Maria Elizia Borges
Luizjacomo/Testes
Nascimento 18 de junho de 1949 (75 anos)
Marília, SP
Nacionalidade brasileira
Alma mater Universidade de São Paulo
Ocupação Professora historiadora
Prêmios Associada Benemérita da Associação Memorial Funerário Mathias Hass (2018);

Mención de honor a toda uma vida, Red Iberoamericana de Valoración y Gestión de Cementerios Patrimoniales (2015);

Diploma de Honra ao Mérito, Câmara Municipal de Ribeirão Preto (2001.

Magnum opus “Arte Funerária no Brasil (1890-1930): ofício de marmoristas italianos em Ribeirão Preto”
Principais interesses História da arte; Arte cemiterial
Página oficial
www.artefunerariabrasil.com.br

Maria Elizia Borges (Marília, 18 de junho de 1949) é uma historiadora brasileira, professora do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal de Goiás e pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Formação

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Graduou-se no curso de Artes Visuais pela Universidade de Ribeirão Preto em 1971 e concluiu o mestrado em Ciências Sociais pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo em 1983. Doutorou-se em Artes pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo em 1991, apresentando os resultados de sua pesquisa acerca dos marmoristas de Ribeirão Preto especializados em arte tumular na Primeira República como tese[1][2].

Trajetória

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Maria Elizia Borges concluiu o primário e o ginásio na cidade de Assis, interior de São Paulo. Aos 16 anos, mudou-se para Ribeirão Preto, onde frequentou os cursos normal e científico paralelamente. Ali, realizou trabalhos voluntários em comunidades da cidade e aproximou-se dos ideais da Teologia da Libertação, tendo participado da formação do Partido dos Trabalhadores (PT) na cidade. Ainda em Ribeirão Preto, em 1971, cursou a faculdade de Artes Visuais na Universidade de Ribeirão Preto[3][4][2].

Fundação da Associação Brasileira de Estudos Cemiteriais

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Juntamente com os professores Harry Rodrigues Bellomo e Eduardo Coelho Morgado, idealizou e fundou a Associação Brasileira de Estudos Cemiteriais, criada por ocasião do 1º Encontro sobre Cemitérios Brasileiros, ocorrido na Universidade de São Paulo em 2004[5][6].

Atuação acadêmica e profissional

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Recém graduada, Maria Elizia Borges foi convidada a lecionar na Universidade de Ribeirão Preto, onde se formou, como professora-assistente da cadeira de História da arte. Concomitantemente, lecionou por 15 anos no ensino médio como professora de Desenho e Educação Artística. Assumiu a coordenação do curso de Artes Plásticas da Universidade de Ribeirão Preto em 1973, função que exerceu até 1991. Ministrou aulas na Faculdade de Arquitetura do Centro Universitário Moura Lacerda e no Programa de Pós-graduação em História da Universidade Estadual Paulista, campus de Franca. Exerceu o cargo de Secretária da Cultura na cidade de Ribeirão Preto no ano de 1993[3].

Produção

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Maria Elizia Borges desenvolveu estudos essenciais sobre os cemitérios e, em especial, sobre o desenvolvimento artístico da arte funerária brasileira. Seu livro “Arte Funerária no Brasil (1890-1930): ofício de marmoristas italianos em Ribeirão Preto”, fruto da tese defendida na Escola de Comunicação e Artes, é uma referência para os estudos da arte e das representações funerárias[7]. Tem artigos publicados no país e no exterior sobre arte funerária no Brasil. Participa do Grupo de Estudos de História e Imagem (GEHIM), da Faculdade de História da Universidade Federal de Goiás e do grupo de pesquisa Imagens da morte: a morte e o morrer no mundo ibero-americano, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro[1][8][9].

Principais publicações[1]

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Livros
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  • A pintura na “Capital do Café”: sua história e evolução no período da Primeira República
  • Arte funerária no Brasil (1890-1930): ofício de marmoristas italianos em Ribeirão Preto (Funerary Art in Brazil (1890-1930): italian marble carver craft in Ribeirão Preto)
  • Estudos Cemiteriais no Brasil:  catálogos de livros, teses, dissertações e artigos (organizadora)
  • Um olhar sobre o espaço da morte (Un regard sur l'espace de la mort)

Artigos em periódicos

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  • Expresiones artísticas de cûno popular em Cementerios brasileños. In: Arte latino-americano del siglo XX. Expresiones de la outra história. Zaragoza: Prensas universitárias de Zaragoza, 2005, v.1, p. 10- 15.
  • A fotografia em túmulos brasileiros: ornamentos e memória. In: Boletim_4. GRUPO DE ESTUDOS ARTE & FOTOGRAFIA. São Paulo: CAP-ECA-USP, 2012, p. 175-182.
  • Arte funerária: representação da criança despida. In: História. Franca: UNESP, v.14, 1995.

Capítulos de livros

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  • Os Cemitérios secularizados no Brasil: um patrimônio cultural a ser preservado. In: El lado perverso del patrimônio cultural. 1 ed. Jujuy: Editorial de la Universidad Nacional de Jujuy, 2017, p. 313-330.
  • Os cemitérios secularizados no Brasil: um olhar histórico e artístico. In: Sentidos da morte e do morrer na Ibero- América. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2014, p. 355-378.
  • Arte Funerária e il commercio carrarense in Brasile. In: Carrara e il mercato dela scultura . Milano: Federico Mottya Editore, 2007, p. 268- 272.

Prêmios e títulos recebidos

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Pela sua obra como educadora e pesquisadora, Maria Elizia Borges recebeu os seguintes prêmios e títulos:

  • Associada Benemérita da Associação Memorial Funerário Mathias Hass (2018).
  • Mención de honor a toda uma vida, Red Iberoamericana de Valoración y Gestión de Cementerios Patrimoniales (2015).
  • Diploma de Honra ao Mérito, Câmara Municipal de Ribeirão Preto ( 2001).

Filiações

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Maria Elizia é integrante dos seguintes comitês/associações[8]:

Outras informações

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A professora Maria Elizia Borges é responsável pelo site Arte Funerária Brasil, onde disponibiliza seus artigos e resultados de pesquisas realizadas em diferentes regiões do país e do mundo, com fotografias, informações e histórias dos cemitérios brasileiros[10].

Referências

  1. a b c «Currículo Lattes de Maria Elizia Borges». Consultado em 8 de abril de 2021 
  2. a b Projeto Minha Pesquisa, minha trajetória - Maria Elizia Borges, consultado em 8 de abril de 2021 
  3. a b Santos, Alcineia Rodrigues dos. «Entrevista com a professora Maria Elizia Borges. v. 1, n. 12, 17 jan. 2013.». Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Revista Inter-Legere 
  4. Arte funerária no Brasil (1890-1930) - Maria Elizia Borges, consultado em 8 de abril de 2021 
  5. Redação (22 de abril de 2020). «Quando a vida se vai, as marcas permanecem». Memorias. Consultado em 8 de abril de 2021 
  6. «Associação Brasileira de Estudos Cemiteriais | História». ABEC. Consultado em 8 de abril de 2021 
  7. «Cemitério da Saudade é réplica da cidade dos vivos». Folha de S.Paulo 
  8. a b «Introdução – Arte Funerária Brasil». Consultado em 8 de abril de 2021 
  9. «Dicionário do Patrimônio Cultural: Estudos Cemiteriais - IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional». portal.iphan.gov.br. Consultado em 8 de abril de 2021 
  10. «Arte Funerária Brasil». Consultado em 8 de abril de 2021 

Ligações externas

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