Usuário(a):Augusto Guilherme Igor João Renata/Testes
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Século XV
editar[editar | editar código-fonte] No início do século XV, os venezianos também começaram a se expandir na península Itálica, bem como ao longo da Dalmácia na costa da Ístria para a Albânia, que foi adquirida do rei Ladislau de Nápoles. Veneza instalou uma nobreza para governar a área — por exemplo, com o conde Felipe Stipanov em Zara (atual Zadar). Esta jogada dos venezianos era como uma resposta à ameaça de expansão de João Galeácio Visconti, Duque de Milão. O controle sobre as principais rotas terrestres do nordeste também era uma necessidade para a segurança das rotas comerciais. Por volta de 1410, Veneza tinha um armada de 3 300 navios (tripulados por 36 000 homens) e já tomara a maior parte da Venécia, incluindo cidades importantes como Verona e Pádua.
A situação na Dalmácia tinha acalmado em 1408, com uma trégua com o rei Sigismundo da Hungria. Ao expirar o acordo, Veneza imediatamente invadiu o Patriarcado da Aquileia e submeteu Traù (Trogir), Split, Durrës e outras cidades da Dalmácia. As dificuldades do Reino da Hungria garantiram à república a consolidação de seus domínios no Adriático.
Com o doge Francesco Foscari (1423–1457), a cidade atingiu seu ápice de poder e extensão territorial. Em 1425, eclodiu uma nova guerra, desta vez contra Filipe Maria Visconti de Milão. A vitória na batalha de Maclódio do Conde de Carmagnola, comandante do exército veneziano, levou à mudança da fronteira ocidental do rio Ádige para o Adda. Entretanto, a expansão territorial não foi bem-vinda em todo de lugar Veneza: a tensão com Milão continuou alta e, em 1446, a República travou luta contra outra liga, formada por Milão, Florença, Bolonha e Cremona. Depois de uma vitória inicial veneziana sob Micheletto Attendolo em Casalmaggiore, entretanto, Visconti morreu e foi proclamada a República Ambrosiana em Milão. A Sereníssima tinha então caminho aberto para ocupar Lodi e Placência, mas foi impedida por Francisco I Sforza. Mais tarde, Sforza e o doge se aliaram para tomar o controle de Milão, em troca da cessão de Bréscia e Vicenza. Veneza, entretanto, mudou de lado de novo quando o poder de Sforza pareceu tornar-se excessivo: a situação delicada foi resolvida com a Paz de Lodi (1454), que confirmou a área de Bérgamo e Bréscia sob os domínios da república. Nessa época, o territórios da Sereníssima incluíam muito do atual Vêneto, mais Friul, as províncias de Bérgamo, Cremona e Trento, bem como Ravena, a Ístria e a Dalmácia. As fronteiras orientais eram com Gorizia e as terras ducais da Áustria, enquanto no sul era com o Ducado de Ferrara. Os domínios ultramarinos incluíam a Eubeia e Egina.
Em 1453, Constantinopla caiu sob os otomanos, mas Veneza conseguiu manter uma colônia na cidade e alguns dos antigos privilégios comerciais que tinha tinha sob os bizantinos. A despeito das recentes derrotas otomanas contra João Hunyadi da Hungria e Skanderbeg na Albânia, a guerra era inevitável. Em 1463, a fortaleza veneziana de Argos foi arrasada. Veneza firmou uma aliança com Matias Corvino da Hungria e atacou as ilhas gregas por mar e o Império Búlgaro por terra. Ambas as frentes, entretanto, viram os aliados forçados a se retirar, depois de várias vitórias menores. Operações reduziram-se sobretudo a escaramuças isoladas e guerrilha, até os otomanos moverem uma contra-ofensiva maciça em 1470. Isto arrebatou de Veneza sua principal possessão no mar Egeu, Negroponte. Os venezianos buscaram uma aliança com o xá da Pérsia e potências europeias, mas receberam somente apoio limitado e puderam fazer somente ataques de pequena escala em Antália, Halicarnasso e Esmirna. Os otomanos conquistaram o Peloponeso e lançaram uma ofensiva em terra veneziana, perto do importante centro de Údine. Os persas, junto com o emir caramaniano, foram severamente derrotados em Terdguin, e a república ficou sozinha na luta. Mais adiante, muito da Albânia foi perdida depois da morte de Skanderbeg. Entretanto, a heroica resistência de Escodra sob Antonio Loredan forçado os otomanos a retirar-se da Albânia, enquanto uma revolta em Chipre devolveu a ilha à família Cornaro e, subsequentemente, à Sereníssima República (1473).[1] Seu prestígio parecia assegurado, mas Scutari caiu dois anos mais tarde, e o Friul era de novo invadido. Em 24 de janeiro de 1479, um tratado de paz era finalmente assinado com os otomanos. Veneza tinha a ceder Argo, Negroponte, Lemnos e Scutari, e pagamento anual de tributo de 10.000 ducados. Cinco anos mais tarde o acordo era confirmado pelo sucessor Maomé II, o Conquistador, Bajazeto II, com a troca pacífica das ilhas de Zacinto e Cefalónia entre os dois lados.
Em 1482, Veneza aliou-se com o papa Sisto IV para conquistar Ferrara, opondo-se a Florença, Reino de Nápoles, Ducado de Milão e Ercole d'Este (ver Guerra de Ferrara). Quando as milícias papais e venezianas foram esmagadas na Batalha de Campomorto, Sisto IV mudou de lado. De novo sozinha, Veneza foi derrotada pelos veroneses de Alfonso de Calábria, mas conquistou Galípoli, na Apúlia, por mar. O balanço mudou para Ludovico Sforza de Milão, que passou para o lado de Veneza: isto deu lugar a uma rápida paz, que foi assinada perto de Bréscia em agosto de 1484. Apesar das numerosas derrotas na campanha, Veneza obteve Polesine e Rovigo, e aumentou seu prestígio na península Itálica, especialmente à custa de Florença. No final da década de 1480, Veneza teve duas breves campanhas contra o novo papa Inocêncio VIII e Segismundo da Áustria. As tropas de Veneza também estiveram presentes na Batalha de Fornovo, contra Carlos VIII de França. A aliança com o Reino de Aragão na reconquista do Reino de Nápoles garantiu o controlo dos portos da Apúlia, importantes e estratégicas bases sobre o baixo Adriático e as ilhas Jônicas.
Mesmo durante as guerras contra os turcos, no fim do século XV, Veneza tinha 180 000 habitantes, e era a segunda maior cidade da Europa depois de Paris e provavelmente a mais rica do mundo. O território da República de Veneza estendia-se sobre aproximadamente 70 000 km² com 2,1 milhões de habitantes (para um exemplo de comparação, a Inglaterra tinha à época 3 milhões, toda a Itália 11, França 13, Portugal 1,7, Espanha 6, Sacro Império Romano-Germânico 10). Administrativamente o território era dividido em três partes principais:
- o Dogado (literalmente o território sob o doge) compreendendo os ilhéus da cidade e as terras originais em torno da lagoa;
- o Stato da Màr (estado marítimo) compreendendo a Ístria, a Dalmácia, as costas albanesas, os portos da Apúlia, as ilhas Jónicas, Creta ("Reino de Cândia"), o Ducado do Arquipélago, no mar Egeu, o Reino de Chipre e várias fortalezas e colônias comerciais nas maiores cidades e portos em torno do sudeste europeu e Médio Oriente;
- o Stato di Terraferma [en] (estado de terra firme) compreendendo Véneto, Friul-Veneza Júlia, o leste da Lombardia e a Romanha.
Em 1485, o embaixador francês, Philippe de Commines, escreveu sobre Veneza: "É a mais esplêndida cidade que eu já vi, e tem um governo de si mesma muito sábio".
Liga de Cambrai, Lepanto e a perda de Chipre
editarEm 1499, Veneza aliou-se com Luís XII de França contra Milão, conquistando Cremona. No mesmo ano o sultão otomano fez um ataque a Lepanto por terra, e enviou uma grande frota a para uma ofensiva por mar. Antonio Grimani, mais comerciante e diplomata do que marinheiro, era derrotado no mar na batalha de Zonchio em 1499. Os turcos uma vez mais saquearam o Friul. Preferindo a paz à guerra total contra os Turcos, Veneza rendeu-se nas bases de Lepanto, Modon e Coroni.
Em 10 de dezembro de 1508, em reação a constante política expansionista de Veneza, Margarida da Áustria, em nome de seu pai Maximiliano I do Sacro-Império-Romano-Germânico e o cardeal Georges D'Amboise, em nome do rei Luís XII da França assinam o Tratado de Cambrai onde foi criada uma coalizão militar contra a República de Veneza. Em março de 1509 Fernando, o Católico se junta a liga, com essa adesão em 5 de abril do mesmo ano o papa Júlio II também se junta a liga. Nove dias depois da adesão do papa, o reino da França declara guerra a Veneza.[2]
Após o início das hostilidades, Veneza falhou em conquistar aliados para a guerra. A situação para a República era desesperançosa, a Liga invadia o território Veneziano e ganhou a importante batalha de Agnadello, além disso, boa parte de seu exército composto de mercenários desertaram por perceberem a derrota iminente.[3][4]
Porém após sucessivas derrotas, a República notou que Maximiliano, líder da coalizão, estava com algumas dificuldades financeiras e na articulação de seu exército. Dessa forma, Veneza conseguiu resistir e planejar contra-ataques bem sucedidos. Por meio de operações militares e revoltas locais, Veneza ganhou o cerco de Pádua e reconquistou parte do território invadido, tais vitórias foram essenciais para levantar a moral da população que acreditava que a guerra estava perdida.[5][6]
Veneza usou dessa vitória para tentar negociar um acordo de paz mais favorável com o papa, após longos meses de negociação o papa Júlio II e o senado veneziano finalmente entraram em um acordo em 24 de janeiro de 1510. Tal acordo foi extremamente desfavorável para Veneza mas tendo em vista sua situação foi optado por aceitá-lo. A liga ficou enfurecida e colapsou com a "troca de lado" do papa e continuaram em guerra com Veneza, porém o imperador Romano-Germânico continuava desarticulado e descumprindo promessas com a liga, e Luís XII estava enfraquecido devido a morte de D'Amboise, e além disso teria que lutar agora contra a Santa Liga entre Veneza e o papa.[7]
Em 1571, Veneza, Espanha e o papa formaram a Santa Liga, que tinha como objetivo lutar contra o avanço Otomano na Europa, essa aliança reuniu uma grande frota de 208 navios, 110 dos quais eram venezianos, sob o comando geral de João da Áustria, meio-irmão de Filipe II de Espanha. Os venezianos eram comandados por Sebastiano Venier que junto de outro veneziano, Augustino Barbarigo desempenharam papel muito importante nessa batalha .[8]
Depois de algumas movimentações as frotas cristãs se reuniram em Messina e foram ao encontro da frota turca em Lepanto no dia 7 de outubro de 1571. A frota cristã saiu vitoriosa depois de uma grande batalha naval, capturou e dividiu entre si 117 navios capturados dos turcos, além de também capturar 8.000 otomanos que estavam na batalha. A vitória desse conflito foi vista com imensa alegria e comemorada com grandes regalias pelos venezianos, Veneza não teve tantos ganhos estratégicos, eles não tinham conseguido mais nenhum território além dos que já estavam sob seu domínio e não conseguiram recuperar nenhum território conquistado pelos otomanos, como o Chipre que havia sido perdido em conflitos anteriores. E também não conseguiram causar um grande impacto nos seus grandes inimigos do Oriente. Porém o principal ganho dessa vitória não foi tático e nem estratégico e sim um ganho moral, uma vitória que trouxe alívio para os Venezianos em relação a ameaça que parecia indestrutível dos Otomanos.[9]
Filipe II estava preocupado com a balança de poder no Mediterrâneo Oriental e África, e tinha se rendido antes de Lepanto. A perda de Chipre foi ratificado na paz de 1573. Em 1575, a população de Veneza era de 175 000 pessoas, mas caiu para 124 000 em 1581.[10]
- ↑ NORWICH, John Julius (1982). A History of Venice. [S.l.]: Vintage Books. p. 366.
Chipre tornou-se oficialmente um território da República de Veneza em 1489, depois da abdicação de Cornaro e um tratado com o sultão egípcio.
- ↑ NORWICH, John Julius (1982). A History of Venice. [S.l.]: Vintage Books. pp. 395–396
- ↑ NORWICH, John Julius (1982). A History of Venice. [S.l.]: Vintage Books. pp. 397–402
- ↑ MALLET, SHAW, Michael Edward, Christine. The Italian Wars, 1494–1559. [S.l.: s.n.] p. 89-93
- ↑ NORWICH, John Julius (1982). A History of Venice. [S.l.]: Vintage Books. pp. 403–405
- ↑ MALLET, SHAW, Michael Edward, Christine. The Italian Wars, 1494–1559. [S.l.: s.n.] pp. 93–95
- ↑ NORWICH, John Julius (1982). A History of Venice. [S.l.]: Vintage Books. pp. 408–415
- ↑ NORWICH, Jhon julius (1982). A History of Venice. [S.l.]: Vintage Books. p. 482
- ↑ NORWICH, Jhon Julius (1982). A History of Venice. [S.l.]: Vintage Books. p. 487
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