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Malária
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O parasita Plasmodium ao atravessar o citoplasma de uma célula epitelial da fêmea do mosquito, na forma com que penetra no corpo do ser humano e de outros vertebrados.
Sinónimos Paludismo, impaludismo, maleita
Especialidade Infectologia
Sintomas Febre, vómitos, dores de cabeça[1]
Complicações Icterícia, convulsões, coma[1]
Início habitual 10–15 dias após exposição[2]
Causas Parasita Plasmodium transmitido por mosquitos[1]
Método de diagnóstico Análises ao sangue, testes de diagnóstico rápido de malária[1]
Prevenção Redes mosquiteiras, repelente de insetos, controlo biológico dos mosquitos, medicação[1]
Medicação Antimaláricos[2]
Frequência 216 milhões (2016)[3]
Mortes 730 500 (2015)[4]
Classificação e recursos externos
CID-10 B50-B54
CID-9 084
OMIM 248310
DiseasesDB 7728
MedlinePlus 000621
eMedicine med/1385 emerg/305 ped/1357
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Malária é uma doença infecciosa transmitida por mosquitos e causada por protozoários parasitários do género Plasmodium.[2] Os sintomas mais comuns são febre, fadiga, vómitos e dores de cabeça.[1] Em casos graves pode causar icterícia, convulsões, coma ou morte.[1] Os sintomas começam-se a menifestar entre 10 e 15 dias após a picada.[2] Quando não é tratada, a doença pode recorrer meses mais tarde.[2] Uma nova infeção geralmente causa sintomas mais ligeiros.[1] No entanto, esta imunidade parcial pode desaparecer no prazo de meses a anos se a pessoa não for continuamente exposta à doença.[1]

A doença é geralmente transmitida pela picada de uma fêmea infectada do mosquito Anopheles.[2] A picada introduz no sistema circulatório do hospedeiro os parasitas presentes na sua saliva.[2] Os parasitas depositam-se no fígado, onde se desenvolvem e reproduzem.[1] Existem cinco espécies de Plasmodium que podem infetar os seres humanos.[1] A maior parte das mortes são causadas pelo P. falciparum. As espécies P. vivax, P. ovale e P. malariae geralmente causam formas menos graves de malária que raramente são fatais.[1][2] A espécie P. knowlesi raramente causa a doença em seres humanos.[2] O diagnóstico de malária tem por base análises microscópicas ao sangue que confirmem a presença do parasita ou através testes de diagnóstico rápido que detectam a presença de antigénios no sangue.[1] Existem também técnicas de diagnóstico que usam a Reação em cadeia da polimerase para detectar o ADN do parasita, embora o seu uso nas regiões onde a doença é endémica seja pouco comum devido ao seu elevado custo e complexidade.[5]

A transmissão da doença pode ser combatida através da prevenção das picadas de mosquito. As medidas de prevenção mais comuns são o uso de redes mosquiteiras ou repelente de insetos e medidas de erradicação, como o uso de inseticidas ou o escoamento de águas estagnadas.[1] Estão disponíveis diversos medicamentos para prevenção da malária em viajantes que se desloquem a países onde a doença seja endémica.[2] Em regiões de elevada incidência, está recomendada a administração de sulfadoxina/pirimetamina nas crianças mais novas e em grávidas após o pimeiro trimestre.[2] Não existe vacina eficaz contra a malária, apesar de haver esforços no sentido de desenvolver uma.[2] O tratamento recomendado para a malária é uma artemisinina associada a um segundo antimalárico.[1][2] Os antimaláricos são geralmente mefloquina, lumefantrina ou sulfadoxina/pirimetamina.[6] Quando não está disponível artemisinina pode ser usada quinina com doxiciclina.[6] Em áreas onde a doença é comum, recomenda-se que se confirme a presença da doença antes de iniciar o tratamento devido à preocupação com a crescente resistência farmacológica.[2] Vários parasitas desenvolveram resistência a uma série de antimaláricos, como é o caso do P. falciparum resistente o quinino e a resistência a artemisinina em várias partes do Sudeste Asiático.[2]

A malária é endémica em regiões tropicais e subtropicais devido à chuva abundante, temperatura quente e grande quantidade de água estagnada, o que proporciona habitats ideais para as larvas do mosquito. A doença encontra-se disseminada pelas regiões tropicais e subtropicais do planeta ao longo de uma larga faixa em redor do equador,[1] que inclui grande parte da África subsariana, Ásia e América Latina.[2] Em 2016, ocorreram em todo o mundo 216 milhões de casos de malária, que se estima terem sido a causa de 731 000 mortes.[3][4] Cerca de 90% dos casos e da morte ocorreram em África.[7] Entre 2000 e 2015 a incidência da doença diminuiu 37%,[7][8] A malária está geralmente associada à pobreza e tem um grande impacto negativo no desenvolvimento económico.[9][10] Em África, estima-se que a doença resulte em perdas de 12 mil milhões de dólares por ano devido aos custos com a prestação de cuidados de saúde, baixas de trabalho e impacto no turismo.[11]

  1. a b c d e f g h i j k l m n o p Caraballo H (2014). «Emergency department management of mosquito-borne illness: Malaria, dengue, and west nile virus». Emergency Medicine Practice. 16 (5). Cópia arquivada em 1 de agosto de 2016 
  2. a b c d e f g h i j k l m n o p «Malaria Fact sheet N°94». WHO. March 2014. Consultado em 28 August 2014. Cópia arquivada em 3 September 2014  Verifique data em: |acessodata=, |arquivodata=, |data= (ajuda)
  3. a b World Malaria Report 2017 (PDF). [S.l.]: WHO. 2017. ISBN 978-92-4-156552-3 
  4. a b GBD 2015 Mortality and Causes of Death, Collaborators. (8 October 2016). «Global, regional, and national life expectancy, all-cause mortality, and cause-specific mortality for 249 causes of death, 1980-2015: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2015.». Lancet. 388 (10053): 1459–1544. PMID 27733281. doi:10.1016/s0140-6736(16)31012-1  Verifique data em: |data= (ajuda)
  5. Nadjm B, Behrens RH (2012). «Malaria: An update for physicians». Infectious Disease Clinics of North America. 26 (2): 243–59. PMID 22632637. doi:10.1016/j.idc.2012.03.010 
  6. a b Organization, World Health (2010). Guidelines for the treatment of malaria 2nd ed. Geneva: World Health Organization. p. ix. ISBN 978-92-4-154792-5 
  7. a b «Malaria Fact sheet N°94». WHO. Consultado em 2 February 2016. Cópia arquivada em 3 September 2014  Verifique data em: |acessodata=, |arquivodata= (ajuda)
  8. WHO (2014). World Malaria Report 2014. Geneva, Switzerland: World Health Organization. pp. 32–42. ISBN 978-92-4-156483-0 
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  10. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Worrall 2005
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