Wikipédia:Artigos destacados/arquivo/Anarquismo no Brasil

Operários e anarquistas marcham portando bandeiras negras pela cidade de São Paulo, durante a greve geral de 1917.
Operários e anarquistas marcham portando bandeiras negras pela cidade de São Paulo, durante a greve geral de 1917.

O anarquismo no Brasil reúne uma série de experiências sociais relevantes na história do país, especialmente no período compreendido pela Primeira República. Sua origem remonta à imigração europeia ao Brasil, entre 1870 e 1914, quando os ideais anarquistas passaram a ser difundidos entre os operários brasileiros através de grupos de propaganda e periódicos, especialmente a partir da década de 1890.

As condições do operariado brasileiro e o sistema político da Primeira República, que dificultava a participação dos trabalhadores, fizeram com que o anarquismo rapidamente ganhasse força entre os operários. O sindicalismo revolucionário, concepção sindical então defendida pelos anarquistas do Brasil, exerceu grande influência no movimento operário, em especial nos congressos operários e nas greves do período. Os anarquistas também contribuíram com a criação de uma série de periódicos para a imprensa operária e fundaram diversas Escolas Modernas ao redor do país. O anarquismo deixou de ser hegemônico no movimento operário brasileiro a partir da década de 1920, quando se deu a criação do Partido Comunista do Brasil (PCB) e, principalmente, em razão da repressão promovida pelo governo de Artur Bernardes. O sindicalismo revolucionário entrou em crise no governo de Getúlio Vargas, quando os sindicatos passaram a ser controlados pelo Estado, resultando no declínio do anarquismo, agora sem espaços de inserção social. (leia mais...)