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A CataMoeda (CataMoeda Pesquisa e Desenvolvimento de Máquinas S/A) é uma startup brasileira, com sede em Florianópolis, Santa Catarina, que desenvolve e fabrica as máquinas CataMoeda. Criada em 2012 pelo administrador Victor Levy, a empresa propõe-se a resolver a falta de troco no comércio, atualmente um grande problema que afeta comerciantes, consumidores, governo e meio ambiente.

A máquina desenvolvida pela empresa fica em estabelecimentos comerciais de todo o Brasil e troca as moedas depositadas pelos consumidores por cédulas, vale-compras, doações e outros serviços.

Histórico editar

Após alguns anos vivendo nos Estados Unidos, Victor Levy resolve vender a sua empresa líder de mercado no ramo de internet para dar a volta ao mundo e obter novas ideias de negócios.

Ao retornar para o Brasil, ele logo percebe que em quase todas as lojas que ia, os caixas lhe pediam para "facilitar" o troco na hora de pagar as suas compras. A situação o fez lembrar das máquinas de contar moedas da empresa americana Coinstar, que conheceu nos EUA. «Victor Levy: "Não vamos ficar limitados a moedas".». Notícias do Dia. 25 de julho de 2015. Consultado em 25 de fevereiro de 2016 

Levy descobriu que o hábito de se guardar moedas em cofrinhos ou de deixá-las esquecidas na bolsa, em casa ou no carro, gera inúmeros problemas para diversos segmentos da sociedade. Por causa desse entesouramento, calcula-se que 1/3 das moedas colocadas em circulação no Brasil esteja perdida.

Ocorreu para Levy que, com um CataMoeda instalado na loja, o comerciante contaria com um suprimento inesgotável de moedas e resolveria de uma vez por todas os problemas relacionados à falta de troco. Além disso, diferentemente da equivalente americana CoinStar, o consumidor que trocasse as suas moedas no CataMoeda também poderia beneficiar-se e contar com diversas opções de troca além da troca por notas, como por exemplo vale-compras com bônus, doações a instituições beneficentes, crédito para celular e etc.

Em 2012, após a estruturação do negócio, havia chegado o momento que representava o maior desafio do empreendimento, o desenvolvimento da tecnologia. Como ainda não havia nada parecido no Brasil, seria necessário criar tudo do zero, tanto a parte mecânica quanto o software. Assim, o administrador iniciou sua busca por profissionais e rapidamente atraiu os talentos de que precisava, através da possibilidade de participar do projeto inovador e de grande impacto que estava prestes a ser criado. Neste período a empresa dá um grande salto tecnológico, iniciando o desenvolvimento de mecanismos da máquina a baixo custo e já registrando duas patentes desse novo sistema. No mesmo ano, o primeiro protótipo funcional da máquina é instalado em um supermercado do Morumbi, em São Paulo, e rapidamente chama a atenção de consumidores, investidores e futuros parceiros.

Em 2013 a empresa faz outro depósito de pedido de patente. Também foi nesse ano que a empresa valida o seu plano de negócio, ao instalar o primeiro CataMoeda na maior rede de varejo do estado do Paraná. Além das moedas, a instalação trouxe novos e antigos consumidores, que passaram a frequentar a loja para utilizar a máquina, tornando a rede parceira autossuficiente em moedas logo no primeiro mês.

Em 2014 a CataMoeda obtém o reconhecimento do Processo Produtivo Básico (PPB) pelo Governo Federal e torna-se a primeira empresa do Brasil a ter um projeto aprovado no programa BNDES de Apoio à Micro, Pequena e Média Empresa Inovadora. A máquina é credenciada como equipamento finamizado, podendo então ser adquirida por clientes com condições diferenciadas e o projeto do design da máquina é finalista do IDEA Brasil, um dos mais reconhecidos prêmios de design brasileiro. Nesse ano, também é lançado o Painel de Controle online do CataMoeda, que possibilita o acompanhamento e gerenciamento em tempo real de todos os depósitos.

Em 2015, com um novo modelo da máquina (Slim) e uma interface renovada, as máquinas passam a oferecer mais serviços aos depositantes e diversas instituições beneficentes já recebem doações através do serviço. A CataMoeda fecha uma parceria de venda exclusiva com a Prosegur, companhia multinacional de segurança e transporte de valores, e aumenta a sua capacidade de produção em escala. A tecnologia das máquinas segue em constante aprimoramento e novas opções de trocas.

Em 2016, com mais de 170 máquinas instaladas pelo Brasil, o CataMoeda já fez com que mais de 60 milhões de moedas voltassem a circular no comércio e hoje diversos estabelecimentos já são autossuficientes em moedas, não enfrentam mais problemas de falta de troco.

Dados do setor editar

  • Em 2013 foram emitidas 2,31 bilhões de moedas brasileiras;
  • Em 2014, a produção de moedas caiu para 400 milhões;
  • Em 2015, foram 685 milhões de novas moedas;
  • De 2015 para 2016, houve a menor expansão (2,1%) de circulação de cédulas e moedas no país desde a criação do Plano Real em 1994. Houve um corte de 7% no orçamento previsto para a produção de numerário em 2016 em relação a 2015. A despesa em 2013 foi de R$ 1,23 bi. Entre 2014 e 2015, a despesa deve somar R$ 1,35 bi;
  • Estão em circulação, aproximadamente 23 bilhões de moedas;
  • Mais de R$ 500 milhões em moedas estão fora do mercado;
  • Há aproximadamente 118 moedas por habitante ou R$ 29;
  • As moedas de 10 e 5 centavos são as mais procuradas – para que sejam produzidas, é necessário gastar mais que seus valores de face: R$ 0,12 e R$ 0,16, respectivamente;
  • De acordo com o Banco Central, 78% dos brasileiros preferem utilizar o dinheiro como forma de pagamento e 51% dos brasileiros ainda recebem o salário dessa maneira, contribuindo para alavancar a utilização desse meio nas transações.

Referências

  1. Como a startup CataMoeda transforma moedinhas em milhões. Exame.com. Consultado em 25/02/2016.
  2. CataMoeda fatura com máquinas que recolhem trocado. Exame.com. Consultado em 25/02/2016.
  3. Comércio sofre com falta de moedas. Economia Estadão. Consultado em 25/02/2016.
  4. Victor Levy: "Não vamos ficar limitados a moedas". Notícias do Dia. Consultado em 25/02/2016.
  5. Crise encolhe produção de cédulas e moedas e faz faltar dinheiro trocado. Folha de S. Paulo. Consultado em 25/02/2016.