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Levadas e veredas que percorrem em Câmara de Lobos

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As levadas e veredas que percorrem em Câmara de Lobos, são diversas e estão situadas pelas suas diversas freguesias. Há cerca de 500 anos a ilha da Madeira tinha um problema com a quantidade de água para as cultivações, sempre foi uma dificuldade para as populações, visto que, os terrenos férteis situavam-se em zonas menos propícias de abundância de água para a irrigação destes solos. Assim sendo, as levadas e as veredas têm uma extrema importância para as populações.

Levadas

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Alexandraolim/Testes
Localização -


«O SISTEMA HIDRÁULICO da Madeira remonta ao século XV»[1] As levadas foram pensadas e construídas de maneira a transportar as águas de uma cota mais superior para uma cota inferior, nomeadamente, onde estariam as ditas cultivações.

«Daí, uma batalha titânica que implicou a construção de 2200 km de canais e 40 km de túneis. Tarefa tanto mais formidável, quanto se sabe que na maior parte dos casos, galerias e condutas foram abertos à mão. Por vezes numa topografia tão adversa que os homens tinham de trabalhar suspensos por cordas, enquanto atacavam a rocha.».[1]

As levadas têm caraterísticas próprias, tal como: cerca de um metro de largura com uma profundidade rondando os 50 e 60 cm «Ao lado do canal corre uma vereda que raramente ultrapassa o meio metro de largura e aqui é conhecida como traste ou esplanada.» [1]

Na Madeira «Existem cerca de 200 levadas no total […].» [1]

O Concelho de Câmara de Lobos possuí algumas freguesias, tais como, a freguesia de Câmara de Lobos, freguesia do Estreito de Câmara de Lobos, freguesia do Curral das Freiras, freguesia da Quinta Grande[2].

«A freguesia de Câmara de Lobos com uma área de cerca de 7,87 km.2, tem uma altitude que varia em geral entre os zero e os 300 metros de altitude.»;[2]

«A freguesia do Estreito de Câmara de Lobos tem uma área aproximada de 15,24 km2.,[…]»; [2]

«A freguesia da Quinta Grande tem uma área aproximada de 4,19 km2., área essa que se estende desde o nível do mar até cerca de 750 metros de altitude […]»; [2]

«As maiores altitudes do concelho situam-se dentro dos limites da freguesia do Curral das Freiras, que tem uma área aproximada de 25,07 km2.».[2]

Apesar dos grandes declives e altitudes presentes nestas freguesias, existem diversos vales formados pelas ribeiras que ali percorrem. Nomeadamente, a Ribeira dos Socorridos «[…] passa no limite da freguesia do Curral das Freiras a uma altitude de 330 metros, passa seguidamente na freguesia do Estreito de Câmara de Lobos […] desaguando no Oceano Atlântico.».[2]

Uma outra, é a do Vigário «atravessa a freguesia do Estreito de Câmara de Lobos desde a Eira do Ribeiro […]», e por fim a ribeira da Caldeira, «[…] que percorre a freguesia de Câmara de Lobos desde o Pico da Cruz […]».[2]

Para além das bacias hidrográficas, as levadas facilitam o aproveitamento dos recursos hídricos do Concelho de Cãmara de Lobos.

«Das principais "levadas" existentes destacam-se a Levada do Curral das Freiras; Levada do Norte; Levada da Rouca; Levada da Fonte Serrão e Levada do Curral e Castelejo.».[2]

Por exemplo, quanto à levada da Fonte Serrão, «Este percurso exclusivamente pedonal, paralelo à levada que lhe confere o nome, estabelece a ligação entre as áreas mais elevadas do sítio da Fajã e ao Caminho da Fonte Serrão, […] servindo sobretudo os inúmeros terrenos agrícolas localizados ao longo de todo o seu trajeto e algumas habitações já no sítio da Panasqueira [3] (Junta de Freguesia de Câmara de Lobos, Maio de 2017, p.147).

Este autor ainda menciona a Levada do Pico da Torre « Ao longo do trajeto, a circulação faz-se paralelamente ao canal de irrigação que lhe dá o nome e abastece de água os terrenos agrícolas das cotas inferiores[3]

Vereda

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Quanto às veredas, a Vereda da Levada do Norte, é «contígua à Levada do Norte, que lhe dá o nome e garante a irrigação de grande parte das freguesias do Estreito de Câmara de Lobos. Para além da sua importância agrícola, este trajeto garante a acessibilidade a muitas habitações e constituí um percurso muito utilizado por turistas. […].».[3]

  1. a b c d Leitão, Cristina (2004). Madeira e Porto Santo. Funchal: [s.n.] pp. página 27 
  2. a b c d e f g h Gilberto, Pestana (86 d.C.). CÂMARA DE LOBOS CARACTERIZAÇÃO EQUIPAMENTOS COLETIVOS NO CONCELHO. [S.l.: s.n.] 
  3. a b c Inventário da Rede de Vias Pedonais Públicas da Freguesia da Câmara de Lobos. [S.l.]: Junta de Freguesia de Câmara de Lobos. 2017