crendices. Plêiade, São Paulo. 2003.
  69. MIRANDA, J. R. Acidentes com serpentes peçonhentas: prevenção, identificação, cuidados com os acidentados e soroterapia. Embrapa Territorial-Comunicado Técnico (INFOTECA-E), 2003.
  70. CHAO, M. (1 de junho de 2008). «Veneno de cobra». Planeta. Consultado em 11 de novembro de 2018 
  71. a b RODRIGUES, Miguel Trefaut. Conservação dos répteis brasileiros: os desafios para um país megadiverso. Megadiversidade, v. 1, n. 1, p. 87-94, 2005.
  72. MYERS, C.W.; DONNELLY, M.A. 2001. Herpetofauna of the Yutaje –Corocoro Massif, Venezuela: second report from the Robert G. Goelet American Museum–Terramar Expedition to the Northwestern Tepuis. Bull Am Mus Nat Hist 261: 1– 85.
  73. BROOKS, Thomas M. et al. Prioridades globais de conservação da biodiversidade. ciência , v. 313, n. 5783, pág. 58-61, 2006.
  74. ANTUNES, J.F. (2012). «Diversidade filogenética, distribuição geográfica e prioridades de conservação em jararacas sulamericanas (serpentes: Viperidae: Bothrops e Bothrocophias)». Universidade de Brasília, Brasília 
  75. GRAHAM, C.H., et al. 2004. New developments in museum-based informatics and applications in biodiversity análisis. Trends in Ecology & Evolution 19: 497-503
  76. GIBBONS, J. et al. The Global Decline of Reptiles, Déjà Vu Amphibians: Reptile species are declining on a global scale. Six significant threats to reptile populations are habitat loss and degradation, introduced invasive species, environmental pollution, disease, unsustainable use, and global climate change. BioScience, v. 50, n. 8, p. 653-666, 2000.
  77. RYLANDS, Anthony B.; BRANDON, Katrina. Unidades de conservação brasileiras. Megadiversidade, v. 1, n. 1, p. 27-35, 2005.
  78. LEÃO, S.M. (2012). «História natural, modelagem de distribuição e conservação de Bothrops itapetiningae Boulenger, 1907 (Serpentes: Viperidae: Crotalinae), espécie endêmica do cerrado». Universidade de Brasília, Brasília 
  79. a b INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE (2018). Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Volume IV - Répteis. Brasília: [s.n.] pp. 252p.