Vincenzo Vannutelli
Vincenzo Vannutelli (Genazzano, 5 de dezembro de 1836 - Roma, 9 de julho de 1930) foi um sacerdote da Igreja Católica, cardeal decano do Colégio dos Cardeais. Foi o último cardeal protetor de uma nação.
Vincenzo Vannutelli | |
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Cardeal da Santa Igreja Romana | |
Decano do Colégio dos Cardeais Datário de Sua Santidade Prefeito da Sagrada Congregação de Cerimônias | |
Atividade eclesiástica | |
Diocese | Diocese de Roma |
Nomeação | 6 de dezembro de 1915 |
Predecessor | Dom Serafino Cardeal Vannutelli |
Sucessor | Dom Gennaro Cardeal Granito Pignatelli di Belmonte |
Mandato | 1915 - 1930 |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação presbiteral | 23 de dezembro de 1860 |
Nomeação episcopal | 23 de janeiro de 1880 |
Ordenação episcopal | 2 de fevereiro de 1880 por Dom Giovanni Cardeal Simeoni |
Nomeado arcebispo | 23 de janeiro de 1880 |
Cardinalato | |
Criação | 30 de dezembro de 1889 (in pectore) 23 de junho de 1890 (Publicado) por Papa Leão XIII |
Ordem | Cardeal-presbítero (1891-1900) Cardeal-bispo (1900-1930) |
Título | São Silvestre em Capite (1891-1900) Palestrina (1900-1915) Óstia (1915-1930) |
Brasão | |
Lema | REGNUM TUUM DOMINE |
Dados pessoais | |
Nascimento | Genazzano 5 de dezembro de 1836 |
Morte | Roma 9 de julho de 1930 (93 anos) |
Nacionalidade | italiano |
dados em catholic-hierarchy.org Cardeais Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo | |
Biografia editar
Ordenou-se padre em 23 de dezembro de 1860, após concluir seus estudos na Pontifícia Universidade Gregoriana. Foi prelado doméstico do Papa Pio IX. Entrou no serviço diplomático da Santa Sé e foi nomeado auditor do internunciatura nos Países Baixos em 1863 e auditor da nunciatura na Bélgica, em 1866. Foi nomeado protonotário apostólico em 1875. Seu irmão mais velho, Serafino Vannutelli, também se tornou cardeal.[1]
Episcopado editar
Em 2 de fevereiro de 1880 foi ordenado arcebispo titular da Arquidiocese de Sardes, em janeiro deste mesmo ano fora indicado vigário apostólico de Constantinopla, Turquia. Em 1882 foi Internúncio Apostólico para o Brasil mas não chegou a ir ao país, pois em seu retorno da Rússia, onde representou o Papa durante a coroação do Czar Alexandre III, foi indicado Núncio Apostólico em Portugal, em 1883. Negociou uma concordata para regular as relações entre o Estado e a Igreja na possessões portuguesas na Índia.[1]
Cardinalato editar
Foi criado Cardeal in pectore pelo Papa Leão XIII no Consistório de 30 de dezembro de 1889, sendo revelado cardeal no Consistório de 12 de junho de 1890, recebendo o barrete cardinalício e o título de cardeal-padre de São Silvestre em Capite em 4 de junho de 1891. Em 19 de abril de 1900, tornou-se cardeal-bispo de Palestrina.[1]
Em 1902, foi nomeado prefeito da Sagrada Congregação do Concílio, cargo que exerceu até 1908, quando foi nomeado prefeito do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica. Em 1914, é nomeado Datário de Sua Santidade e em 6 de dezembro de 1915, foi nomeado cardeal-bispo de Óstia e, portanto, Decano do Colégio dos Cardeais, além de Prefeito da Sagrada Congregação de Cerimônias. Participou dos Conclaves de 1903, 1914 e, como decano, presidiu o de 1922. Por recomendação sua, Eugênio Pacelli, futuro Papa Pio XII, ingressou no serviço diplomático da Santa Sé.[1]
Morreu em 9 de julho de 1930, após um ataque agudo da nefrite, da qual ele vinha sofrendo há alguns dias, complicado por insuficiência cardíaca, em seu apartamento no Palácio do Datário, em Roma.[1]
Conclaves editar
- Conclave de 1903 - participou da eleição do Papa Pio X
- Conclave de 1914 - participou da eleição do Papa Bento XV
- Conclave de 1922 - participou como decano do Colégio dos Cardeais da eleição do Papa Pio XI
Referências
Ligações externas editar
- «Catholic Hierarchy» (em inglês)
- «GCatholic» (em inglês)
- «The Cardinals of the Holy Roman Church» (em inglês)