Viação Férrea do Rio Grande do Sul

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A Viação Férrea do Rio Grande do Sul (mais conhecida como VFRGS) foi uma empresa estatal controlada pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, criada em 1920 e extinta em 1959, quando foi encampada pela RFFSA.

Viação Férrea do Rio Grande do Sul
Empresa pública
Fundação 1920
Sede Porto Alegre
Produtos Transporte

História editar

 
Malha da Viação Férrea do Rio Grande do Sul (c.1925)

Após discussões sobre a criação de um caminho de ferro entre a capital estadual, Porto Alegre, e a cidade de São Leopoldo, no Vale do Rio dos Sinos, a empresa The Porto Alegre & New Hamburg Brazilian Railway Company Limited assumiu o o projeto, que foi inaugurado em 15 de abril de 1874[1] com 33 quilômetros de extensão e oito estações ferroviárias. O caminho é atualmente percorrido pelo Metrô de Porto Alegre. Em 1º de janeiro de 1876[1] foi inaugurado o prolongamento até Novo Hamburgo. Em 1880 já eram transportados 40 mil passageiros por ano. A linha foi posteriormente estendida até Carlos Barbosa e a Caxias do Sul.[2] Em fins da década de 1880, criou-se comissão para o estudo e a construção de uma linha entre Porto Alegre e Uruguaiana, obra que só viria a ser completada em 1907.[3]

 
Trem Minuano, fabricado pela alemã MAN e introduzido nas ferrovias gaúchas em 1954.

Por decreto de 6 de junho de 1905, o governo federal unificou a rede ferroviária no estado[4] e a arrendou à empresa belga Compagnie Auxiliaire de Chemins de Fer au Bresil, controlada pelo empresário estadunidense Percival Farquhar.

A falta de investimentos e a má gestão da "Auxiliaire" deram força ao movimento liderado pelo deputado federal Augusto Pestana em favor de sua estatização. Em 1920, a União encampou a companhia belga e criou a Viação Ferroviária do Rio Grande do Sul, que teve Pestana como seu primeiro Presidente.[5]

A nova empresa recuperou as linhas ferroviárias gaúchas e adquiriu novas composições, introduzindo os populares Minuanos, locomotivas a óleo diesel e "carros-motor" (locomotivas de vagão único para em média 50 passageiros) para as linhas metropolitanas, também movidos a diesel.

Em 8 de março de 1940 a linha São Paulo/Rio Grande foi encampada pelo governo federal e repassada à RVPSC em 1942.[3] Desde o fim da década de 1940 vinham-se realizando estudos para a encampação de toda a rede ferroviária nacional em uma única empresa. Em 1957, foi enfim criada a Rede Ferroviária Federal (RFFSA), que absorveria a VFRGS em 1959.

Desde 1996, toda a malha ferroviária estadual (exceto o Metrô de Porto Alegre) está sob controle da empresa privada América Latina Logística (hoje Rumo Logística). A linha do Metrô é controlada pela Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb), com capital da União, do governo estadual e da Prefeitura de Porto Alegre.

Referências

  1. a b PORTO, Aurélio. O Trabalho alemão no Rio Grande do Sul, Graf, Santa Terezinha, Porto Alegre, 1934, p.179.
  2. Estações Ferroviárias.
  3. a b «América Latina Logística» (PDF). Consultado em 17 de março de 2007. Cópia arquivada (PDF) em 17 de março de 2007 
  4. PORTO, Aurélio. O Trabalho alemão no Rio Grande do Sul, Graf, Santa Terezinha, Porto Alegre, 1934, p.181.
  5. ROCHA ALMEIDA, Antônio da. "Vultos da Pátria, volume 1". Porto Alegre, Editora do Globo, 1961.
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