Xenurolebias izecksohni

Xenurolebias izecksohni, popularmente chamado de peixe-anual,[3] é um peixe actinóptero endêmico do Brasil da família dos rivulídeos (Rivulidae).[2] Habita águas doces bentopelágicas de bacias de rios costeiros do sudeste do país.[1]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaXenurolebias izecksohni
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Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Infrafilo: Gnathostomata
Classe: Actinopteri
Subclasse: Teleostei
Ordem: Cyprinodontiformes
Família: Rivulidae
Género: Xenurolebias
Espécie: X. izecksohni
Nome binomial
Xenurolebias izecksohni
(da Cruz, 1983)
Sinónimos
  • Simpsonichthys izecksohni (da Cruz, 1983)[1]
  • Cynolebias izecksohni (da Cruz, 1983)[2]

Descrição

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Xenurolebias izecksohni possui de 13 a 18 raios moles dorsais e de 19 a 23 raios moles anais. Em número de vértebras, varia de 27 a 28. Se distingue de todas as outras espécies do gênero Xenurolebias por não apresentar manchas claras na metade distal da barbatana dorsal nos machos e ter barras curtas oblíquas na porção ventral da barbatana caudal nos machos. Especificamente, difere de X. myersi por ter a barbatana caudal lanceolada nos machos, com uma ponta posterior pronunciada, mais barras cinza-escuras no flanco nas fêmeas (12-13 contra 9-11), um corpo mais esbelto (profundidade do corpo de 27,1-28,5% em machos e 28,5-30,6% em fêmeas contra 29,0-31,4% e 30,1-33,9%, respectivamente) e mandíbula inferior mais curta (18,6-20,9% do comprimento da cabeça nos machos e 17,7-19,7% nas fêmeas contra 22,4-24,5% e 19,6-21,4%, respectivamente); de X. pataxo pela presença de duas ou três manchas pretas na parte posterior do pedúnculo caudal nas fêmeas; e de X. cricarensis por ter uma cabeça mais delgada nos machos (profundidade da cabeça de 81,2-85,0% do comprimento da cabeça contra 85,6-92,8%), uma mandíbula inferior mais curta nos machos (18,6-20,9% do comprimento da cabeça contra 22,0-25,0 %) e um corpo mais esbelto em machos maiores (acima de 31 milímetros) (profundidade do corpo de 27,1-27,5% contra 30,7-33,9%).[1]

Conservação

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Em 2005, foi classificado como vulnerável na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[4] Em 2013, foi citado como uma da espécies do Sumário Executivo do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Peixes Rivulídeos Ameaçados de Extinção.[5] Em 2014, foi classificado como em perigo na Portaria MMA N.º 444 de 17 de dezembro de 2014;[6] e em 2018, como em perigo no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[3][7]

Referências

  1. a b c «References Used for Xenurolebias izecksohni». FishBase. Consultado em 1 de maio de 2022 
  2. a b Bailly, Nicolas (7 de julho de 2017). «Xenurolebias izecksohni (Da Cruz, 1983)». World Register of Marine Species (Worms). Consultado em 1 de maio de 2022 
  3. a b «Xenurolebias izecksohni (da Cruz, 1983)». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 1 de maio de 2022. Cópia arquivada em 10 de julho de 2022 
  4. «Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo». Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Governo do Estado do Espírito Santo. Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 24 de junho de 2022 
  5. Sumário Executivo do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Peixes Rivulídeos Ameaçados de Extinção (PDF). Rio de Janeiro: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2013. Consultado em 1 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 1 de maio de 2022 
  6. «PORTARIA N.º 444, de 17 de dezembro de 2014» (PDF). Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), Ministério do Meio Ambiente (MMA). Consultado em 24 de julho de 2021. Cópia arquivada (PDF) em 12 de julho de 2022 
  7. «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018