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Como ler uma infocaixa de taxonomiaMacrobrachium carcinus
Macrobrachium carcinus em ilustração de 1838
Macrobrachium carcinus em ilustração de 1838
Estado de conservação
Espécie vulnerável
Vulnerável [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Crustacea
Classe: Malacostraca
Ordem: Decapoda
Subordem: Pleocyemata
Infraordem: Caridea
Família: Palaemonidae
Género: Macrobrachium
Espécie: M. carcinus
Nome binomial
Macrobrachium carcinus
(Lineu, 1758)
Sinónimos
  • Cancer carcinus (Lineu, 1758)[2]
  • Cancer jamaicensis (Herbst, 1792)
  • Periclimenes portoricensis (Schmitt, 1933)

O pitu (nome científico: Macrobrachium carcinus), também popularmente conhecido como pitu, camarão-grande, cavaleiro, cutipaca, lagosta, lagosta-d’água-doce, lagosta-de-são-fidélis, lagostim[3] ou camarão-d'água-doce,[4] é um camarão da família dos palemonídeos (Palaemonidae). É nativa de córregos, rios e riachos da Flórida ao sul do Brasil.[1][5] É a maior espécie conhecida de camarão de água doce neotropical, crescendo até 30 centímetros de comprimento e pesando até 850 gramas,[6] embora espécimes de até 50 centímetros tenham sido relatados.[7][8] É uma espécie importante para a pesca comercial na região do São Francisco, sendo assim um grande auxílio alimentício para a população menos favorecida que habita em regiões de rios e riachos.[9] É onívoro, com uma dieta composta por moluscos, pequenos peixes, algas, serrapilheira e insetos.[10] Tem um corpo bronzeado ou amarelo com listras marrons escuras. Suas quelas são extraordinariamente longas e finas, para facilitar a busca de alimentos em pequenas fendas,[10] e podem ser de cor azul ou verde.[11]

Etimologia

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Macrobrachium carcinus

Macrobrachium carcinus é um termo oriundo da língua grega, significando "crustáceo de grande braço", através da junção de makrós, á, ón (grande), brachíon, onos (braço) e karkínos, ou (crustáceo).[12] É uma referência às suas grande pinças.[4] Pitu é um termo oriundo da língua tupi, significando "casca escura".[4] Camarão-d'água-doce é uma referência ao meio onde vive.[4] Cutipaca, provavelmente uma alteração de potipaca, deriva do tupi po'tĩ ("camarão") com elemento final de difícil identificação.[13]

Conservação

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O macrobrachium carcinus é considerado como vulnerável na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN).[1] No Brasil, em 2005, foi classificado como vulnerável na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[14] em 2007, como vulnerável na Lista de espécies de flora e fauna ameaçadas de extinção do Estado do Pará;[15] em 2011 como vulnerável na Lista das Espécies da Fauna Ameaçada de Extinção em Santa Catarina;[16] em 2014, foi classificado como em perigo no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo;[17] e em 2018, sob a rubrica de "dados insuficientes" na Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)[18][19] e vulnerável na Lista das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção no Estado do Rio de Janeiro.[20]

Referências

  1. a b c De Grave, S. (2013). «Macrobrachium carcinus». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2013: e.T198003A2508328. doi:10.2305/IUCN.UK.2013-1.RLTS.T198003A2508328.en . Consultado em 24 de abril de 2022 
  2. «Macrobrachium carcinus (Linnaeus, 1758)». Integrated Taxonomic Information System - Report (ITIS). Consultado em 24 de abril de 2022 
  3. «Pitu». Michaelis. Consultado em 24 de abril de 2022 
  4. a b c d Ferreira, A. B. H. (1986). Novo dicionário da língua portuguesa 2.ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p. 1 342 
  5. «Macrobrachium carcinus Bigclaw River Shrimp». Encyclopedia of Life. Consultado em 1 de junho de 2012 
  6. Methil Narayanan Kutty; Wagner C. Valenti (2009). «Culture of other freshwater prawn species». In: Michael Bernard New; Wagner Cotroni Valenti; James H. Tidwell; Louis R. D'Abramo; Methil Narayanan Kutty. Freshwater Prawns: Biology and Farming. Hoboquém, Nova Jérsei: John Wiley & Sons. pp. 502–523. ISBN 978-1-4051-4861-0  Verifique o valor de |name-list-format=amp (ajuda)
  7. «Macrobrachium carcinus (Linnaeus, 1758)» (PDF). Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Consultado em 24 de abril de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 24 de abril de 2022 
  8. «Field & Stream». Field & Stream 2007-08: 78. Junho de 1998. ISSN 8755-8599. Consultado em 1 de junho de 2012 
  9. Joachim Carolsfeld (1 de novembro de 2003). Migratory Fishes of South America: Biology, Fisheries and Conservation Status. [S.l.]: IDRC. p. 218. ISBN 978-0-9683958-2-0. Consultado em 1 de junho de 2012 
  10. a b Douglas P. Reagan (1 de setembro de 1996). The Food Web of a Tropical Rain Forest. Chicago: Imprensa da Universidade de Chicago. p. 452. ISBN 978-0-226-70599-6. Consultado em 1 de junho de 2012 
  11. Jerry G. Walls (1 de abril de 2009). Crawfishes of Louisiana. Baton Rouge, Luisiana: Imprensa da Universidade Estadual da Luisiana. p. 220. ISBN 978-0-8071-3409-2. Consultado em 1 de junho de 2012 
  12. Ferreira, A. B. H. (1986). Novo dicionário da língua portuguesa 2.ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p. 1 060, 283, 350 
  13. Grande Dicionário Houaiss, verbete cutipaca
  14. «Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo». Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Governo do Estado do Espírito Santo. Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 24 de junho de 2022 
  15. Extinção Zero. Está é a nossa meta (PDF). Belém: Conservação Internacional - Brasil; Museu Paraense Emílio Goeldi; Secretaria do Estado de Meio Ambiente, Governo do Estado do Pará. 2007. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 2 de maio de 2022 
  16. Lista das Espécies da Fauna Ameaçada de Extinção em Santa Catarina - Relatório Técnico Final. Florianópolis: Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Fundação do Meio Ambiente (FATMA). 2010 
  17. Bressan, Paulo Magalhães; Kierulff, Maria Cecília Martins; Sugleda, Angélica Midori (2009). Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo - Vertebrados (PDF). São Paulo: Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SIMA - SP), Fundação Parque Zoológico de São Paulo. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 25 de janeiro de 2022 
  18. «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018 
  19. «Macrobrachium carcinus (Linnaeus, 1758)». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 23 de abril de 2022. Cópia arquivada em 9 de julho de 2022 
  20. «Texto publicado no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro contendo a listagem das 257 espécies» (PDF). Rio de Janeiro: Governo do Estado do Rio de Janeiro. 2018. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 2 de maio de 2022 
 
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