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Abolicionismo nos Estados Unidos

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Caricatura do abolicionismo na década de 1850 mostra abolicionistas estadunidenses tentando puxar um escravo para a liberdade contra a vontade do escravo.

O movimento abolicionista foi formado em 1830 nos estados do norte dos Estados Unidos, nos quais teve muita publicidade. Em 1831, foi fundada a New-England Anti-Slavery Society (Sociedade antiescravatura de Nova Inglaterra).

O movimento tinha as suas raízes no século XVIII, mais especificamente no ano de 1758, quando pela primeira vez a ceita protestante Quaker [1] se posicionava contra a aceitação e inclusão de membros que praticassem compra e venda de escravos.[2]A partir do posicionamento dos quaker, outras igrejas como batistas, metodistas e anabatistas adotaram a escravidão como pecado, uma vez que o escravagismo atacava diretamente os valores não só constitucionais norte americanos de igualdade, liberdade e persecução da felicidade, como também confrontavam as normas da vida puritana: igualdade entre os homens,autonomia no relacionamento com Deus e o autoaperfeiçoamento do caráter. Apesar de muitas denominações protestantes entenderem a escravidão como pecado, a adesão da ideia por parte dos membros era conflituosa, o que dificultava um consenso sobre o tema. A princípio a ideia de ser contra a escravidão, não estava atrelada à inserção do escravizado na sociedade, havia inclusive setores sociais que defendiam a repatriação dos negros para a África, a fim de que a nação americana fosse remida pela prática da escravidão, como aponta Angela Randolfo Paiva[3] A posse de escravos foi permitida até o final da Guerra de Secessão (1861-1865), particularmente nos estados do sul. A constituição dos Estados Unidos (1789) tratava, em certos pontos, da escravatura, embora, em nenhum ponto, fosse usada esta palavra.

Todos os estados a norte de Maryland aboliram a escravidão entre 1789 e 1830, gradualmente e em diferentes momentos. Contudo, o status da escravidão permaneceu, bem como os costumes e o pensamento público fortaleceram-se no sentido na defesa da escravidão como resposta ao crescente fortalecimento da atitude antiescravidão dos abolicionistas. O ponto de vista contra a escravidão que muitos homens do norte mantinham após 1830 foi convergindo lenta e imperceptivelmente para o movimento abolicionista. A maioria dos estados do norte não aceitava, no entanto, as posições extremas dos abolicionistas. Abraham Lincoln, apesar de ser contrário à escravidão, também não aceitava o abolicionismo.

O abolicionismo como princípio era um pouco mais que um mero desejo de ampliar as restrições à escravatura. A maioria dos nortistas aceitava a existência da escravidão e não tinha, como objetivo, mudar isso, mas favorecer uma política de libertação indenizada e gradual. Os abolicionistas, por outro lado, queriam terminar com a escravidão para sempre e o movimento caracterizou-se pelo apoio da aplicação da violência para precipitar o fim da escravidão, como mostram as atividades de John Brown.

Muitos abolicionistas americanos desempenharam um papel ativo contra a escravidão no Underground railroad, que visava a ajudar os escravos fugitivos, apesar das grandes penas que isto podia acarretar segundo a lei federal que entrou em vigor em 1850.

Mediante a Declaração de Emancipação (promulgada pelo presidente Abraham Lincoln, na que foi declarada a liberdade de todos os escravos em 1863 e que entrou em vigor pela primeira vez no final da Guerra Civil (1865), os abolicionistas americanos obtiveram a libertação dos escravos nos estados em que continuava havendo escravidão. Apesar disso, o fim da escravidão e o movimento abolicionista não representou grande diferença no sentido de inclusão social. A maioria dos negros escravizados principalmente da região sul, zonas agrárias no plantio de algodão, permaneceram ligados à terra por não possuírem autonomia financeira.[4][5]

Referências

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http://www.scielo.br/pdf/mana/v18n3/a07v18n3.pdf http://www.pucsp.br/rever/rv1_2003/p_silva.pdf http://www.scielo.br/pdf/cint/v29n1/a05v29n1.pdf https://www.capes.gov.br/images/stories/download/pct/mencoeshonrosas/228079.pdf

Rascunho

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