Wikipédia:Artigos destacados/arquivo/Crise da abdicação de Eduardo VIII

Instrumento de Abdicação, assinado por Eduardo VIII e seus três irmãos.
Instrumento de Abdicação, assinado por Eduardo VIII e seus três irmãos.

A crise da abdicação, ocorrida em 1936, foi uma crise constitucional no Império Britânico provocada pela proposta do Rei-Imperador Eduardo VIII de se casar com Wallis Simpson, uma socialite americana divorciada do primeiro marido e em processo de divórcio do segundo. O casamento tinha a oposição dos governos do Reino Unido e dos territórios autônomos da Commonwealth. Objeções religiosas, jurídicas, políticas e morais foram levantadas. Como monarca britânico, Eduardo era o chefe nominal da Igreja da Inglaterra, que não permitia que pessoas divorciadas se casassem novamente se seus ex-cônjuges ainda estivessem vivos; por isso, acreditava-se que Eduardo não poderia casar-se com Wallis Simpson e permanecer no trono. Simpson era considerada política e socialmente inadequada como consorte devido aos seus dois casamentos fracassados​​. O Establishment entendia que ela era movida pelo amor ao dinheiro ou à posição e não por amor ao rei. Apesar da oposição, Eduardo declarou que amava Wallis e que pretendia casar-se com ela, com ou sem a aprovação governamental.

A má vontade generalizada em aceitar Simpson como consorte do rei e a recusa deste em desistir da amante, levou à sua abdicação em dezembro de 1936, sendo Eduardo VIII o único monarca britânico a ter renunciado voluntariamente ao trono desde o período anglo-saxão. Ele foi sucedido por seu irmão Alberto, que tomou o título de Jorge VI. Após a abdicação, Eduardo recebeu o título de "Sua Alteza Real o Duque de Windsor" e casou-se com Wallis Simpson no ano seguinte. Eles permaneceram casados ​​até a morte do duque, 35 anos depois. (leia mais...)