A Usina Hidrelétrica Henry Borden é um complexo localizado no sopé da Serra do Mar em Cubatão, composto por duas usinas de alta queda (720 m) denominadas de Externa e Subterrânea, com 14 grupos de geradores acionados por turbinas Pelton (turbina essa específica para altas quedas perfazendo uma capacidade instalada de 889 MW, para uma vazão de 157m³/s).[1]

Usina Hidrelétrica Henry Borden
Localização
Localização Cubatão - SP
Rio Pinheiros
Coordenadas 23°52'13.76"S, 46°27'14.89"W
Mapa
Dados gerais
Proprietário EMAE
Operador Empresa Metropolitana de Águas e Energia
Período de construção 1926 a 1950
Data de inauguração 1926
Características
Tipo barragem, usina hidrelétrica
Altura 720 (queda) m
Vazão 157 metro cúbico por segundo
Capacidade de geração 889 (produção total)
200 MW (produção atual) MW
Em 1966.

O fornecimento de água é feito mudando o curso natural das águas da bacia do alto Tietê, que corre para o interior, para descer a Serra do Mar. As águas do Rio Pinheiros na cidade de São Paulo são bombeadas para a Represa Billings, que por sua vez transfere as águas para a Represa Rio das Pedras (o reservatório da usina), descendo as águas por túneis abertos na serra até a usina em Cubatão.

Características

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Usina externa

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A mais antiga das usinas possui oito condutos forçados externos e uma casa de força convencional. A primeira unidade foi inaugurada em 1926, as demais instaladas até 1950, num total de oito grupo geradores, com capacidade instalada de 469 MW.[2]

Cada gerador é movido por duas turbinas tipo Pelton, acionadas pelas águas conduzidas do Reservatório do Rio das Pedras que atingem a Casa de Válvulas onde, após passarem por duas válvulas borboletas através de condutos forçados, descem a encosta atingindo as suas respectivas turbinas, perfazendo uma distância de aproximadamente 1.500 m.[3]

Usina subterrânea

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A usina é composta de seis grupos geradores, instalados no interior do maciço rochoso da Serra do Mar, em uma caverna de 120 m de comprimento, 21 m de largura e 39 m de altura, cuja capacidade instalada é de 420 MW. O primeiro grupo gerador entrou em operação em 1956. Cada gerador é movido por uma turbina Pelton acionada por quatro jatos d'água.[3]

Restrições de operação

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Desde outubro de 1992, a operação desse sistema vem atendendo às condições estabelecidas na Resolução Conjunta SMA/SES 03/92, de 04/10/92, atualizada pela Resolução SMA-SSE-02, de 19/02/2010, que só permite o bombeamento das águas do Rio Pinheiros para o Reservatório Billings para controle de cheias, reduzindo em 75% aproximadamente a energia produzida em Henry Borden.[3]

Ou seja, há décadas a usina produz muito menos que sua capacidade máxima, ou apenas 200 MW, por razões ecológicas: reduzir o acumulo de poluição na Represa Billings, direcionando o fluxo da água e a poluição em direção ao interior do estado.

Escassez de água na cidade de São Paulo

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A Represa Billings também atende ao fornecimento de água a cidade de São Paulo e como o período de funcionamento da usina Henry Borden coincide com o período de seca dos reservatórios, o uso da água para fornecimento de energia é, atualmente, posto em xeque e visto como pouco eficiente.

Ver também

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Referências

  1. Yuri Vasconcelos (outubro de 2015). «Usinas versáteis». Pesquisa FAPESP Edição 236. Consultado em 3 de fevereiro de 2019 
  2. Sadalla Domingos. «Propostas para integrar geração hidrelétrica e abastecimento de água na Bacia do Alto Tietê» (PDF). USP, Politécnica. Consultado em 3 de fevereiro de 2019 
  3. a b c «Usina Hidroelétrica Henry Borden». EMAE. Consultado em 28 de janeiro de 2015 

Ligações externas

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